Lisboa despediu-se de D. José Traquina, Bispo Auxiliar nos últimos três anos e que o Papa Francisco nomeou Bispo de Santarém. Na igreja do Seminário dos Olivais, no passado dia 9 e novembro, o Cardeal-Patriarca lembrou que as dioceses se unem “no templo que é o corpo de Cristo”.

Dirigindo-se a D. José Traquina como “nosso querido irmão e amigo a quem o Santo Padre agora confia outra localização do mesmo ministério episcopal”, D. Manuel Clemente destacou “esta nossa Igreja de Lisboa, onde o senhor Dom José nasceu para a vida e para a fé, e de onde agora parte”, e a “querida Igreja irmã de Santarém, onde ele vai continuar o seu ministério”. “Todas estas Igrejas se unem num templo só, precisamente aquele que o Senhor anuncia no Evangelho: o templo do seu corpo. É exatamente o corpo ressuscitado do Senhor que nos congrega a todos e faz de nós um templo só, para glória de Deus e serviço e salvação do mundo. Por isso, seja o lugar que for, é exatamente esta a larguesa do templo que o Senhor constrói no seu corpo, que é a Igreja. A Igreja toda, repartida geograficamente, unida essencialmente, espiritualmente, realmente. O templo que o Senhor constrói, constrói-se pascalmente”, referiu o Cardeal-Patriarca.

A celebração contou com a presença de muitos sacerdotes do Patriarcado, que assim se quiseram despedir do novo Bispo de Santarém. “O senhor D. José nasceu aqui, na Igreja de Lisboa, aqui cresceu, aqui entrou no seminário, aqui fez o seu percurso, aqui foi pároco, neste seminário também serviu como diretor espiritual e, nestes últimos fecundos anos do seu episcopado, aqui serviu e, agora, parte, passa. E é exatamente assim que a Igreja cresce, é exatamente assim que a Igreja revela o que é, pascalmente. Em Roma, em Lisboa, em Santarém, seja onde for, a Páscoa do Senhor é a Igreja de todos. E nunca será de outra maneira, na medida em que o faça com o coração de Cristo, na medida em que o faça com o espírito da sua Páscoa, a Igreja cresce, a Igreja acontece, para cada um de nós”, observou.
No final da Eucaristia, o padre Mário Rui entregou, em nome de todo o clero, uma imagem de São José a D. José Traquina, que agradeceu o gesto. “Uma palavra de agradecimento ao senhor Patriarca, por toda a amizade e acompanhamento ao longo de tantos anos, aos meus colegas que me deram tão grandes testemunhos e a tantos leigos cristãos que, ao longo dos anos, me enriqueceram e me ajudaram a crescer com o seu testemunho. De muitos sacerdotes e cristãos levo o testemunho de uma generosidade total. Levo para Santarém tudo o que recebi desta Diocese de Lisboa e parto com esta citação do Evangelho de que o que é preciso é dar tudo”, frisou.