JMJ Lisboa 2023 |
Cardeal-Patriarca encontra-se com os COPs e os COVs da JMJ Lisboa 2023
“Enorme compromisso para todos”
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O Cardeal-Patriarca agradeceu aos jovens envolvidos na organização local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023. No primeiro encontro com os responsáveis das paróquias e das vigariarias, D. Manuel Clemente sublinhou que os jovens vão viver “algo de absolutamente inédito”. “Tudo isto é muito mobilizador e de um enorme compromisso para todos. Vocês são protagonistas diretos desta realidade, desta aventura”, frisou.

 

“Uma palavra de alegria e de contentamento por vos encontrar, assim pela primeira vez, os representantes de tantos COPs [Comité Organizador Paroquial] e COVs [Comité Organizador Vicarial] – temos que nos habituar a estas siglas! – da preparação da nossa Jornada nas vossas paróquias e vigararias, na nossa Diocese de Lisboa, que, com as outras dioceses portuguesas, vai receber tanta gente, de tanto lado. Vocês já perceberam, certamente, que vos é dado viver algo de absolutamente inédito, com esta dimensão. Nós nunca fizemos em Portugal nada assim. Nada, nada. Mesmo do ponto de vista civil. Nem quando organizámos o Campeonato da Europa de Futebol [Euro 2004]. Isto ultrapassa tudo aquilo que alguma vez se fez cá no sítio”, assegurou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, dirigindo-se aos jovens envolvidos na organização local da JMJ Lisboa 2023.

 

“Uma grande aventura”

Num encontro no Seminário de Penafirme, em A-dos-Cunhados, no passado dia 25 de setembro, organizado pelo COD [Comité Organizador Diocesano] de Lisboa, D. Manuel Clemente destacou que faltam 22 meses para a Jornada no nosso país. Mas, “com tanta coisa a fazer, 22 meses são 22 dias”, alertou. “Vamos conseguir e vai ser uma coisa muito bonita, até pela circunstância de ser, assim acreditamos, assim esperamos e fazemos por isso, a primeira Jornada a seguir à pandemia. Isto significa, para muita juventude mundial, um momento de respiração, de ganhar força e coragem para andar para a frente, também com as lições que esta pandemia nos trouxe, no sentido dos cuidados que temos de ter. Aquilo a que se chama, e bem, a ecologia, o cuidado pela Casa Comum, para que estas coisas não se repitam”, manifestou o Cardeal-Patriarca, na homilia da Missa que presidiu com os jovens.

Na capela do seminário, D. Manuel Clemente observou ainda que toda a preparação da JMJ Lisboa 2023 deve mobilizar e comprometer a diocese. “Tudo isto é muito mobilizador e de um enorme compromisso para todos. Vocês são protagonistas diretos desta realidade, desta aventura. É motivo de satisfação interior, mas também de compromisso”, reforçou, agradecendo “o entusiasmo” com que os jovens “estão a aderir” e “concretamente estas responsabilidades que têm na rede paroquial e vicarial da nossa diocese”. “A JMJ é uma grande aventura em que estamos empenhados. Muito obrigado! Gosto em ver-vos, em rever-vos, vamos certamente vermo-nos ainda mais vezes, e cada vez mais vezes, até chegarmos a essa data que há de ser anunciada no dia 4 de outubro, lá para o verão de 2023… depois de amanhã!”, gracejou, em tom de alerta, o Cardeal-Patriarca.

 

Missão sem “recuo”

Antes, D. Manuel Clemente tinha passado em revista o processo de candidatura de Lisboa a receber o maior encontro mundial de jovens. Desde logo, referiu, o local onde as Jornadas vão ser realizadas, o Parque Tejo, na margem norte do Rio Tejo, junto ao Mar da Palha, que “é possivelmente o único, depois de tudo bem visto e revisto, onde se podia fazer uma coisa destas”. “Teríamos de encontrar um local onde, durante uma semana, se reúnam um milhão ou mais de jovens, vindos de todo lado, com o que isso significa de transportes, autoestradas, caminhos de ferro, aeroporto… e que recebesse aquelas celebrações últimas da vigília e de Domingo, do encerramento”, frisou.

Outra necessidade da candidatura era ter, “à volta” desse local, “no raio de 100 quilómetros, mais de 100 templos grandes e disponíveis para aquilo que se faz por grupos linguísticos e outros”, em especial as catequeses e os momentos de oração. “Tudo isto é tão incomensurável, tão inédito entre nós, que, olhando o mapa para baixo e para cima não sei se mais algum sítio teria possibilidades para uma coisa destas”, observou, referindo-se novamente ao Parque Tejo, um parque urbano ribeirinho com cerca de 90 hectares, junto à Foz do Trancão, onde vai decorrer a JMJ Lisboa 2023.

