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Pastoral Familiar – Por onde começar?
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Por diversas vezes somos abordados por pessoas da nossa diocese demonstrando entusiasmo com a Pastoral Familiar e reiterando a importância de valorizar o papel das famílias na sociedade. Porém, é frequente dizerem-nos que não sabem bem por onde começar a trabalhar, uma vez que se trata de um campo de ação muito vasto.

Efetivamente, “a seara é grande” (Mt 9, 37). Para perceber o que fazer, sugerimos recorrer ao método “ver, julgar e agir”, que pressupõe olhar as situações concretas da realidade familiar da sua área pastoral (Paróquia, Vigararia, Grupo ou Movimento), confrontar essas situações com a Palavra de Deus e identificar prioridades de ação, e dar uma resposta pastoral em conformidade. Quer isto dizer que não há receitas. É necessário que se realize um caminho de discernimento para perceber o que faz mais sentido em cada momento.

Para quem está a começar, sugerimos recorrer aos assentos paroquiais de casamentos e contactar os casais que celebram 10, 25, 50 ou mais anos de matrimónio, verificando se ainda permanecem juntos e convidando-os a celebrar o seu jubileu numa cerimónia diocesana, durante a Eucaristia da Festa da Família, que será presidida pelo Sr. Patriarca, em Torres Vedras, no dia 27 de maio de 2018. Com este gesto simples podemos tocar muitas famílias – pode ser a oportunidade de que muitos necessitavam para se aproximar da Igreja e dar espaço a Deus, no seu coração e na sua vida.

Para as comunidades que já têm aquela prática, reforçamos o desafio de acompanhar as famílias e promover espaços de encontro, oração, debate e partilha de vida. Adicionalmente, apelamos à articulação entre os vários grupos da comunidade para promover a família, nomeadamente na catequese e em grupos de namorados.

Para quem desejar saber mais, o Sector Diocesano da Pastoral Familiar disponibiliza formação inicial para agentes de pastoral familiar e módulos de aprofundamento.

texto por Catarina Fortes

 

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Casal em Missão

Quando vamos a África ou em toda a nossa vida?

Somos a Raquel e o Joaquim Palma, estamos casados há 23 anos e temos 2 filhos (...). Crescemos como pessoas de fé na Família Missionária Verbum Dei de Lisboa (...). [Aí] começámos a participar nos grupos de oração e revisão de vida e a receber, através desses meios, alguns dos maiores tesouros da nossa comunidade: a possibilidade de uma relação próxima e vital com o Deus de Jesus e a esperança de um mundo bem melhor, quantos mais O conheçam e vivam a partir d´Ele, quantos mais vivam como Seus filhos amados e como irmãos!

Pessoas bem concretas ao longo dos anos, foram dando a sua vida para que nós tivéssemos mais vida: primeiro como indivíduos, depois como namorados, casal, pais e profissionais. (...) Em 2006 o Senhor convidou-nos a “oficializar” o nosso namoro com Ele e fizemos, juntamente com outros casais, os primeiros vínculos como casal missionário da Fraternidade Missionária Verbum Dei; deste modo uníamo-nos oficialmente aos missionários e às missionárias desta Fraternidade no desejo de oferecer a Deus as nossas vidas para O dar a conhecer através da “oração, do ministério da Palavra e do testemunho de vida”. Em 2012 dissemos-Lhe “SIM” para sempre.

Como fazemos parte de uma Família universal, que está espalhada pelos vários cantos do mundo, foi-nos pedido, em 2015, para acompanharmos 3 casais (...) de Douala, Camarões! (...) Assim, em conjunto com a Missionária Marisa que os acompanhou no local, aceitámos fazer com eles um processo de formação e discernimento que lhes possibilitasse confirmar o que intuíam no coração: que Deus os chamava também a eles a ser casal missionário VD. Em out/nov de 2015 começámos, via Skype, a dar-lhes pistas de oração, a partilhar a identidade de casal missionário, a ouvir as suas inquietações e descobertas. (...) Em 2016 pediram-nos se os visitávamos, pois seria muito importante conhecê-los pessoalmente e estar com eles, para melhor os acompanhar. (...) Foram “apenas” 5 dias intensos que ali estivemos: a maior parte do tempo, numa casa de retiros no campo. Em 5 dias, rezámos com aqueles 3 casais africanos e pedimos ao Espírito que nos guiasse na “nova versão” ( = conversão) que desejaria dar às nossas vidas de casal para sermos “Casal Missionário Verbum Dei”, em colaboração com Missionárias e Missionários, para, entre todos, tornarmos cada vez mais presente e acessível o “Reino de Deus”. (...)

