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Se a Igreja fosse ao Mundial de futebol, qual seria a selecção?
Uma freira à baliza
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São padres, irmãs e bispos. Muitos, provavelmente, nunca jogaram à bola, mas isso não importa. A Fundação AIS convocou-os para mais uma missão: mostrar ao mundo o trabalho que se faz, todos os dias, junto dos mais desfavorecidos, dos mais pobres, dos cristãos perseguidos. A equipa tem treinador e tudo. Mas falta um jogador. Falta o ponta-de-lança. Esse lugar está reservado… para si. Está disponível para vestir a camisola da AIS?


A Irmã Annie Demerjian nem é muito alta. Mas todos os dias ela evita os ataques da equipa adversária que quer marcar pontos junto das famílias de Alepo, Hasake e Damasco, na Síria, através da fome, da doença ou da solidão. Com a Irmã Annie à baliza, centenas de famílias sentem-se mais protegidas, sabem que, por mais fortes que sejam os adversários, podem sempre contar com ela. Poderia haver melhor guarda-redes? À frente da Irmã Annie, nesta selecção improvável de futebol que é uma pequena mostra do trabalho desenvolvido pela Fundação AIS no terreno junto das comunidades mais desfavorecidas, mais perseguidas no mundo, estão quatro defesas: uma irmã, dois padres e um cardeal. Um cardeal? É o arcebispo de Bangui. Qual é o papel do Cardeal Nzapalainga? Neutralizar a oposição. Na República Centro-Africana, um dos países mais pobres do mundo, é preciso ir a jogo para anular os ataques de grupos rebeldes, os Séléka e os Anti-Balaka, que têm espalhado a violência e a morte junto das populações. E o Cardeal Nzapalainga tem revelado uma coragem extraordinária, disposto muitas vezes a pôr até a própria vida em risco para salvar pessoas, para acabar com a violência. É um verdadeiro craque.

 

Jogar tudo na Nigéria

Ao lado do Cardeal Nzapalainga está outro bispo também habituado ao jogo duro dos adversários. E que adversários… Um deles é, nada mais, nada menos do que o Boko Haram, um dos mais sanguinários grupos terroristas a actuar em África. Mas seguindo as indicações e o exemplo da treinadora, a Irmã Christine Joseph (já falaremos dela), D. Oliver Doeme, Bispo de Maiduguri, tem respondido à altura do adversário, criando projectos para apoiar as centenas de viúvas e de órfãos que são uma das mais terríveis consequências dos ataques dos islamitas do Boko Haram. D. Oliver é conhecido por usar uma arma terrível sempre que está em campo. A oração do Terço. É imbatível!

 

Capitão da equipa

A meio-campo a Fundação AIS seleccionou quatro jogadores: dois padres e duas freiras. Um deles é o Padre George Jahola, conhecido por ter “uma cabeça fria, pensar com antecedência, decidir posições, ajudar e encorajar jogadores fatigados e responder de forma rápida a situações inesperadas”. Um verdadeiro capitão que todos os dias trabalha junto das famílias cristãs que foram forçadas a deixar as suas aldeias na Planície de Nínive depois dos ataques do auto-proclamado Estado Islâmico. Nessa altura, quando os ataques começaram, os jihadistas pareciam imbatíveis, mas, aos poucos, a equipa da Igreja tem recuperado terreno e hoje marca pontos nomeadamente na recuperação das casas dos cristãos destruídas no Verão de 2014.

 

Verdadeiros craques

À frente, como avançados, a Fundação AIS convocou atletas habituados a jogar em campos difíceis, contra adversários duros, fortes e implacáveis. Um deles é o Padre Shields, o único sacerdote católico na Sibéria Oriental. O Padre Shields trabalha bem em equipa, mas está também habituado a jogar sozinho. Prova disso é o facto de a missão católica mais próxima estar a 1.300 quilómetros de distância… Mas isso não o perturba. Mesmo quando tem de ser ele a ir só a jogo, o Padre Shields não deixa a equipa ficar mal. Qual é o segredo da sua boa forma? Todas as semanas ele treina, num pequeno eremitério, passando um dia em oração. É aí que planeia a táctica e estabelece o plano de jogo. Tudo está pensado ao pormenor. A treinadora, a Irmã Christine, também está habituada a percorrer grandes distâncias, na Índia, para se encontrar com as comunidades cristãs. Como qualquer bom ‘mister’, esta irmã auxilia os cristãos, especialmente os que pertencem às classes mais baixas, e que são vítimas de uma sociedade profundamente violenta e que olha para eles como pessoas inferiores. O trabalho da Irmã Christine é único. Ela salva pessoas. Por isso, foi escolhida para liderar a equipa, a selecção da Fundação AIS.

 

Falta um jogador…

A equipa, como se vê, está preparada para enfrentar os mais duros adversários, para jogar nos campos mais difíceis, para ir a jogo contra tudo e todos. Mas falta um jogador: o ponta-de-lança, o número sete, o nosso Cristiano Ronaldo. Falta? Claro que não! O craque maior é o benfeitor, o amigo da Fundação AIS. É ele que sustenta a equipa, que a leva tantas vezes “ao colo”, que a protege, incentiva e apoia. Que a sustenta. Nos estádios deste Mundial que se está a jogar na Rússia escutam-se cânticos de incentivo às equipas, com os fãs vestidos a rigor e prontos, se isso fosse possível, a saltarem até para o relvado para ajudar os seus ídolos. Com a Fundação AIS, acontece precisamente o mesmo. Milhares de pessoas, de benfeitores, apoiam a equipa sabendo que estão também milhares de vidas em jogo em tantos lugares do mundo. Com a força das suas orações, das orações de todos os benfeitores e amigos, a Fundação AIS torna-se uma equipa absolutamente imbatível! Falta o ponta-de-lança à nossa selecção? Esse lugar está reservado… para si. Está disponível para vestir a camisola da AIS?

 

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Quer fazer parte desta aventura de amor? Ligue-nos: 217544000. A equipa da Fundação AIS precisa de si!

 

1 – Irmã Annie Demerjian (Síria)

2 – Cardeal Nzapalainga (Rep. Centro Africana)

3 – Bispo Oliver Doeme (Nigéria)

4 – Madre María Luján (Paraguai)

5 – Padre James Channan (Paquistão)

6 – Padre George Jahola (Iraque)

7 – Padre Walter Coronel (Equador)

8 – Bispo Komarica (Bósnia e Herzegovina)

9 – Padre Shields (Rússia)

10 – Irmã Catarina (Papua Nova Guiné)

11 – Os nossos Benfeitores (de todo o mundo)

12 – Irmã Christine Joseph (Índia)

texto por Paulo Aido, Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
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