Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Deus é notícia?
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Faz parte do modo de pensar da esmagadora maioria dos profissionais da comunicação a convicção de que o acontecimento religioso – a não ser que seja, de uma qualquer forma, envolvido em escândalo – é irrelevante para a esfera pública da vida. Ou, dizendo de outro modo: que não é notícia.

Mesmo Fátima não é notícia, a não ser em ocasiões muito especiais. Poderão centenas de milhar de pessoas peregrinar e estar ali reunidas – uma reunião de dez pessoas sobre a ecologia ou sobre a “igualdade do género” passará sempre à frente de Fátima nos critérios noticiosos.

Claro que existe uma cultura dos profissionais da comunicação, mais ou menos impessoal, que verdadeiramente determina os critérios da notícia. Trata-se de um ambiente fechado (alguns falam mesmo em “tribo”), quase impenetrável, que olha com não pouca sobranceria para tudo quanto sucede à sua volta: afinal é essa “cultura mediática” que dita o que tem valor e merece ser olhado como importante, e que não raras vezes julga e condena, sem apelo nem agravo, aqueles que saem fora das suas regras e dos seus padrões de vida.

No fundo, os acontecimentos noticiados não o são por causa de uma qualquer característica objectiva que possuam (nem sequer pelo interesse que a audiência possa ter neles), mas porque o editor do noticiário ou o chefe de redação o julga (ou não) como “notícia”. E Deus está fora do interesse desta cultura.

Pode parecer simples a solução, sempre apresentada em duas vertentes: a Igreja pode ter meios de comunicação de sua propriedade, ou os cristãos podem e devem estar presentes nos vários media e aí ser presença da fé. O facto é que nenhum desses caminhos resolve a questão, como podemos verificar em abundância um pouco por todo o mundo ocidental.

E, no entanto, não nos podemos resignar. Mostrar Deus e a fé como importantes (mesmo essenciais) para a vida pública é uma tarefa a que não podemos voltar as costas. Mesmo na cultura mediática.

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