Lisboa |
Testemunho
Clara Nogueira, voluntária nas Redes Sociais da JMJ
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Há dois meses, seria difícil imaginar que hoje estaria num escritório no centro de Cracóvia a ver o Papa na televisão enquanto saúda os peregrinos a poucos quilómetros de distância e repetir-lhe as palavras nas redes sociais para chegarem a todos os cantos dos países que falam português.

Foi assim que cheguei aqui. Um desafio que já não esperava mas que chegou como bênção. Hoje, em Cracóvia, há milhares (ou milhões) de vozes de alegria. Vivem-se os dias como se não acabassem mas sempre com um sentido de urgência no encontro. Partilham-se esperanças, dificuldades e vivem-se sonhos. Muitos contaram os dias – os anos! – para estarem aqui, numa cidade que parece não ter relógio e onde, com alegria, se dá comida aos pombos que invadem as praças.

Na sala das redes sociais ouve-se mais de 22 línguas diferentes. Bate-se palmas por tudo e por nada e há uma tranquilidade no trabalho difícil de encontrar. De um lado, vemos Santa Faustina e São João Paulo II; do outro, bandeiras de todo o mundo. Olhá-las lembra-me sempre a alegria de saber que todas as cores do mundo louvam o Senhor.

Já chamo casa ao ginásio gigante que se encheu de centenas beliches, toalhas, malas e sorrisos cansados. E há momentos – só instantes – em que até parece que a minha vida começou no segundo em que pisei Cracóvia. E sorrio por compreender o exagero. Dias como estes são assim. Tomam conta do que somos, devoram-nos a energia, e a eternidade até parece caber lá dentro. Mas não se fecham; enviam-nos. Mandam-nos de volta para a vida que temos, onde o tempo se conta e não se dá de comer aos pássaros. E voltamos com a alegria de quem foi enviado. Com a memória de um encontro de confiança, com a certeza de que não estamos sós, como quem conheceu uma fonte que não acaba.

 

Clara Nogueira, voluntária nas Redes Sociais da JMJ

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