Delegado da Conferência Episcopal Portuguesa no Sínodo dos Bispos, D. Joaquim Mendes espera que esta reunião traga “um rejuvenescimento da Igreja”. Em entrevista, o prelado fala das suas expectativas para a assembleia que decorre em Roma, de 3 e 28 de outubro, com o tema ‘Jovens, a fé e o discernimento vocacional’.

“Tenho a expectativa de uma bela experiência eclesial. Seremos 407 padres sinodais, mais os peritos e também, certamente, os jovens que participarão como auditores, e iremos olhar, juntos, esta realidade dos jovens no mundo, nas diversas partes do mundo. Outra expectativa é que saia do sínodo um novo dinamismo e uma nova atenção em relação aos jovens, no sentido de uma aproximação a eles e uma atenção, uma escuta ao acompanhamento e à sua integração na vida eclesial”, começou por referir D. Joaquim Mendes, desejando que o Sínodo dos Bispos “traga uma nova primavera juvenil à Igreja e um rejuvenescimento da Igreja”. “A Igreja precisa de renovar o seu tecido eclesial. Isto passa pela participação dos jovens e pelo caminho dos jovens na fé e também no discernimento vocacional sobre a missão que Deus tem para cada um”, acrescentou o Bispo Auxiliar de Lisboa, que é também presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.

Salientando que, por ser Salesiano, passou “grande parte” da sua vida no meio dos jovens, D. Joaquim Mendes lembrou palavras de D. Bosco, fundador dos Salesianos, que dizia: “Os jovens querem ser amados, querem ser tidos em conta, querem alguém que lhes preste atenção”. Depois, destacou a participação dos jovens portugueses no questionário online e a reunião pré sinodal para referir que “a juventude manifestou o desejo de uma Igreja que seja casa, que seja família”. “Uma Igreja que seja próxima, que seja comunidade, onde eles tenham espaço e voz”, salientou o prelado, apelando a “uma mudança de atitude e uma mudança de mentalidades” nas paróquias.

Pastoral Juvenil

Sobre a pastoral juvenil, D. Joaquim Mendes lembrou que “deve conduzir os jovens ao encontro com Jesus Cristo”. “Pode ser através de diversas portas, de diversos caminhos, de diversas atividades, de diversos projetos, mas a meta tem de estar clara: conduzir os jovens ao encontro com Jesus Cristo”. Por outro lado, acrescentou, a pastoral juvenil deve “proporcionar uma experiência do corpo eclesial, de beleza do que é esta Igreja, de comunhão e de unidade na diversidade de dons, carismas, ministérios e funções”.

Nesta entrevista antes da partida para Roma, onde participa como delegado da CEP tal como D. António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. Joaquim Mendes revelou ainda que a Igreja em Portugal “está a preparar, em princípio para dia 23 de fevereiro, uma grande assembleia dos jovens para olhar o sínodo”. “Pensamos que esta assembleia pode ajudar os jovens a terem esta experiência de Igreja e a descobrirem o seu papel nesta Igreja, a descobrir o contributo que eles podem dar para o crescimento do Reino de Deus”, desejou.

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Os trabalhos do Sínodo dos Bispos estão a ser acompanhados em parceria pela Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Renascença e jornal Voz da Verdade.