A experiência dos casais de Douala foi, em resumo: “ Deus ama-nos mesmo! Tem enviado tantas pessoas, tantas vidas para «resgatar as nossas vidas»; somos, mesmo, preciosos para Ele!!”; “ As nossas vidas, as nossas dificuldades, as nossas circunstâncias não são impedimento para lhe dizer SIM em plenitude; são antes a matéria-prima onde Deus quer manifestar todo o Seu Amor e se quer dar, através de nós, aos que nos rodeiam!”- Dia 30 de julho [de 2017] fizeram os seus primeiros vínculos. Douala conta com 6 vidas que se oferecem para dar vida, no pequenino e quotidiano que está ao seu alcance! Eles contam com a nossa oração!

E nós ? Recebemos imenso!!!:

(...) [Nos 365 dias do ano], assim como nos 5 dias que vivemos em África, inspiram-nos fortemente as palavras do Papa Francisco no nº 279 da encíclica “ A Alegria do Evangelho” ( Evangelii Gaudium):  “…A pessoa sabe com certeza que a sua vida dará frutos, mas sem pretender conhecer como, onde ou quando; está segura de que não se perde nenhuma das suas obras feitas com amor, não se perde nenhuma das suas preocupações sinceras com os outros, não se perde nenhum acto de amor a Deus, não se perde nenhuma das suas generosas fadigas, não se perde nenhuma dolorosa paciência. Tudo isto circula pelo mundo como uma força de vida. (...) Sabemos apenas que o dom de nós mesmos é necessário.”

Desejamos que cada um descubra a sua missão pessoal, esse papel, esse contributo só seu, que Deus o desafia a dar para bem da Humanidade: esse pouco, pequeno, possível de cada dia! (...)

Abraço fraterno, da Raquel e do Quim

(Pode encontrar o testemunho completo em http://familia.patriarcado-lisboa.pt/)

 

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ComTributo à Igreja

Continuação do Capítulo IV da Amoris Laetitia

Matrimónio e virgindade: “São Paulo recomendava a virgindade, porque esperava para breve o regresso de Jesus Cristo e queria que todos se concentrassem apenas na evangelização: «O tempo é breve.» Contundo, deixa claro que era uma opinião pessoal e um desejo dele, não uma exigência de Cristo: «Não tenho nenhum preceito do Senhor.»” “Enquanto a virgindade é um sinal «escatológico» de Cristo ressuscitado, o matrimónio é um sinal «histórico» para nós caminharmos na Terra, um sinal de Cristo terreno que aceitou unir-Se a nós e Se deu ao derramamento do seu sangue.”

A transformação do amor: “O prolongamento da vida provocou algo que não era comum noutros tempos: a relação íntima e a mútua pertença devem ser mantidas durante quatro, cinco ou seis décadas, e isto gera a necessidade de renovar repetidas vezes a recíproca escolha. Talvez o cônjuge já não esteja apaixonado com um desejo sexual intenso que o atraia para outra pessoa, mas sente o prazer de lhe pertencer e que esta pessoa lhe pertença, de saber que não está só, de ter um «cúmplice» que conhece tudo da sua vida e da sua história e tudo partilha.”

Capítulo V - O Amor que se torna fecundo

O Papa Francisco começa este capítulo por uma frase taxativa: “O amor dá sempre vida”.

Acolher uma nova vida: No que aos nascimentos diz respeito “É a beleza de ser amado primeiro: os filhos são amados antes de chegarem» Isto mostra-nos o primado do amor de Deus que toma sempre a iniciativa, porque os filhos «são amados antes de terem feito algo para o merecer». Aos pais, “…Deus concede-lhes fazer a escolha do nome com que Ele chamará cada um dos seus filhos por toda a eternidade.” “As famílias numerosas são uma alegria para a Igreja.”

O amor na expectativa própria da gravidez: “Não é possível uma família sem o sonho. (…) Neste sonho, para um casal cristão, aparece necessariamente o batismo. Os pais preparam-no com a sua oração, confiando o filho a Jesus já antes do seu nascimento. Atualmente, com os progressos feitos pela ciência, é possível saber de antemão a cor que terá o cabelo da criança e as doenças que poderá ter no futuro, porque todas as características somáticas daquela pessoa estão inscritas no seu código genético já no estado embrionário. Mas conhecê-lo em plenitude, só consegue o Pai do Céu que o criou: o mais precioso, o mais importante só Ele conhece, pois é Ele que sabe quem é aquela criança, qual a sua identidade mais profunda. (…) A cada mulher grávida, quero pedir-lhe afetuosamente: Cuida da tua alegria, que nada te tire a alegria interior da maternidade. Aquela criança merece a tua alegria. Não permitas que os medos, as preocupações, os comentários alheios ou os problemas apaguem esta felicidade de ser instrumento de Deus para trazer uma nova vida ao mundo.”

texto por Bruno de Jesus

 

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Próximas atividades


Jornadas Nacionais de Pastoral Familiar

As Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar decorrem nos dias 11 e 12 de Novembro, em Fátima, no Edifício Paulo VI, Salão do Bom Pastor. Terão como tema “O EVANGELHO DA FAMÍLIA, alegria para o mundo” e estão abertas a todo o Povo Deus.

 

Encontro de Agentes de preparação para o Batismo

Realiza-se no próximo dia 18 de Novembro, no seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, entre as 10h00 às 17h00, o encontro anual de Agentes de preparação para o Batismo da Diocese de Lisboa.

O encontro terá duas vertentes, que decorrem em simultâneo:

 a) Curso 0 - Formação de iniciação;

b) Formação Permanente

No momento da inscrição deverá optar por uma das modalidades, conforme a sua situação. A formação tem um custo de 5¤ por participante. As inscrições estarão abertas até dia 12 de Novembro.

 

Encontro de Agentes de preparação para o Matrimónio

Realiza-se no próximo dia 19 de Novembro, no Seminário da Luz, em Lisboa, entre as 9h30 e as 17h, o encontro de agentes de preparação para o Matrimónio, com o tema Comunhão e diálogo no orçamento familiar - «Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes» ” (Mt 25,21).

A inscrição deve ser feita até ao próximo dia 12 de Novembro.

 

Encontro de Formação para Agentes de Pastoral Familiar, orientado por José Granados

A Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa em parceria com a CERTA (Centro de Estudos e Recursos Teologia do Amor), propõe um encontro de formação de Pastoral Familiar, orientado pelo Pe. José Granados, consultor da Congregação para a Doutrina na Fé e vice-presidente do Instituto Pontifício para a Família João Paulo II.

Esta formação é dirigida a agentes de pastoral familiar, catequistas e animadores de grupos de jovens, membros de conselho pastoral, entre outros. Realizar-se-á na Igreja Paroquial de São João de Deus, em Lisboa, junto à praça de Londres, entre as 10h e as 18h.

 Temas a abordar:

·         A educação afetiva do adolescente e jovem e a preparação para o matrimónio,

·         O acompanhamento e a formação permanente dos esposos na vida relacional e espiritual,

·         A pastoral familiar, ocasião preciosa de missão. O estilo do acompanhamento dos noivos, dos esposos e da família.

·         A crise do casal: um problema pastoral que exige atenção, proximidade e iniciativas de apoio.

·         Uma comunidade cristã que acolhe e acompanhe famílias em situações difíceis ou irregulares.

·         A pastoral familiar numa diocese: estruturas, iniciativas, recursos.

A sessão tem um custo de 20¤ por participante. O almoço é livre e da responsabilidade de cada participante. O pagamento será realizado no período de acolhimento (entre as 9h30 e as 10h00).

Inscrições abertas até ao dia 19 de Novembro de 2017.

 

Encontro de oração pela vida não nascida

Decorrerá no dia 25 de Novembro o encontro de oração pela vida não nascida, organizado pelo projeto Esperança de Ana.

O projeto português A Esperança de Ana tem como objetivo ajudar casais com problemas de fertilidade ou que tenham perdido filhos durante a gravidez ou nos primeiros momentos ou dias de vida a lidar com um luto que nem sempre sentem ser reconhecido.

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