Lisboa |
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
“É a caridade de Cristo que leva os seus discípulos ao que for necessário para o maior bem dos outros”
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O Cardeal-Patriarca enalteceu a postura dos cristãos durante a pandemia, quando foram impedidos de participar na Missa presencialmente. Na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, na Sé de Lisboa, D. Manuel Clemente considerou que “a abstenção” foi “comunhão”. 

“Bento XVI lembrou-nos que «a antiguidade cristã designava com as mesmas palavras – corpus Christi – o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo eucarístico e o corpo eclesial de Cristo» (Sacramentum Caritatis, 15). Assim mesmo o sentiram muitos cristãos durante a pandemia que nos chegou. Impedidos como estavam de participar na assembleia eucarística e de receber a hóstia consagrada, não deixaram de comungar espiritualmente, com inteira verdade e bom fruto. Foi a caridade que levou Cristo ao sacrifício de que a Eucaristia é sacramento. É a caridade de Cristo que leva os seus discípulos ao que for necessário para o maior bem dos outros. Neste caso, a abstenção é comunhão”, observou o Cardeal-Patriarca, na Missa de Corpo de Deus, celebrada na Sé Patriarcal, no dia 11 de junho. “Também o cuidado que tivermos para não sermos contagiados, nem contagiar os outros, é comunhão verdadeira, consequente e necessária. Cuidado a manter, para «não cantarmos vitória antes de tempo», como nos lembrou o Papa Francisco no passado Domingo, e acrescentando: «Continua a ser necessário seguir com cuidado as normas vigentes, porque são normas que nos ajudam a evitar que o vírus ganhe força»”, acrescentou D. Manuel Clemente, não escondendo que “foi e continua a ser difícil tanto resguardo, que nos tolhe a natural necessidade de comunicar diretamente com os outros”. “As possibilidades mediáticas de que dispomos – para quem realmente as tenha e saiba usar – ajudam a prosseguir doutro modo o trabalho, a escolaridade, os contactos em geral. Mas não conseguem dispensar a relação próxima e espontânea que a nossa corporalidade requer. Precisamos de ver e ser vistos, de ouvir e ser ouvidos, de tocar e ser tocados. O próprio Deus nos quis chegar assim, na corporalidade humana que em Jesus Cristo teve. Se hoje nos resguardamos a bem dos outros, é para melhor nos recuperamos amanhã, em convivência mais segura”, considerou.

 

Corpo de Cristo continuará a oferecer-se

Na celebração do Corpo de Deus deste ano, devido à pandemia, não houve a tradicional procissão pelas ruas da cidade de Lisboa. “Hoje não poderemos sair em procissão. Mas o Corpo de Cristo continuará a oferecer-se, por nós que o comungamos e à cidade que edificamos, no cuidado comum. Connosco, forma um só corpo e connosco chegará aonde formos”, garantiu o Cardeal-Patriarca que, no final da celebração, benzeu a cidade e a diocese, no adro da Sé Patriarcal, com o Santíssimo Sacramento.

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