Queria agradecer à Ana Pinho o desafio que me fez, da partilha da Palavra de Deus, e escolhi, para o efeito, o Evangelho de São Lucas, capítulo 15, do versículo 4 ao versículo 7, ‘A ovelha perdida’: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se havia perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha perdida’. Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não necessitam de se arrepender.»

Eu escolhi este excerto porque ele me diz muito. Fiz uma visita de estudo, há seis anos, e tive uma aluna que se portou bastante mal e que ficou bastante debilitada. Era meio do dia, nós estávamos a 100 quilómetros da escola, e havia que tomar decisões: o que é que se fazia com o resto dos alunos, o que é que se fazia com aquela aluna… Eu afastei-me, pedi, através da oração, que me desse alguma dica no sentido de eu resolver o problema, e decidi ir para o hospital com a aluna e pedir aos restantes colegas que fossem com os alunos cumprir o resto do programa, que já ficou um pouco comprometido. Isto não foi bem aceite por todos os alunos, mas quando nos voltámos a encontrar – isto foi numa sexta-feira –, passado o fim-de-semana, eu expliquei-lhes que um pastor nunca abandona nenhuma das suas ovelhas e vai sempre à procura dela e tentar salvá-la.  E, de facto, fez-se um silêncio muito grande na sala de aula e eu acho que eles perceberam a mensagem, e a própria aluna, de facto, percebeu que não devia fazer mais vez nenhuma aquilo que tinha feito. Disse-me que eu tinha tido uma grande tristeza nesse dia e, passado uns tempos, nasceu uma neta minha precisamente nesse hospital e ela disse-me: ‘Agora também já teve uma grande alegria’. Portanto, eu acho que a Palavra de Deus tem que estar sempre muito ligada à nossa prática e à nossa atividade, no sentido de nós também a podermos testemunhar.

E agora desafio a Virgínia Monteiro, também na partilha da Palavra de Deus.