09.10.2016
Lisboa |
XIII Congresso da FEAMC
“Mais do que doenças há doentes”
O Cardeal-Patriarca de Lisboa desafiou os médicos católicos europeus, reunidos na cidade do Porto, a fazerem-se próximos dos doentes. “Mais do que doenças há doentes”, assinalou.
No XIII Congresso da FEAMC (Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos), que decorreu na cidade invicta, no passado dia 1 de outubro, D. Manuel Clemente lembrou que “a memória que as primeiras gerações cristãs guardaram e transmitiram do que Jesus fizera nos três anos da sua vida pública se refere particularmente às curas que realizou de muitas enfermidades do corpo e da alma”. “Sem extrapolações indevidas, a qualidade ‘terapêutica’ de Jesus foi então muito clara e notória”, referiu.
Na conferência ‘Cristo médico’, o Cardeal-Patriarca lembrou o episódio em que a sogra de Simão estava com muita febre para apelar à proximidade: “A medicina mais louvada por quem beneficiou dela é sempre a que deu lugar à conversa, à visita, quase à confidência, nome a nome, médico e doente. Jesus não entrou apenas na casa daquela enferma, mas «inclinou-se sobre ela, ordenou à febre e esta deixou-a». Uma proximidade concreta que a atual tecnologia complementa mas não pode nem deve substituir”. Neste encontro com os médicos católicos europeus, D. Manuel Clemente lembrou que “a relação de Jesus com os enfermos é sempre personalizadora, porque lhes toca e os distingue”. “Mesmo respeitando todas os cuidados que se devem ter face a doenças infectocontagiosas, algum contacto direto com quem as sofre, bem como a sua não exclusão ou reintegração social, continuam a ser um desafio evangélico e humanitário para qualquer profissional de saúde, como para a sociedade em geral”, apontou, para no final voltar a sublinhar a necessidade de atenção ao outro: “A única maneira de abrir caminho é dar o primeiro passo, o passo certo. Pois, na verdade, mais do que doenças há doentes, pessoas que sofrem e sempre nos esperam, inteiramente esperam”.
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