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O Cardeal-Patriarca de Lisboa apontou o diálogo, a inclusão, a solidariedade, o desenvolvimento e a paz como ‘tijolos’ para “a (re)construção da Europa”.
Na abertura da conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), com o tema ‘Pontes e muros – Europa, migrações e diálogo de culturas’, no passado dia 25 de novembro, D. Manuel Clemente lembrou as palavras que o Papa Francisco dirigiu à Conferência (Re)Thinking Europe, organizada pela Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia, em outubro. “Sobre o primeiro, o diálogo, adianta: «Hoje toda a Europa, do Atlântico aos Urais, do Polo Norte ao Mar Mediterrâneo, não pode permitir-se perder a oportunidade de ser antes de mais um lugar de diálogo, ao mesmo tempo sincero e construtivo, no qual todos os protagonistas têm igual dignidade». (…) A inclusão que «não é sinónimo de nivelamento indiferenciado» mas acolhimento daquelas diferenças que não ponham em causa, antes acrescentem, humanidade a todos. (…) A solidariedade, outra maneira de dizer comunidade. (…) O desenvolvimento, no sentido plenamente humano e não meramente quantitativo. (…) Finalmente, o quinto ‘tijolo’ para a (re)construção do nosso Continente é a paz, como tarefa de todos. O que «exige amor pela verdade, sem a qual não podem existir relacionamentos humanos autênticos, e promoção da justiça, sem a qual a opressão é a norma predominante»”, citou o Cardeal-Patriarca. “Pode parecer demais, mas menos do que isto também não será suficiente, para edificarmos uma Europa de pontes e sem muros”, sublinhou D. Manuel Clemente, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa.
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