O drama do cristianismo europeu contemporâneo é que se foi acomodando ao modo de ser do mundo.
Esse é sempre o drama dos cristãos, em qualquer tempo e lugar. O cristianismo nunca foi uma fuga do mundo mas uma persistente proposta de conversão.
Por um lado, não podemos deixar de estar no mundo. Deus fez-se carne; fez-se homem em Jesus de Nazaré. Veio para a todos salvar. Não podemos voltar as costas ou ignorar nada nem ninguém. Todos precisam de escutar a Boa Nova do amor de Deus.
Mas, por outro lado, não raras vezes, damos por nós tão no meio do mundo que começamos a pensar e a viver como ele. Começamos por “fazer descontos” ao Evangelho e terminamos a olhar para Jesus como mais um de entre tantos que disseram ou fizeram alguma coisa. E acomodamo-nos. E pensamos e vivemos como todos. O sal perdeu o sabor. A luz do Evangelho deixou de iluminar a vida concreta. Passou a ser o modo habitual de viver que decide se o Evangelho está ou não na moda; se “ainda se usa” ou não.
Anunciar o Evangelho é, por isso, denunciar, mostrar como as estruturas de pecado e cada pecado deste mundo não conduzem à salvação. Pelo contrário: conduzem à morte - a cada um e a todos - porque afastam de Deus.
Anunciar o Evangelho significa, no entanto, muito mais que denunciar. Significa proclamar que o Amor de Deus não é uma coisa genérica, um sentimento vago, mas que é dirigido a cada um - para usar as palavras do Profeta Jeremias do passado Domingo: Deus quer “seduzir” a cada ser humano, com a sua vida, com a sua história concreta, porque sabe que apenas desse modo é possível a verdadeira felicidade.
Anunciar o Evangelho significa, por isso, ousar viver de modo diferente. Significa mostrar que é possível viver a partir de Jesus (por Ele, com Ele e n’Ele).
É certo que muitos são, na Europa de hoje, os que procuram viver como cristãos. E, no entanto, olhando à nossa volta, percebemos como isso é tão pouco… É que “todos” significa “todos”!
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