O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é uma “enorme responsabilização” para os cristãos. Na Sé de Lisboa, D. Manuel Clemente convidou a “agradecer a vida” que Deus “deu por nós e para nós”.
“Celebrar o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é agradecer a vida que deu por nós e para nós; é crescer em gratidão e responsabilidade sempre que eucaristicamente O celebramos, comungamos e adoramos. E é também, na coincidência de pensamento, sensibilidade e prática, sermos na Igreja e no mundo Esse mesmo que recebemos e por nós quer chegar a todos. Àquela «multidão dos homens» por quem derramou o seu sangue. Foi com Ele então, é connosco agora, é com Ele sempre!”, referiu o Cardeal-Patriarca, na celebração do Corpo de Deus.
Na Sé de Lisboa, na manhã do passado dia 3 de junho, D. Manuel Clemente destacou que o Corpo de Deus é uma solenidade “de enorme responsabilização” para os cristãos. “Na verdade, o Corpo eucarístico que recebemos, quando bem o recebemos, transforma-nos no Corpo eclesial de Cristo, para também nós alimentarmos o mundo com o alimento que nos assimila a si. Não é Cristo que se desfaz em nós, como acontece com o alimento que ingerimos vulgarmente. É Ele que nos refaz em Si, para sermos o seu corpo alargado até onde quer chegar, através daqueles que O recebem”, garantiu, sublinhando que “a comunhão eucarística é, sem dúvida, um momento pessoal de imensa devoção agradecida”. “Mas requer da nossa parte uma grande comunhão de vida com Cristo, a sua palavra e o seu modo de sentir, pensar e agir. Requer-nos grande consequência espiritual e prática, tanto na vida eclesial como social. Em tudo havemos de ser, também nós, Corpo de Cristo no mundo”, frisou.
Na celebração deste ano – que, devido à pandemia, não teve a tradicional procissão pelas ruas da cidade de Lisboa –, o Cardeal-Patriarca convidou ainda à fidelidade. “Esta prevalência de Cristo em nós exige-nos grande fidelidade ao que Ele mesmo foi e realizou, tal como os Evangelistas o transmitiram e a Tradição viva o guarda e oferece. Quando nos pronunciamos e agimos na vida eclesial ou nas realidades temporais, é sempre essa a referência básica que devemos manter”, alertou. “Ser Corpo eclesial de Cristo nasce da comunhão do seu Corpo eucarístico e perpetua a sua presença em nós e através de nós, para a salvação do mundo. Porque Missa há de ser missão. Disto mesmo se trata, em ação de graças e correspondência crescente a tudo o que Ele disse e fez”, lembrou.
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