Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Não rejeitemos Jesus
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Quando, em 2017, o Papa Francisco afirmava, em Fátima e para todo o mundo, “Temos Mãe”, acentuava a grande dádiva que Jesus nos faz no momento da sua Paixão e morte na Cruz. Suspenso no madeiro, com Maria e João a seus pés, Jesus diz a João: “Eis a tua Mãe”, e a Maria: “Eis o teu filho”. João é a presença da Igreja, que somos todos nós e, por isso, se Maria foi entregue como Mãe ao discípulo João, Ela é também nossa Mãe. Crianças, jovens, adultos, famílias, todos formamos este Corpo de Cristo que é a Igreja e temos, por Maria, esta Mãe que, abrindo o seu coração ao Amor de Deus e ao seu projecto, nos oferece o seu Filho Jesus. É por Ela que acolhemos Jesus; é Ela que nos apresenta Jesus; é Ela que nos conduz a Jesus. E é importante ter presente este lado discreto de Maria, que, na sua simplicidade e humildade, se vai colocando, sempre, em último lugar para nos conduzir até ao seu Filho. Ela não se sobrepõe a Jesus, nem substitui Jesus. Apesar de, muitas vezes, na nossa fé ou religiosidade popular menos esclarecida, a tendência ser a de colocar Maria em lugar de destaque, é importante olhar para Ela como Aquela que nos traz, guia e apresenta o Salvador.

Por vezes, chega-se à igreja e fazem-se todas a venerações às imagens presentes, mesmo à de Nossa Senhora, e o Altar – lugar onde está a ser celebrada a Eucaristia, ou onde está exposto o Santíssimo, ou simplesmente está vazio, mas não deixa de ser Altar, mesa do Sacrifício –, é ignorado, esquecido. O Sacrário, onde se encontra Jesus, Caminho, Verdade e Vida, é como se lá não estivesse, porque o olhar, a atenção, o foco, está centrado naquela imagem de Nossa Senhora ou até em qualquer outro Santo presente na igreja.

Estamos no mês de maio, um mês que é marcado, de um modo especial, pela presença de Maria, a Mãe de Jesus e Mãe de todos nós. São muitas as manifestações de fé, um pouco por todo lado, mas não nos esqueçamos do essencial: Maria leva-nos a Cristo, e Cristo encontramo-l’O, também, no Sacrário, na Eucaristia, na Palavra proclamada, na mesa do Altar, no Santíssimo exposto, na liturgia que celebramos, no irmão que somos chamados a amar. Se amamos Maria, não rejeitemos Jesus. 


Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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