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Missões Familiares Católicas 2016 | Arraiolos
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Domingo, dia 7 de agosto, 42°. Depois de uma partida, ainda pela fresca, do Santuário de Schoenstatt em Lisboa, a Missa das 11h da Igreja da Misericórdia vai começar. Chega um grupo de 79 pessoas, dos 4 aos 54 anos, todos com uma t-shirt cinzenta vestida onde nas costas se lê “Alegrai-vos com a Misericórdia de Deus!”.

Começam assim, pelo segundo ano consecutivo, as Missões Familiares Católicas em Arraiolos.

E quem são estas pessoas? São famílias – 6 casais com os seus filhos e amigos dos filhos. Cada família leva entre 10 a 12 “filhos”, isto porque os amigos são durante esta semana “adotados" pela família. Este ano, fruto da Missão do ano anterior, adotámos 4 “filhos de Arraiolos”. E peça fundamental do grupo, o Padre José, Padre do Movimento Apostólico de Schoenstatt.

Somos famílias. Famílias Católicas que têm muito claro que só a maravilha da Graça da Fé lhes dá o sustento para viverem como tal, como família, para viverem as alegrias, as exigências e as dificuldades do seu dia a dia.

E o que é isto da Missão? É não conseguir guardar este tesouro só para nós. É esta necessidade que cresce dentro de cada um de testemunhar o bom que é viver, ou melhor, tentar viver assim, sustentando a nossa família na Fé.

E é isto que fazemos – em Arraiolos, durante uma semana, no Lar, na Creche, no Apoio Domiciliário, na interpelação das pessoas nas suas próprias casas (o chamado “Porta a Porta”) na rua ou no café, no Terço e na Missa que animamos diariamente, com o Teatro que preparamos, na noite das “Conversas com Deus”, na tarde de desporto para os mais novos… todos e cada um de nós, procura testemunhar a verdade do nosso lema “Alegrai-vos com a Misericórdia de Deus!”.

Não sabemos o que fica quando vimos embora. As sementes estão lançadas e rezamos para que a terra seja fecunda. Nossa Senhora tratará do resto. Ela é a grande missionária! Ela fará milagres!

Mas sabemos o que fica connosco no fim desta semana. Sabemos que vivemos, em família e numa grande família durante 7 dias, a beleza do que é ser Igreja. Igreja na diversidade dos dons, na entrega, no serviço, no acolhimento, Igreja também nas dificuldades, limitações e pecado de cada um. E principalmente Igreja na verdadeira Alegria e Comunhão que experimentamos todos, dos 4 aos 54 anos!

Esta é a maior riqueza que trazemos das Missões Familiares Católicas.

texto por Rita e Pedro Líbano Monteiro

 

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Esperança

Hoje em dia, muito frequentemente, o homem (ser humano) não sabe o que traz no interior da sua alma e do seu coração. O homem procura-se a si mesmo numa certa insegurança acerca do sentido da vida e a dúvida transforma-se em desespero, pois falta-lhe a esperança. Esperança de ser capaz de construir um futuro melhor, mais pleno de recursos e de segurança.

É reflexo desta problemática a questão da natalidade em Portugal, sabendo-se que os casais gostariam de ter mais filhos, mas adiam a decisão por razões económicas e por ser difícil conciliar a vida pessoal com as exigências profissionais. Ora os jovens de hoje ao se colocarem perante os desafios da natalidade precisam de confiança, audácia e do sentimento mais nobre que tudo abarca, que é a fidelidade, um valor tão relegado para último plano num mundo descartável como aquele em que vivemos.

“Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo!” são palavras que, em Outubro de 1978, escutámos do recém-eleito Papa João Paulo II. Há quarenta anos, decerto todos de uma forma geral, mas especialmente os jovens, ficaram tocados com esta lufada de ar fresco que dava à Igreja um novo impulso e ninguém imaginava quão longe levariam estas palavras e que caminhos belos se abririam entretanto.

Todos sentimos uma grande esperança, isto é, todos nos sentimos revigorados e confiantes nas capacidades de cada um para abraçar novos desafios, sendo o maior, o desafio de uma nova evangelização, esclarecidos por uma sempre necessária Catequese de Adultos onde se dissipem as dúvidas e se compreenda o sentido de Deus que, por seu Filho Jesus, nos convida a apostar na vida contra o pecado e contra a morte.

