Lisboa |
Ordenação Episcopal de D. José Tolentino de Mendonça
“A tua inteligência e sensibilidade saberão partilhar o que agora é confiado ao teu bom zelo”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou a inteligência e a sensibilidade do novo arquivista e bibliotecário da Santa Sé, D. José Tolentino de Mendonça, cuja ordenação episcopal decorreu no dia 28 de julho, nos Jerónimos.

 

“Caríssimo D. José Tolentino: Estamos aqui hoje tantos, felizes e em ação de graças pela tua ordenação episcopal. Agradecemos ao Papa Francisco ter-te escolhido para zelar por um património único de memória criativa. Imensamente maior é o nosso mundo, com tudo o que espera ou desespera, com quanto o atinge de bom e menos bom… A tua inteligência e sensibilidade saberão partilhar o que agora é confiado ao teu bom zelo. E que assim mesmo crescerá também”, apontou D. Manuel Clemente.

Perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e grande parte dos bispos portugueses, o Cardeal-Patriarca lembrou que “o étimo de ‘bispo’ indica olhar cuidadoso e vígil” e destacou o “olhar de Jesus” a que “se refere D. José Tolentino muitas vezes, na fecunda escrita que nos tem oferecido e continuará decerto a oferecer”. “Naquele dia era de pão material que precisavam as multidões, como hoje ainda é em tantos casos, clamorosos casos. Mas o mesmo Jesus, que nos ensinou a corresponder a tal necessidade, também lembrou que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). Dessa Palavra que em ti se tornou inteira vocação e magnífica expressão. Dessa Palavra que sabes distinguir em mil ressonâncias de literatura e reverberações de arte. E assim a repartirás agora, para que chegue a muitos, para saciar a todos!”, terminou D. Manuel Clemente, na homilia da celebração na Igreja de Santa Maria de Belém.

 

Uma biblioteca e um jardim

Na sua intervenção, D. José Tolentino de Mendonça falou sobre a escolha do Papa Francisco, afirmando continuar a desconhecer as razões que levaram o Santo Padre a escolhê-lo para o cargo. “O nosso querido Papa Francisco quis colocar-me ao serviço do arquivo e da biblioteca apostólica. Não sei ainda hoje as razões do seu convite, que expressa pela minha própria pessoa uma confiança que filialmente agradeço, mas não deixo ainda agora de ecoar a surpresa em mim. Consola-me pensar que ele, ouvindo-me durante os exercícios espirituais, talvez tenha persentindo que não há diferença entre uma biblioteca e um jardim”, salientou o novo arcebispo madeirense, acrescentando que, para ele, “não há diferença” entre as duas coisas.

 

Fotos: www.flickr.com/patriarcadodelisboa/sets

 

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