Lisboa |
Documentário do Sínodo Diocesano de Lisboa
“A missão é permanente”
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Para apoiar o processo avaliativo, o Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa e a Agência Ecclesia produziram um documentário sobre o percurso percorrido pela diocese nos últimos anos, desde o anúncio da realização do Sínodo Diocesano, em 2014, até ao presente.

O documentário completo, com cerca de 40 minutos, está disponível no YouTube e Facebook do Patriarcado de Lisboa – sendo que uma versão reduzida foi transmitida, na RTP2, no programa ‘A Fé dos Homens’, no passado dia 27 de abril – e começa por lembrar os guiões de leitura, ao longo de cinco trimestres, e que, para Miguel Sousa, da paróquia da Lourinhã, “foram trabalhados, de um modo geral, por todas as comunidades e movimentos da paróquia”. “Houve uma grande adesão de todas as pessoas e foram criados grupos que não existiam”, lembrou. Já Helena Dâmaso, de Atouguia da Baleia, referiu que os grupos sinodais fizeram com que “a paróquia se unisse muito mais e se unisse para um fim comum”. “O Sínodo veio-nos relembrar que todos os dias somos enviados a anunciar aos outros a alegria de sermos olhados e procurados por Deus”, destacou.

Na caminhada sinodal houve também ensaios, como o realizado na paróquia da Póvoa de Santo Adrião, que procurou “ir às periferias com as Igrejas domésticas”, segundo lembrou Carlos Pinto, enquanto a mulher, Filomena, frisou que “tendo Deus na nossa vida, temos fé para continuar a caminhar”. Já o casal Leila e Daniel Fernandes Almeida salientaram como os encontros permitiram à família “abrir-se à comunidade”. Em resumo, o Cardeal-Patriarca considera que “muita coisa aconteceu”. “A impressão que tenho é que nestes trimestres muita coisa aconteceu, no sentido de olhar para a cidade e para a diocese com os olhos que a ‘Evangelii Gaudium’ reforçou”, apontou D. Manuel Clemente, sublinhando: “O principal contributo que o Sínodo Diocesano nos deu a todos foi avivar aquilo que cantámos no refrão do respetivo hino: ‘É o sonho missionário de chegar a toda a gente, longe ou perto o necessário é mostrar Cristo presente’”. Já o secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa, cónego Rui Pedro Carvalho, recordou que “o grande desafio foi compilar o volume de respostas” dos guiões de leitura que chegaram: “Tivemos, em média, cerca de mil grupos sinodais, e as respostas eram abertas”.

Com base na síntese, foi feito o Documento de Trabalho, para a Assembleia Sinodal, que decorreu de 30 de novembro a 4 de dezembro de 2016, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal, e que contou com a participação de 137 membros, entre bispos, padres, diáconos, religiosos e leigos. Para o casal Michelle Lopes e Jorge Sá Nogueira, da Família Missionária Verbum Dei, viveu-se “um ambiente muito fraterno”, com um “espírito de comunhão e de abertura”, enquanto para Inês Souta, dos Jovens Sem Fronteiras, o objetivo era “fazer um caminho em conjunto para uma Igreja mais em saída”. Para o Cardeal-Patriarca, “foram dias muito cheios, em todos os aspetos”. “Cheios de atividade, muito cheios de convívio, e muitos cheios de um ambiente que se criou, muito espiritual, que nos fazia olhar de outra maneira a vida da diocese e das suas comunidades”, recordou no documentário. Para o cónego Rui Pedro, foi “um ambiente de Pentecostes”.

Com a aprovação dos 70 pontos que compõem a Constituição Sinodal de Lisboa, a receção sinodal aconteceu ao longo dos últimos quatro anos. Sobre o primeiro ano, em 2017/18, dedicado ao tema ‘Fazer da Palavra de Deus o lugar onde nasce a fé’ (CSL, 38), o padre Ricardo Figueiredo, autor do guião de leitura e reflexão da exortação ‘Verbum Domini’, considerou que a “Palavra de Deus tem um papel muito importante, crucial, para a vivência da nossa fé cristã”. Para o padre Pedro Lourenço, diretor do Departamento de Liturgia, o segundo ano de receção sinodal, em 2018/19, dedicado a ‘Viver a liturgia como lugar de encontro’ (CSL, 47), “foi um ano que mobilizou muito as comunidades cristãs e toda a diocese”. Por fim, entre 2019 e 2021, a caridade ocupou o centro da ação pastoral, com o tema ‘Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias’ (CSL, 53), e para o cónego Francisco Crespo, antigo diretor do Departamento da Pastoral Sócio-Caritativa, foi possível “evangelizar as estruturas” e “uma grande parte dos centros sociais paroquiais são expressão da caridade, são evangelização”. Já para Manuel Girão, atual diretor deste departamento, a Igreja tem de “ter como objetivo pôr a caridade no centro da atuação das instituições”.

Em junho, vai decorrer a Assembleia Diocesana de Avaliação, com os olhos colocados na Jornada Mundial da Juventude que Lisboa recebe em 2023. “A missão é permanente, agora alargada à juventude de todo o mundo, que apresentará a vida de Cristo no meio de nós, para chegar a todos”, concluiu o Cardeal-Patriarca, D. Manuel Clemente.

Documentário em: http://bit.ly/DocumentarioSinodoLisboa


 

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“Um documentário para a história da diocese”

O secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa refere que o objetivo do documentário é “reavivar a memória”. “No fundo, o percurso foi longo, desde 2014, todo este processo é longo, desde a convocação do Sínodo, depois os anos de preparação, o ano da Assembleia e, no fundo, o olhar para trás, o revisitar tudo isto, com um documentário, com imagens, com entrevistas, ajuda-nos a todos a ver o caminho percorrido. No fundo, é quase como olhar para um álbum de fotografias e revisitarmos a história. Isso ajuda-nos muito à tal memória agradecida”, salienta, ao Jornal VOZ DA VERDADE, o cónego Rui Pedro Carvalho. Para este sacerdote, o documentário vai ficar “para a história da diocese”. “Para além de ficar no papel, hoje em dia nós estamos numa época da imagem e do vídeo, por isso creio que é muito rico termos todo este percurso retratado num documentário, até para dar a conhecer aos que não viveram tão de perto e até a futuras gerações”, considera.

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