Lisboa |
Visita Pastoral à Paróquia de Azueira
“Vencer as diferenças e promover a comunhão”
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A forte participação de casais novos na vida paroquial é uma das marcas da Paróquia de Azueira, em Mafra, que recebeu a Visita Pastoral, com D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa, a expressar o desejo de se olhar para a comunidade como uma “segunda família”.

 

A Visita Pastoral de D. Joaquim Mendes à Paróquia de Azueira, na Vigararia de Mafra, trouxe um apelo à “comunhão e corresponsabilidade” dos paroquianos. No encontro que reuniu as ‘forças vivas’ da paróquia, no passado dia 9 de fevereiro, o Bispo Auxiliar de Lisboa referiu que “a primeira coisa que devemos cuidar muito bem, na nossa comunidade, é a comunhão entre os crentes, nos nossos espaços de culto, entre os diferentes ministérios e serviços porque a primeira forma de anúncio de Jesus Cristo é o testemunho de comunhão”. “Somos diferentes mas a diversidade na comunhão não é nunca um obstáculo, é uma riqueza”, destacou.

Perante ministros extraordinários da comunhão, acólitos, leitores, membros do grupo coral, catequistas, zeladoras e membros da Comissão do Senhor dos Passos, D. Joaquim Mendes reforçou o apelo à “corresponsabilidade”. “A Igreja somos nós todos e todos somos responsáveis pelo anúncio do Evangelho”, alertou. O encontro que decorreu no salão paroquial, próximo da igreja, terminou com um apelo a que “cada um se assuma como discípulo missionário, em particular os jovens e as crianças”. “Eles são capazes disso!”, encorajou o Bispo Auxiliar de Lisboa.

 

Unidade

Com mais de 3100 habitantes – segundo os Censos de 2011 –, a Paróquia de Azueira tem cinco locais de culto. Além da igreja paroquial, há celebrações em Aboboreira, Antas, Barras e Santa Cristina. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, o pároco, padre Quintino Lourenço da Silva, frisa que o encontro de D. Joaquim Mendes com os agentes pastorais veio reforçar a “unidade entre todos os lugares da paróquia”. Presente nesta terra desde 2015, este sacerdote procurou “promover a união da paróquia” criando um Conselho Pastoral que “englobasse dois representantes de cada lugar”. Apesar da representatividade, são poucas as dezenas de pessoas que participam regularmente nas celebrações em cada um dos locais, fora da igreja paroquial. “Uma das capelas com menor participação é Santa Cristina, porque ali vive pouca gente”, explica o pároco. No entanto, nota-se uma maior participação “nas Missas de sétimo dia”.

 

Rejuvenescimento

Apesar deste retrato de pouca participação nos locais distantes da igreja paroquial, existe um sinal de grande vitalidade que assinala um rejuvenescimento desta paróquia que faz fronteira com o Turcifal, já no concelho de Torres Vedras. Beneficiando da proximidade com a autoestrada, a Azueira tornou-se lar para casais mais novos. Alguns chegam apenas ao fim-de-semana, mas há outros que fazem diariamente o percurso de ida e volta para a capital. A igreja paroquial “é um local onde muita gente nova” vai à Missa. “São casais novos. Cantam, colaboram com a catequese… É gente envolvida com a paróquia”, garante o padre Quintino, que salienta o facto de ter a “igreja cheia ao Domingo”.

Com a ajuda do diácono José Lucas, o pároco procura acompanhar as realidades da paróquia. Na catequese, estão inscritas cerca de 140 crianças, do 1º ao 10º volume e algumas no ano de preparação para o Crisma. No entanto, a preocupação por existir um grupo de jovens para todos os que fazem o Crisma é constante. “Quando cheguei à paróquia, o grupo de jovens tinha acabado recentemente. Depois, no ano passado, tentámos fazer um grupo, mas a meio, foram desistindo. Este ano, com a ajuda de um rapaz que fez a Formação de Animadores, estamos a tentar. Está a tornar-se difícil, mas vamos tentando”, insiste o padre Quintino Silva. Por outro lado, o agrupamento de escuteiros 997 da Azueira tem cerca de 100 elementos.

Atualmente, o padre Quintino está empenhado em criar estatutariamente a Irmandade do Senhor dos Passos. “O objetivo é organizar a procissão anual. Todos os anos se tem feito, mas é através de ‘boa vontade’. Eu disse aos membros que era preciso um estatuto próprio, para não ser um acontecimento em que cada um fazia o que queria”, sublinha o sacerdote, que para além do apoio do Banco Alimentar a 71 pessoas, tem no lar de idosos a resposta social da paróquia aos casos de maior necessidade.

 

Comunidade

Durante a Visita Pastoral à Paróquia de Azueira, que decorreu entre 7 e 12 de fevereiro, o Bispo Auxiliar de Lisboa D. Joaquim Mendes visitou várias empresas agrícolas, uma adega cooperativa e empresas de construção civil. “Foi muito bom. As pessoas gostaram e sentiram grande proximidade e acolhimento do Bispo”, partilhou o padre Quintino.

Fazendo um balanço da Visita Pastoral à sua paróquia, este sacerdote de 54 anos, natural da Guiné-Bissau, enumerou os principais desafios para a Azueira, nos próximos tempos. “Começar por tentar pôr na prática o que saiu do Sínodo e, depois, aumentar a comunhão, ou seja, vencer as diferenças e promover a comunhão porque a paróquia é uma comunidade”, frisa.

 

Família

Na Missa de encerramento da Visita Pastoral à Azueira, no passado Domingo, 12 de fevereiro, D. Joaquim Mendes sublinhou a importância desta visita como “oportunidade de fortalecer a comunhão com o Senhor e entre nós; de crescer na fé que nos une, e de um renovado compromisso na missão de anúncio e testemunho do Evangelho” e convidou os paroquianos a olhar a comunidade paroquial como “segunda família”. “Uma família constituída por várias famílias, com vários centros de culto, mas uma única Igreja, expressa na comunidade paroquial, em que o pároco, que representa nela o Bispo, preside na unidade e na caridade”, desejou D. Joaquim Mendes, na homilia da Missa.

texto por Filipe Teixeira; fotos por Filipe Teixeira e José Carlos Patrício
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