Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Um Tesouro precioso da Igreja
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Concluímos neste número do Jornal VOZ DA VERDADE a nossa ‘peregrinação’ pelos textos que o Papa Francisco proferiu em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio. Uma oportunidade para recordar e, mais do que isso, para não deixar ‘morrer’ a palavra deixada pelo Sucessor de Pedro na sua peregrinação ao Santuário de Fátima, por ocasião das celebrações do Centenário das Aparições.

Fátima é lugar de oração, de encontro e de paz. Mas Fátima é, também, lugar de conversão e de procura da cura, física e espiritual. Por isso, em Fátima há lugar privilegiado para os doentes. Como vem sendo hábito, em todas as peregrinações internacionais dos dias 12 e 13, há uma palavra dirigida, de modo especial, aos doentes. Foi, precisamente, a esses, que Francisco recordou que a cruz que possamos em qualquer momento estar a viver, já antes foi vivida por Jesus. “O Senhor sempre nos precede: quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou antes”. “Na sua paixão, tomou sobre Si todos os nossos sofrimentos. Jesus sabe o que significa o sofrimento, compreende-nos, consola-nos e dá-nos força, como fez a São Francisco Marto e a Santa Jacinta, aos Santos de todos os tempos e lugares”, acentuou, acrescentando que há uma força misteriosa chamada oração. “Isto é o mistério da Igreja: a Igreja pede ao Senhor para consolar os atribulados como vós e Ele consola-vos, mesmo às escondidas; consola-vos na intimidade do coração e consola com a fortaleza”, garantiu.

Esta fortaleza deve ajudar-nos a afirmar a nossa disponibilidade para a oferta da vida, tal qual os pastorinhos, há cem anos atrás, foram convidados a fazer, por Nossa Senhora. “Hoje a Virgem Maria repete a todos nós: ’Quereis oferecer-vos a Deus?’ A resposta – ‘Sim, queremos!’ – dá-nos a possibilidade de compreender e imitar as suas vidas. Viveram-nas, com tudo o que elas tiveram de alegria e de sofrimento, em atitude de oferta ao Senhor”.

Segundo o Papa Francisco, esta oferta feita ao Senhor pode tornar-se um dom. Um dom que oferecemos a Deus e que nos faz participar na missão da Igreja. Muitas vezes para ajudar os doentes a viver a sua situação, convido-os a viverem a sua doença em sentido de missão, para que a vida, na doença, ganhe sentido. Francisco, nesta mensagem deixada em Fátima, vem reforçar isso mesmo: “Queridos doentes, vivei a vossa vida como um dom e dizei a Nossa Senhora, como os Pastorinhos, que vos quereis oferecer a Deus de todo o coração. Não vos considereis apenas recetores de solidariedade caritativa, mas senti-vos inseridos a pleno título na vida e missão da Igreja. A vossa presença silenciosa mas mais eloquente do que muitas palavras, a vossa oração, a oferta diária dos vossos sofrimentos em união com os de Jesus crucificado pela salvação do mundo, a aceitação paciente e até feliz da vossa condição são um recurso espiritual, um património para cada comunidade cristã. Não tenhais vergonha de ser um tesouro precioso da Igreja”.

 

P. Nuno Rosário Fernandes

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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