Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
A pandemia da irresponsabilidade
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Sabem, partilho convosco um sentimento: estou a ficar cansado de tanta irresponsabilidade a que vou assistindo, todos os dias, no que diz respeito ao incumprimento de ordens e falta de cuidado na luta contra esta pandemia que nos está a afetar a todos. Queremos ou não queremos lutar contra a pandemia? O Papa Francisco tem dito que, para além da pandemia da covid-19, o mundo está a ser afetado pela pandemia da pobreza. Eu acrescento, ainda, que há uma outra pandemia: a da irresponsabilidade. Já não se trata de egoísmo, no querer fazer o que bem se entende em meu favor e levar a vida de modo ‘normal’, esquecendo todo o mundo que está a ser afetado, mas de verdadeira irresponsabilidade nas atitudes e comportamentos que colocam em jogo a minha vida e a dos outros.

No passado sábado, assistimos a várias manifestações, com milhares de pessoas, como forma de lutar contra o racismo e xenofobia. Não está em causa o motivo, está em causa o modo de o fazer. Enquanto escrevia este texto, dizia-me um médico: “Vamos ver como será daqui a duas semanas, ou até menos...”

A Igreja tem dado sinal e testemunho do modo como proceder para garantir a segurança dos fiéis, e estes poderem viver a sua vida sacramental com segurança. O distanciamento, a limitação de espaço nas igrejas, os cuidados higiénicos e sanitários ao desinfetar os espaços depois de cada celebração, e muito mais. Uns não entendem e ofendem voluntários que fazem acolhimento nas igrejas, porque os estão a querer proteger; outros não entendem e ofendem e difamam padres, bispos, o Papa e a própria Igreja, porque são mais religiosos do que nós e consideram-se doutores, vigilantes e protetores de uma Igreja que construíram nas suas mentes. Também por isso, são irresponsáveis, e até parece como os fariseus.

É preciso saber aceitar o que a Igreja nos propõe lembrando que, em primeiro lugar, está a vida de cada um. E a Igreja defende sempre a vida, de todos e de cada um.

Por isso, lembro, sejamos capazes de viver em comunhão, sem criar e alimentar divisões, porque aquele que divide tem um nome: diabo.


Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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