Lisboa |
“Omnes fontes mei in te”
Lema episcopal de D. Daniel Henriques, novo Bispo Auxiliar de Lisboa
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Omnes fontes mei in te”. E eles dirão, cantando e dançando: «Todas as minhas fontes estão em ti» (Sl 87, 7). O lema episcopal de D. Daniel Henriques provém deste versículo, com que encerra o salmo 87. Este salmo canta o amor de Deus pela cidade por Ele edificada sobre os montes santos. Ela é a Sua eleita, a Sua esposa. O Senhor ama as suas portas, que se abrem para acolher entre os seus filhos os povos dos quatro pontos cardeais, aos quais é oferecida cidadania.

Uma leitura cristã do salmo remete-nos para Cristo e a Sua Igreja. É ela esta cidade e o Senhor o seu Rei. Dela escreve Santo Agostinho: “O Rei desta cidade fez-se caminho para que pudéssemos chegar até ela”. No meio dela, o trono, onde se encontra o Pastor, o Cordeiro imolado que nos conduz às fontes de água viva (Ap 7,17).

Porque do lado trespassado de Cristo jorrou sangue e água (Jo 19,34), de onde nascem e se nutrem os fiéis, a piedade cristã compraz em associar às Chagas de Cristo a imagem da sede e da fonte. Destas Chagas, profetisa Isaías: “Tirareis água com alegria das fon­tes da salvação” (Is 12,3) e convida: “Todos vós que tendes sede, vinde beber desta água.” (Is 55,1). E o próprio Salvador assegura a quem beber desta água, que ela se tornará fonte nele, pois “a água que lhe der tornar-se-á uma nascente que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14b).

 

Heráldica das Armas de Fé

As Armas de Fé de D. Daniel evocam esta centralidade da Cruz de Cristo e das Chagas do Senhor, onde a lança e os cravos deixaram gravadas as chagas em forma de estrela de quatro pontas, que evoca a fragilidade da nossa carne, assumida pelo Verbo no mistério da Encarnação.

A Cruz é de ouro, porque nela Cristo foi glorificado e nós com Ele.

O fundo azul do escudo evoca o mundo que Deus ama e ao qual nos envia.

As linhas de água, em fios de prata, indicam um duplo movimento: da igreja enviada em missão a todo o mundo e da convergência para a centralidade do mistério pascal: “E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Elas representam, também, as águas oceânicas que dão nome a Ribamar, terra natal de D. Daniel e a diocese de Acque Tibilitane, cujo título recebeu enquanto Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa.

O escudo assenta sobre a cruz pastoral pátea de vermelho com bordadura de ouro, encimada pelo chapéu prelatício de seis borlas pendentes, de verde, colocada simetricamente dos dois lados. Sotoposto listel ondulado de prata com o lema em capitular.

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