Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Queremos comunicar?
<<
1/
>>
Imagem
No ano passado, realizámos as primeiras Jornadas Diocesanas de Comunicação, na sequência de uma dinâmica que íamos vivendo na nossa diocese, de caminhada sinodal. No decorrer dessas jornadas fizemos sentir o desejo e, ao mesmo tempo, a necessidade de que se possa olhar para a comunicação na diocese, nas paróquias, nos movimentos, congregações religiosas e outros organismos eclesiais como uma pastoral na qual é preciso apostar. Frisámos, inclusive, que é preciso que passe a fazer parte do léxico das nossas comunidades a expressão ‘pastoral da comunicação’. Congratulamo-nos, por isso, pelo facto de, na Assembleia Sinodal a comunicação ter sido, também, objecto de discussão mas, mais do que isso, porque na Constituição Sinodal, resultado do Sínodo Diocesano, a Comunicação está presente como uma das preocupações manifestadas e apontadas por D. Manuel Clemente para a nossa pastoral.

‘Comunicar de forma compreensível e adoptar novas linguagens’. Este é o desafio que passa por encontrar meios para uma clareza da comunicação na prática pastoral, seja no interior seja no exterior, e no diálogo que daí se pode estabelecer.

Verificando-se a necessidade de apostar na formação de comunicadores na nossa diocese, e olhando para o que podem ser as realidades locais, quer o Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa poder contribuir para o efeito. Procurámos, por isso, também, com a 2ª Jornada Diocesana da Comunicação realizada no passado sábado, em Torres Vedras, proporcionar meios, instrumentos, e informação necessária e útil para a missão de cada um na comunicação da nossa Igreja diocesana. Porém, ficamos com a sensação de que poucos querem, de facto, fazer este caminho.

A comunicação traz hoje, e cada vez mais, desafios que se prendem com a evolução tecnológica mas, sobretudo, com uma informação imediata e a forma como esta corre pela internet, pelos jornais, e por todos os outros meios de comunicação. Por isso, quisemos levar à jornada as possibilidades que a comunicação nos oferece na sua boa e eficaz utilização. 

Tal como se refletiu no Sínodo e nos aponta o senhor Patriarca na Constituição Sinodal, temos a consciência de que “é preciso investir numa melhor articulação de meios, de modo a potenciar a comunicação da Igreja e na Igreja”. Para isso é preciso também investir no apoio, na formação e na criatividade.

Hoje encontramos no digital os novos areópagos onde o encontro personalizado e pessoal se transformou em encontro virtual, isolado, tantas vezes mascarado e de compensação afectiva. Mas é também o lugar onde a solidariedade se faz, a relação pode despertar, o encontro, a manifestação, o testemunho pode acontecer. É por isso, também, o lugar onde se vai comunicando e pode comunicar cada vez mais a fé. Tivemos, nesta segunda jornada, alguns exemplos da concretização desta vontade e desta experiência. Testemunhos que nos devem motivar ou acordar para um caminho que desejamos conjunto e que continua.  

 

P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

A OPINIÃO DE
Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Guilherme d'Oliveira Martins
Há anos, Umberto Eco perguntava: o que faria Tomás de Aquino se vivesse nos dias de hoje? Aperceber-se-ia...
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Já lá vai o tempo em que por muitos cantos das nossas cidades e vilas se viam bandeiras azuis e amarelas...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES