Lisboa |
193ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa
Igreja vai refletir sobre preparação para o matrimónio
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Os bispos portugueses querem promover “uma ampla auscultação” na Igreja sobre a preparação para o matrimónio, segundo refere o comunicado final da 193ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorreu em Fátima, de 13 a 16 de novembro.

 

“A preparação para o Matrimónio, à luz da exortação apostólica ‘Amoris laetitia’, foi objeto de reflexão na Assembleia. Uma preparação que se situa na comunidade cristã como família de famílias: comunidade que toma a iniciativa com criatividade e beleza de anunciar o Evangelho da família; que se envolve e acompanha na preparação dos membros da comunidade na iniciação à vida familiar, na integração das famílias nas estruturas paroquiais da pastoral familiar, no acompanhamento pessoal e no discernimento vocacional; que sabe esperar frutos e festejar em comunidade. Na continuação desta reflexão, vai ser promovida uma ampla auscultação junto das instâncias eclesiais de pastoral familiar, tendo em vista a elaboração de um documento mais vasto, com fundamentação teológica e propostas de itinerários concretos, sobre a preparação para o matrimónio”, anuncia o documento, com os bispos a agradecerem ainda “a todos os organismos de pastoral familiar, em particular ao CPM (Centro de Preparação para o Matrimónio), as iniciativas de preparação para o matrimónio e acompanhamento posterior”, garantindo que “contam com o seu relevante contributo neste processo sinodal de auscultação”.

 

Subsidiariedade

Na conclusão dos quatro dias de encontro em Fátima, os prelados lembraram também o princípio da subsidiariedade. “Dadas as graves dificuldades que afetam muitas instituições sociais e educativas, de reconhecido mérito, os Bispos lembram o princípio da subsidiariedade, que levará o Estado a respeitá-las e apoiá-las, não criando concorrências desnecessárias e atendendo aos direitos dos seus profissionais e das famílias”, destaca o comunicado final. Sobre este tema, na conferência de imprensa que encerrou o encontro e que decorreu no auditório da Renascença, em Lisboa, o presidente da CEP, D. Manuel Clemente, afirmou que não é aceitável que se insista em abrir estabelecimentos ao lado dos que já lá estão, e com provas dadas. “Se essas instituições são capazes, estão no local, têm empregados, desempenham funções bem e reconhecidamente, então é necessário estarmos a criar agora por via oficial uma outra instituição ao lado que vá pôr em perigo uma que funciona bem. Aí é que vem o princípio da subsidiariedade”. À pergunta se houve algum desrespeito recente que levasse os bispos a lembrar este princípio neste momento, D. Manuel Clemente respondeu que “não há um, há vários”, sublinhando que não entende porque razão o Estado não opta por apoiar esses estabelecimentos que já funcionam, alguns “há décadas”, em vez de abrir novos.

A este propósito, devido ao falecimento de D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana para o triénio 2017-2020, “os Bispos elegeram D. José Augusto Traquina Maria como novo Presidente dessa Comissão”, salienta a nota.

 

‘Ratio’, Cantoral e nomeações

A 193ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa refletiu sobre a nova ‘Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis’, da Congregação para o Clero, tendo “confiado à Comissão das Vocações e Ministérios, em coordenação com os formadores dos seminários, a elaboração da ‘Ratio’ para Portugal, para posterior aprovação”.

A Assembleia Plenária aprovou também “um projeto de ‘Cantoral Nacional’, uma seleção de cânticos para a Liturgia, assim como uma proposta de Cânticos para o Sacramento do Matrimónio”.

Finalmente, os bispos portugueses procederam às nomeações, para o próximo triénio, de Ismael José Mendes Marta, para diretor do Secretariado Geral da CEP, do padre Filipe José Miranda Diniz, da Diocese de Coimbra, para diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, e do padre João Fernando Marques Dias, da Diocese de Coimbra, para assistente do Secretariado Nacional do Movimento dos Cursilhos de Cristandade.

fotos por Arlindo Homem/AE

 

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Conferência Episcopal tem nova sede

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considera que a nova sede do organismo, situada na Quinta do Bom Pastor, em Lisboa, é uma casa para todos, porque serve “toda a Igreja de Portugal”, as suas 20 dioceses territoriais e os vários secretariados. “Não digo que seja ‘uma casa portuguesa com certeza’, mas há muito Portugal no historial desta construção que agora serve a nossa Conferência Episcopal, desde a agricultura ao comércio, do comércio à indústria – com a fábrica das sedas – desde a cidade ao campo, desde o continente às ilhas, até a ligação ao estrangeiro por vários casamentos que os sucessivos proprietários foram tendo, a figuras da vida política, literária e nacional. Uma confluência de motivos que dão a esta palavra ‘portuguesa’ da nossa Conferência Episcopal uma particular circunstância”, sustentou D. Manuel Clemente, que depois da cerimónia de inauguração benzeu as novas instalações.

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