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Papa reza pelas vítimas do “terrível terramoto” no México
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O Papa manifestou “proximidade” para com a população mexicana que foi assolada por um terramoto. Em Roma, criou o Instituto “para as Ciências do Matrimónio e da Família”, alertou para a necessidade de rezar pelos governantes e de “perdoar sempre” e recebeu um sacerdote que esteve 18 meses em cativeiro.

1. O Papa rezou pelas vítimas do “terrível terramoto” que assolou o México, no início desta semana. Na audiência-geral desta quarta-feira, 20 de setembro, Francisco expressou “dor” e manifestou “proximidade e oração a toda a querida população mexicana”. “Elevemos todos junto a nossa oração a Deus para que acolha os que perderam a vida, conforte os feridos, os seus familiares e todos os seus atingidos”, pediu Francisco que também lembrou todos os que estão envolvidos nas operações de socorro e dirigiu a sua oração à Virgem de Guadulape, para que “com muita ternura, esteja junto da nação mexicana”.

Perante os milhares de fiéis que estavam na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco continuou o ciclo de catequeses sobre a esperança Cristã, em “discurso direto”. “Vive, ama, acredita. E, com a graça de Deus, nunca desesperes. Vive para algo que está acima de ti: cultiva ideais. E se um dia estes ideais te custarem sacrifício, não deixes de trazê-los no coração; a fidelidade obtém tudo”, pediu o Papa, apelando também à paciência. “Nos contrastes, sê paciente: um dia descobrirás que cada um é depositário de um fragmento da verdade. Ama as pessoas; ama-as uma a uma. Respeita o caminho de todos, seja ele linear ou enviesado, porque cada um tem a sua história a contar”, exortou o Papa Francisco que concluiu a oração com um apelo para a confiança “no abraço de Cristo que espera cada pessoa no fim da sua existência”.

No final da catequese, o Papa Francisco recebeu uma cópia da obra literária ‘Portugal Católico’.

 

2. Foi publicada, nesta terça-feira, 19 de setembro, a Carta Apostólica Summa Familiae Cura, do Papa Francisco, com a qual criou o Instituto Pontifício Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimónio e da Família. “No límpido propósito de permanecer fiéis ao ensinamento de Cristo, devemos portanto olhar, com intelecto de amor e com sábio realismo, para a realidade da família hoje em toda a sua complexidade, nas suas luzes e sombras”, escreve o Papa no documento. O novo Instituto constituirá, no âmbito das instituições pontifícias, um centro académico de referência, ao serviço da missão da Igreja universal, no campo das ciências que dizem respeito ao matrimónio e à família e acerca dos temas relacionados com a fundamental aliança do homem e da mulher para o cuidado da geração e da criação. O Instituto Teológico tem a faculdade de conferir aos seus estudantes os seguintes graus académicos: Doutoramento, Licenciatura e Bacharelado em Ciências sobre o Matrimónio e a Família.

 

3. O Papa Francisco alertou, nesta segunda-feira, 18 de setembro, para a obrigação moral de rezar pelos governantes. “Não rezar pelos políticos é pecado”, afirmou o Papa. Na homilia da Missa matutina, na Casa de Santa Marta, Francisco sublinhou que “não podemos deixar os governantes sozinhos”. “Os cristãos devem rezar pelos governantes”, disse, realçando que são precisamente aqueles que pior fazem que mais precisam de preces. “São esses os que mais precisam! Reza e faz penitência pelos governantes! E porquê? Para podermos ter uma vida calma e tranquila. Quando o governante é livre e pode governar em paz, todo o povo beneficia”, afirmou, referindo que o inverso também é verdade. “Se o governante não reza, fecha-se na sua auto-referencialidade, ou na do seu partido. Mas quando encara os seus problemas com uma consciência de subalternidade e conhece que há um outro mais poderoso que ele, que é o povo que lhe deu o poder – e Deus, de quem vem o poder através do povo – quando um governante tem esta consciência, reza”, afirmou Francisco.

 

4. Na oração do Angelus, no passado Domingo, 17 de setembro, o Papa desafiou os cristãos a “perdoar sempre”. A partir do Evangelho de São Mateus que falava do perdão, Francisco garantiu que “todos os que experimentaram a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado podem abrir-se à possibilidade de perdoar à sua volta”. Perante milhares de pessoas, reunidas na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco apontou também a “incoerência” de quem se recusa a perdoar o outro, contrariando a imagem de um Deus que ama com “um amor rico de misericórdia” e que perdoa “continuamente”, ao “menor sinal de arrependimento”. “Que a Virgem Maria nos ajude a ter cada vez mais consciência da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai bom, lento na ira e grande no amor”, concluiu.

 

5. Francisco encontrou-se com um sacerdote indiano que foi mantido em cativeiro, no Iémen, durante 18 meses. O encontro aconteceu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, na passada quarta-feira, 13 de setembro. “Verdadeiramente, senti sempre Jesus próximo de mim, sempre soube e senti no meu coração que não estava sozinho”, disse o padre Tom Uzhunnalil, referindo-se ao seu ano e meio em cativeiro. No encontro, o sacerdote salesiano ajoelhou-se diante do Papa, mas este ajudou-o a levantar-se e beijou-lhe a mão. Depois, o padre Tom disse a Francisco que tinha oferecido todo o seu sofrimento pela missão do Papa e para o bem da Igreja. O Papa respondeu que continuaria a rezar por ele, como tinha feito até então, segundo relata o jornal do Vaticano ‘L'Osservatore Romano’. O padre Tom Uzhunnalil estava ao serviço no Iémen, a prestar assistência religiosa a um grupo de freiras que operava um lar para a terceira idade, quando militantes islâmicos o raptaram, em março de 2016. Durante o ataque, várias freiras e outros funcionários foram mortos. Uma freira sobreviveu e contou o que se passou às autoridades.

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