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Dados estatísticos
860 Portugueses fazem voluntariado missionário
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A FEC – Fundação Fé e Cooperação lançou, no passado dia 14 de julho, os dados estatísticos das partidas dos voluntários missionários entre janeiro e dezembro de 2016. Deste modo, pode-se verificar que nas duas últimas décadas, Portugal correspondeu com 6054 respostas positivas no que respeita ao voluntariado missionário realizado nos países em desenvolvimento.

 

Cerca de 860 Portugueses dedicam-se a ações de voluntariado missionário em 2016, 341 jovens e adultos realizam projetos de voluntariado missionário em países em vias de desenvolvimento e 519 desenvolve atividades de voluntariado/missão em Portugal. Um número global mais baixo do que em período homólogo apesar de se verificar um aumento de 19% no número de voluntários que parte para missões fora da Europa, segundo dados estatísticos da Plataforma de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC – Fundação Fé e Cooperação. Os 341 voluntários portugueses distribuem-se por África, América do Sul, América Central e Ásia, entre projetos de curta e longa duração. Cabo Verde vai acolher 119 voluntários, Moçambique 66, São Tomé e Príncipe recebe 64, Angola 40, Guiné-Bissau 25, Timor Leste 13 e Brasil acolhe 12. Para fora do espaço lusófono partem dois voluntários com destino à República Centro Africana. Nos projetos de curta duração, isto é missões que podem ir de 15 dias a 6 meses, partem para os países em desenvolvimento 305 pessoas. Em projetos de longa duração (entre 7 meses a 2 ou mais anos) partem 36. Destes, 73% são mulheres e 27% homens. A grande maioria dos voluntários que parte em 2016 tem entre 18 e 35 anos, 85% são estudantes, recém licenciados ou pessoas empregadas que utilizam o seu tempo de férias para se dedicar ao desenvolvimento de projetos de voluntariado internacional. Dos 341 voluntários que participam em projetos de voluntariado missionário, 70 vão repetir a experiência.

 

Voluntários deixam os seus empregos para partir em missão

Com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, 14 pessoas deixam o seu emprego e 9 pedem uma licença sem vencimento para partir este ano para países em desenvolvimento. Um total de 9 desempregados decidem dedicar o seu tempo a experiências de voluntariado missionário, representando um total de 3% no universo do número de partidas.  As principais áreas de intervenção das entidades durante a sua presença em projetos de voluntariado missionário são variadas: agricultura, animação sociocultural, construção de infraestruturas, educação e formação, pastoral, saúde, dinamização comunitária, entre outras necessidades sentidas no decorrer dos projetos. No entanto, o principal enfoque dos voluntários continua a ser a educação e a formação, tendo um total de 24% de entidades envolvidas nestes projetos. O trabalho pastoral e a animação sociocultural vêm logo a seguir, num total de 15 e 13% respetivamente, das entidades a trabalhar nestas áreas. 16% Das entidades desenvolvem os seus projetos com ou para crianças, 13% com ou para jovens, 9% com ou para famílias. No entanto, o principal enfoque dos voluntários continua a ser crianças e jovens.

 

Principal mudança no regresso dos voluntários

Quando questionados sobre as maiores marcas que os projetos, os países e a vivência em missões de voluntariado, deixam nas pessoas que partem, 25 entidades apontam a aprendizagem de novas formas de ser/estar, 18 a maior sensibilização para a interculturalidade e 17 o desejo de continuação de apoio aos projetos a partir de Portugal, 11 a maior valorização dos recursos naturais. Talvez por isso seja referido ainda que muitos sentem o desejo de regressar ao país de missão para trabalhar numa empresa, ONGD ou associação (8%), uma vez que o voluntário que parte sente uma transformação interior quando regressa.

 

Mais de 500 voluntários missionários em Portugal

Cerca de 519 jovens e adultos realizam ao longo de todo o ano atividades de voluntariado missionário em Portugal, com uma duração que pode ser uma vez por dia, uma vez por semana, uma vez por mês, uma semana por ano, e outras, mas com uma regularidade assegurada. Este trabalho é desenvolvido em todas as regiões do país, tendo uma incidência maior em Lisboa e Vale do Tejo com um total de 126 voluntários. Segue-se a região do Minho com um total de 89 voluntários, o Douro Litoral com 82 voluntários, as Beiras (Alta e Baixa) com um total de 65 voluntários e o Alentejo com 62 voluntários em ação. A maior parte dos voluntários desenvolve atividades de animação sociocultural e de trabalho na área da educação, num total de 44% de ação nestes campos. 33% Das entidades focam o seu trabalho nas crianças e nos jovens e 16% tem especial atenção à população mais idosa. 9% Dedicam-se ao trabalho com famílias. Na maioria das vezes, a mesma entidade trabalha em várias áreas em simultâneo respondendo às necessidades de diversas populações-alvo. Estes dados resultam de um inquérito feito a 61 Entidades com diferentes estatutos que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC, nomeadamente ONGD, IPSS, Associações Juvenis, Congregações Religiosas, Paróquias, Dioceses, Fundações e grupos informais de jovens e adultos. Das 61 entidades responderam 37 (menos 7 do que no ano anterior) sendo que das 37 organizações, 27 enviam voluntários em missão (menos duas do que em 2015).

  

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Informações:

Catarina António |catarina.antonio@fecongd.org | 218861710 / 936245545

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