“Abri os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo!” são ainda palavras de João Paulo II que impulsionam, que nos enviam com entusiasmo e com uma grande confiança. Por isso questiono-me sobre a disponibilidade de muitos que hoje não põem os seus talentos a render, ou seja, não oferecem as suas capacidades do “saber” para combater a preferência pelo “ter”. Para quando voluntários para um “Banco de Tempo”, em que cada um pode dar do seu tempo e do seu saber?…

Há quarenta anos, tal como hoje com o Papa Francisco que é tão amado tanto por crentes, como por indiferentes, somos chamados a levar a esperança aos mais tristes e desesperados, com as palavras de Jesus Cristo, anunciando a Boa Nova de uma vida com sentido aqui na Terra, na esperança da vida eterna na intimidade com Deus nos Céus.

texto pelo diácono JPauloRomero

 

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ENS – Encontro Internacional Fátima 2018

Há cerca de 2 anos, uma dezena de casais portugueses, e um sacerdote, foram chamados ao serviço das Equipas de Nossa Senhora, para uma missão que se adivinhava empolgante, mas também difícil e ousada: organizar o próximo Encontro Internacional das ENS, em Fátima. Com generosidade e disponibilidade esses casais aceitaram o desafio. Desde então são cerca de 50, os casais que se têm desmultiplicado em reuniões e negociações para que, de 16 a 21 de Julho, Fátima seja o altar do mundo para as ENS. O mote do Encontro é o trecho do «Filho Pródigo». Daqui nasceu o nome que lança o fio condutor às meditações, conferências e testemunhos que vão preencher os vários dias do EI: “Reconciliação, sinal de amor”. A poucos dias do evento tudo está a postos para receber os 8300 equipistas inscritos, entre casais, viúvos (as) e conselheiros espirituais, provenientes dos 4 cantos do mundo. Desde o Burkina Faso, passando pelo Qatar e indo até à Tailândia, são 75 as nacionalidades representadas neste Encontro das Equipas. Esta vai ser uma grande oportunidade para conferir a internacionalidade deste Movimento de casais! E também uma boa ocasião para se mostrar ao mundo que em todo o mundo ainda há muitos homens e mulheres apostados em acreditar e seguir o casamento, mais concretamente o sacramento do matrimónio, assentando aí o seu projeto de vida. Na 2ª feira, dia 16 de Julho o Encontro terá início às 21h na Basílica da Santíssima Trindade com uma grande cerimónia de abertura. O programa pensado e proposto pela ERI, é composto por muitos momentos de formação, oração e convívio. A parte formativa passa por várias conferências. Todos os dias, depois da oração da manhã (cada dia protagonizada numa língua diferente), o Pe. José Tolentino fará uma reflexão sobre um versículo da passagem de «O Filho Pródigo». Seguem-se as conferências dos vários convidados. Na 3ª feira será a vez do Cardeal Ricardo Blásquez Perez (presidente da CE espanhola) trazer «O sentido da liberdade cristã». No dia seguinte as reflexões e testemunhos da manhã serão dedicados ao Pe. Caffarel, fundador das ENS, com vários depoimentos e também com as palavras do postulador da causa da beatificação, Pe. Angelo Paleri. Na 5ª feira destacam-se duas conferências: às 9:30h a do Cardeal Peter Turkson (presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral) sobre «Ecologia Humana: Fraternidade e Comunhão»; e às 11:30h a do bispo do Iraque, D. Georges Casmoussa, sobre «O perdão: o grande presente do amor». Os 2 últimos dias terão conferências assinados por padres portugueses: na 6ª feira será o Pe. Jacinto Farias, como conselheiro espiritual da ERI, a refletir sobre «Viver a justiça misericordiosa de Deus»; e no sábado D. Manuel Clemente irá apresentar «A Alegria do Reencontro». É na Basílica da Santíssima Trindade que todos estes momentos se irão desenrolar. Da parte da tarde as mais de 8000 pessoas vão ser reunidas em grupos mais pequenos que serão distribuídos todos os dias por 4 atividades em simultâneo: uma peregrinação aos Valinhos; uma exposição Mundial; um musical e uma conferência sobre os 100 anos de Fátima com a Irmã Ângela Coelho. Não vão faltar alguns momentos tão típicos dos encontros das ENS como as reuniões de equipas mistas e o dever de se sentar. O final será assinalado por uma grande Celebração Eucarística, aberta a todos os que quiserem estar presentes, presidida pelo Patriarca de Lisboa, no Recinto do Santuário, às 11h. Como nos dizia o fundador das Equipas, Pe. Henri Caffarel, aquando da 1ª peregrinação internacional em 1954, esta será uma boa oportunidade de dar graças a Deus publicamente por este tempo que nos é dado viver.

texto por Dora e João Pedro Sousa

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