Missão |
Jovens da Vigararia de Alcobaça-Nazaré estiveram em missão na Ilha do Pico
Onde Deus te levar
<<
1/
>>
Imagem

Um grupo de jovens de sete paróquias da Vigararia de Alcobaça-Nazaré foi em missão para a Ilha do Pico, nos Açores, durante 10 dias.


A Vigararia de Alcobaça-Nazaré, localizada na zona mais a norte do Patriarcado de Lisboa, é composta por 15 paróquias. Tem há vários anos um trabalho muito próximo com a juventude, procurando “proporcionar vivências de fé aos jovens e para que estes não se sintam sós, para que cresçam no amor a Deus e ao próximo”. A equipa vicarial promove todos os anos vários encontros de formação, de partilha, conferências com testemunhos, convívios entre os jovens das várias paróquias, festivais da canção cristã, etc. Em 2014, existiu a primeira missão organizada pela vigararia, na zona de Óbidos, e em 2015, na zona de Sintra. “Em julho de 2017, o Senhor chamou o Pe. Francisco Rodrigues (pároco na Ilha do Pico) a sair em missão 2×2 para Alcobaça e arredores. Sair sem nada, abandonado à providência de Deus, confiante no seu poder e no seu amor juntamente com outro jovem, sem o conhecer. Pelo caminho, o Senhor Jesus permitiu que conhecessem muito sofrimento e tristeza e, sentiram-se chamados a dar uma palavra de esperança e consolação. No final, o Pe. Francisco convidou o pároco, Pe. Ivo Santos, a ir aos Açores, de férias ou não, o qual logo de imediato se mostrou interessado. Passados alguns meses, o Pe. Ivo (responsável da juventude da Vigararia de Alcobaça-Nazaré) ligou a propor ao Pe. Francisco a visita ao Pico acompanhado por 30 jovens em missão. Era o início de uma grande aventura! Uma semana em missão em São João, São Caetano e Terra do Pão”, partilha Andreia Silva, animadora do grupo de jovens da Paróquia de Évora de Alcobaça.

A missão no Pico

O tema desta missão foi ‘Onde Deus te levar’ e tinha como objetivo “viver durante 10 dias como enviados de Deus, em comunidade, união e alegria, onde Ele nos levasse”. “Viver como discípulos de Jesus à Divina Providência sem prata nem alforje. Viver como discípulo enviado dois a dois sendo sinal do amor de Deus: o discípulo que visita, escuta, proclama a Palavra de Deus, anima e conforta. Partilhar, proclamar e cantar a fé pelas ruas e praças a todos os que quiserem escutar, a todos aqueles a quem Ele nos levasse”, conta. Eram 26 jovens que procuravam “levar Jesus, mas também encontrar Jesus nos mais frágeis”. Esta missão teve a duração de 10 dias na qual “todos os dias foram bastante preenchidos. O dia começava e terminava com oração em grupo e todos os dias tínhamos Eucaristia”. Alguns dias eram “enviados dois a dois, tal como Jesus enviou os discípulos, também nós fomos enviados”. “Fomos enviados sem dinheiro, sem telemóvel e sem comida e tínhamos como objetivo ir de porta em porta dar testemunho desta alegria de sermos jovens cristãos, amados por Deus. Quando chegávamos a uma casa, fazíamos uma apresentação, ficávamos à conversa com as pessoas, escutávamos as suas angústias e os seus desejos, mas também, muitas vezes, não precisávamos de dizer nem de fazer nada, bastava ficarmos em silêncio com as pessoas que nos acolhiam. Em quase todas as casas tínhamos de comer ou beber algo, nem que fosse um copo de água. Antes de sairmos das casas, fazíamos uma oração com essa família e entregávamos uma pagela com íman para que ficassem com uma recordação nossa. Também tivemos algumas rejeições, mas acolhemos tudo isso com muita naturalidade. De salientar que até estas rejeições nos fizeram crescer na fé. Fizemos ainda a subida ao Pico durante a noite e foi possível contemplar o nascer de um novo dia já no cimo da montanha e celebrámos Eucaristia. Participámos no terço do Espírito Santo e numa coroação: a coroação está, na maior parte das vezes, associada a uma promessa ao Senhor Espírito Santo, é um ato de ação de graças ao Divino Espírito Santo por algum benefício recebido na doença, na guerra, em algum conflito familiar em que se tenha recebido a paz. Este momento de ação de graças decorre na Eucaristia, onde no momento após a comunhão o celebrante coloca a coroa na cabeça da pessoa que recebeu a graça e nas pessoas da sua família. O terço do Espírito Santo é rezado durante nove dias antes da coroação por todos os familiares e amigos que se queiram juntar na casa da pessoa que recebeu a graça. Acompanhar esta família foi também muito importante para nós, o seu testemunho de fé foi algo incrível, que também nos leva a questionar como vivemos a nossa fé, se uma fé morna ou assim-assim, ou uma ‘fézada’ ou se uma fé viva, uma fé que move fronteiras acompanhados por Deus?! Fizemos também arruadas: fomos em grupo pelas ruas das Lajes do Pico e pelas ruas da Vila da Madalena cantando e distribuindo pagelas e conversando com quem íamos encontrando, sempre acompanhados com uma cruz. Quando chegávamos a uma praça dávamos testemunho e algumas pessoas iam-se aproximando dos padres Ivo e Francisco para pedirem a bênção. Também almoçámos e convivemos com alguns idosos da Santa Casa da Misericórdia da Madalena. De referir que para esta missão foi feito um Hino cujo refrão é: ‘A tua missão vai abraçar segue para onde Ele te levar’. Durante uma noite fomos acolhidos por famílias e alguns de nós ainda foram com as famílias tratar dos seus animais. Foi sem dúvida onde nos pudemos sentir ainda mais acolhidos e onde também nos sentimos mais próximos daqueles que nos acolhiam. Fizemos visitas aos enfermos e de alguma forma levámos uma palavra de ânimo e de conforto. Participámos também na festa do Bom Jesus Milagroso, a segunda maior festa da ilha, onde também demos testemunho na rua. Participámos na Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo Auxiliar de Braga e ainda na procissão. Houve um dia mais dedicado a visitas em que fomos até à Ilha do Faial. Estas visitas foram fundamentais para compreender a história daquele povo e sobretudo a emigração que houve naquelas ilhas (Faial e Pico)”, partilha Andreia.

texto por Catarina António, FEC | Fundação Fé e Cooperação
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES