É grande a missão da família no nosso mundo atual. Na vida de cada pessoa a família tem uma importância única e decisiva em quase todos os âmbitos da vida. Os jovens, na sua maioria, reconhecem que foram feitos para amar e desejam encontrar a pessoa com quem se casar e constituir uma família. No entanto, é evidente que atualmente se sente crescer o número de crises e aumentar as dificuldades na vida das famílias. Parece-nos que isso está relacionado com o modo como se vive, ou como se tenta conciliar o trabalho com a vida familiar, ou como se hierarquizam as prioridades e se tomam decisões. Por tudo isto, para promover a família e para ajudar todos, trazendo ao coração de cada família e de cada membro da família Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja fala e põe em marcha a pastoral da família.
Na nossa diocese esta tem sido uma prioridade e já tem dado frutos. Toda a diocese está agradecida aos padres e aos casais que têm estado empenhados no sector da pastoral da família. Nos últimos anos, foram evidentes o grande labor feito e a competência de todos os que estiveram empenhados nesta missão.
A nova equipa, que integra casais da antiga equipa e incorpora outros, e que continua a contar com a presença e ajuda do Cónego Rui Pedro, vai prosseguir tentando perceber o que é necessário fazer. Sabemos que há muito para fazer e isso entusiasma-nos. O setor diocesano da pastoral da família está ao serviço das paróquias e vigararias, dos movimentos e associações para que todos os carismas e serviços que existem possam desenvolver-se em benefício do corpo, que é a Igreja, e de cada família em concreto.
Por aqui passam questões relacionadas com o namoro e a preparação para o casamento, mas também a formação de quem é chamado a acompanhar as famílias e a ajudar quando há crises ou situações difíceis; por aqui se reflete na educação e na importância da transmissão da fé, quer quando se prepara e celebra o batismo das crianças, quer noutras fases da vida dos filhos; por aqui se reflete e propõem ações relativas ao encontro entre várias gerações. Assumimos, ainda e de modo claro, o apelo urgente a defender a vida humana, desde a conceção até à morte natural, a promover uma justa e verdadeira visão do amor humano e da sexualidade, a confrontar a verdade da pessoa com as ideologias que adulteram essa mesma verdade e com tudo o que Jesus revelou e gerou. Queremos promover a família, recordando que o casamento é um caminho de santidade, e que é sublime tudo quanto ele faz acontecer nas pessoas que são chamadas ao matrimónio e, por isso, reafirmamos que é bom festejar as bodas matrimoniais e fazer festa na família e entre famílias, mostrando ao mundo que a Igreja e a família estão aliadas e bem vivas.
Agradecemos ao Senhor Patriarca pela confiança em nomear-nos para este serviço e esperamos colaborar com todos os que nos peçam ajuda. Estamos cientes do grande desafio que isso implica e, por isso, pedimos a intercessão de Nossa Senhora, para que o esforço que este setor vai fazer na atenção e na ajuda às pessoas e às famílias, principalmente diante do confronto cultural que somos chamados a viver, seja a vontade de Deus para a evangelização das famílias e do mundo através das famílias. O nosso objetivo é só o de contribuir para que Jesus Cristo seja amado e conhecido, que a Sua Graça redentora seja acolhida e frutifique nas pessoas e nas famílias e a Sua luz brilhe na Igreja e no mundo.
Regiani e Tiago Líbano Monteiro
Pe. Duarte da Cunha
Pe. Rui Pedro
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31ª Jornada Nacional da Pastoral Familiar
Discernir o acompanhamento dos casais Jovens
A Jornada Nacional da Pastoral Familiar, aberta a todo o Povo de Deus, terá lugar no próximo dia 28 de Setembro, um sábado, em Fátima, no Salão do Bom Pastor, Edifício Paulo VI.O tema de fundo desta Jornada – Discernir o acompanhamento dos casais jovens – corresponde ao Capítulo VI da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”. Tem como objectivo "sensibilizar para a importância, a necessidade e a urgência do acompanhamento dos casais jovens, a partir de estruturas paroquiais e outras, sustentadas por casais de vida cristã com capacidade para acolher, acompanhar e inserir na vida da Igreja".
As inscrições podem ser feitas em até ao dia 15 de Setembro no site da pastoral familiar (http://familia.patriarcado-lisboa.pt)
Programa
9h30 Acolhimento
10h00 Oração inicial
10h30 “Acompanhamento nos primeiros anos de vida matrimonial” por Miguel Almeida, sj
11h30 Intervalo
12h00: Experiências de acompanhamento de casais jovens
- Decisão conjugal (Sónia e Manuel Martins)
- Equipas Tandem (Ana e Vasco Varela)
- Movimento apostólico de Schoenstatt
- Testemunho de casal jovem
13h00 Almoço
14h30 “A arte de ajudar casais jovens: acolher – motivar – envolver” por pe. João de Deus Costa Jorge
15h00 Trabalho de Grupos
16h00 Plenário
16h30 Síntese Pastoral, envio e encerramento: D. Armando Rodrigues, bispo auxiliar do Porto e Vogal da CELF
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Caminho de S. Salvador (León-Oviedo)
Porquê a partida? (O Desejo)
Mais um ano de trabalho passado e decidimos fazer mais uma peregrinação a pé, a dois (ou melhor dizendo a três). Sentimos um desejo enorme de fazer novo caminho ou de “nos ausentarmos para o monte” por vários motivos: o prazer enorme que é caminhar na natureza (os diferentes aromas, as cores, as formas, os diversos animais e plantas que nos acompanham), o gosto de partilharmos esta experiência em casal e gozarmos de seis dias inteiros para aprofundarmos, ainda mais, o nosso amor conjugal, longe das preocupações e distrações do dia a dia. Houve também tempo, em alguns momentos, quando um de nós se adiantava mais um pouco ao outro, de reflexão a sós sobre o que somos e o que Deus desenha ainda e deseja de cada um de nós, sobre a nossa vida familiar, a nossa relação com os nossos colegas de trabalho e os nossos amigos. Houve tempo para conversas em casal com Deus, dando-lhe sempre muitas Graças pela sua tão bela Obra da Criação da qual fazemos parte e integramos como um todo (relembramos, especialmente, o campo coberto de lindíssimas teias de aranha e os jardins de flores naturais que nos fizeram companhia durante a terceira etapa).
O Caminho de S. Salvador (de León a Oviedo) faz parte do caminho primitivo de S. Tiago e há quem o refira como a sua parte mais montanhosa. Este caminho de seis etapas pelas montanhas (em média 24 Km por etapa) foi para nós um autêntico retiro espiritual, de uma enorme beleza e tranquilidade, já que na maioria das etapas não nos cruzamos sequer com outros peregrinos. A contemplação e o dar Graças por tanta beleza foram uma constante. Antes de partirmos alguém nos perguntou: “Então e não tem medo de ir só os dois? E se torcerem um pé ou acontecer alguma coisa?”. Sem medo, partimos mais uma vez confiantes na proteção do Nosso Pai e Mãe do Céu. Começávamos cada dia com uma pequena oração individual e/ou em casal e terminávamos o dia dando Graças por tudo o que tínhamos conseguido e recebido ao longo do mesmo. Durante as 6 ou 7h de caminho diário “rezávamos com os pés”.
O que se altera em nós? (Chegamos sempre diferentes do que partimos)
Ao fim de cada etapa somos pessoas diferentes. Cada etapa mais ou menos difícil é sempre distinta da anterior. Temos presente que ao fim de uma etapa em que chegamos exaustos, a recuperação é absolutamente necessária (e, surpreendentemente, acontece de facto!) pois há mais uma etapa a percorrer no dia seguinte. As dificuldades vão sendo superadas com muita persistência e perseverança. Mas no fundo o mais importante é o “querer” saborear cada etapa de cada vez, a vontade de ir sabendo que nos temos um ao outro para nos auxiliarmos mutuamente.
Acreditamos que o Senhor Jesus sempre caminhou connosco e que nos foi dando alento nos momentos mais difíceis, mas que também se alegrou e divertiu com alguns momentos hilariantes do nosso percurso. Regressámos a casa muito felizes por termos concretizado todas as nossas metas, com uma imensa sensação de Paz, retemperados e saciados da sede com que partimos.
texto por Luísa (58 anos) e Alberto (62 anos)
Partilhamos ainda a oração de S. Salvador
Oração de S. Salvador
Senhor Jesus, Nosso Salvador:
Caminho, Verdade e Vida.
Mostra o teu rosto
a quem deseja
contemplar a Glória
que te corresponde como
Filho de Deus vivo.
Peregrinos pelos caminhos da vida
sê nosso companheiro e
explica-nos as Escrituras,
para que sejam sempre
a fonte do nosso consolo.
Faz com que Te reconheçamos
na “fração do Pão”
e que nela encontremos
a força de que necessitamos
para viver o amor fraterno;
envolvidos na tua luz seremos
testemunhas do Evangelho.
Amén
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