Num país como Portugal, com dez milhões de habitantes, para poder organizar, “durante vários dias”, um evento que traz “um milhão, ou mais, de jovens de todo mundo”, era preciso “convencer as autoridades do Estado e autárquicas”. “Era preciso, com certeza, que as autoridades do Estado e das Câmaras – Lisboa e Loures, no caso – também estivessem de acordo. Foi um longo percurso”, recordou, colocando depois o acento na missão que passa agora para os jovens e de que já não há… recuo. “Agora, isto passa muito diretamente por vocês, as realidades locais da nossa diocese, a começar exatamente por isso, pelas 285 paróquias e pelas 18 vigararias, para que estejam mobilizadas, porque é, efetivamente, algo de muito grande. Mesmo para vocês, será surpreendente! Mesmo para quem já esteve em várias Jornadas – como certamente aconteceu com alguns de vocês e aconteceu comigo, desde a Jornada em Czestochowa [Polónia], em 1991 –, tudo isto é, realmente, muito grande. Vamos para diante. Agora, já não há recuo!”, garantiu.

 

“Conte com os jovens”

No final da celebração, o responsável pelo COD de Lisboa garantiu, ao Cardeal-Patriarca, a disponibilidade dos jovens da diocese para a preparação da JMJ Lisboa 2023. “É uma alegria muito grande, para nós, ter o nosso Pastor, o nosso Bispo, connosco. Quero reforçar aquilo que temos dito: conte connosco para esta missão da Jornada Mundial da Juventude!”, assegurou João Clemente, que é diretor do Serviço da Juventude de Lisboa, dirigindo-se de forma particular a D. Manuel Clemente.

Pouco passava das 9 horas da manhã do passado sábado quando os primeiros jovens começaram a chegar ao seminário. Após o acolhimento, teve lugar uma mini-recoleção, preparada pelo padre João Quintas, assistente do Serviço da Juventude, a que se seguiu a Eucaristia e o almoço. Da parte da tarde, decorreram momentos lúdicos e de partilha, terminando a iniciativa com a oração de envio. Sobre este primeiro encontro do Cardeal-Patriarca com os COPs e os COVs da JMJ Lisboa 2023, João Clemente sublinhou, na Missa, que se tratava de “um momento de comunhão, de estarmos uns com os outros”, e para os jovens se poderem “reunir por vigararia, para se conhecerem melhor”. “Que ninguém fique sozinho”, desejou.

O responsável pelo COD de Lisboa terminou a sua intervenção com uma convocação aos jovens. “Temos encontro marcado com o senhor Patriarca no dia 21 de novembro, Domingo de Cristo Rei, que é o Dia Mundial da Juventude – o Papa Francisco, no ano passado, anunciou essa alteração deste dia, do Domingo de Ramos para o Domingo de Cristo Rei. Nesse dia, teremos a nossa Jornada Diocesana da Juventude”, recordou João Clemente, em tom de convite aos jovens da diocese.

 

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COP da Carvoeira: “Atrair mais pessoas”

Patrícia Lopes, de 26 anos, é da Paróquia de Nossa Senhora da Luz da Carvoeira, em Torres Vedras, e é a responsável do COP [Comité Organizador Paroquial] da sua paróquia na JMJ Lisboa 2023. “O nosso maior desafio vai ser atrair as pessoas, atrair mais pessoas. Especialmente com a pandemia, as pessoas afastaram-se e vai ser um desafio chamá-las de novo e dizer ‘venham, venham experimentar, vai ser incrível’. Acredito que a JMJ vai ser transformador para toda a gente”, refere esta jovem, em tom esperançado, ao Jornal VOZ DA VERDADE.

Patrícia faz parte do grupo de jovens da paróquia, recebeu o convite para participar no projeto ‘Say Yes’ e, agora, para “planear a Jornada Mundial da Juventude”. “Para mim, vai ser um desafio, mas cá estamos”, salienta. Esta responsável do COP da Carvoeira explica que o seu grupo de jovens era, inicialmente, composto por 10 elementos. “Até 2023, espero que sejamos pelo menos 20!”, deseja. “A Jornada de Lisboa vai ser um momento marcante para o resto das nossas vidas”, acrescenta.

Patrícia participou na JMJ de Cracóvia, em 2016, e guarda sobretudo o acolhimento que sentiu: “Foi um momento incrível! Guardo a vontade de acolher de todos os polacos. É incrível vermos pessoas que não falam a mesma língua serem tão calorosas umas com as outras, falando um inglês-polaco, sempre com a vontade de acolher bem e tratar bem os que estão a receber”.

Sobre o encontro daquela manhã dos COPs e COVs com o Cardeal-Patriarca, Patrícia Lopes sublinha ser importante, sobretudo para se conhecerem “uns aos outros”. “É sempre bom ver pessoas novas e pessoas que estão com o mesmo desejo que nós, que é acolher o Papa”, aponta.

 

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COV de Oeiras: “Fazer a ponte com os COPs”

Se cada uma das 285 paróquias da diocese tem um COP, cada uma das 18 vigararias do Patriarcado tem um COV [Comité Organizador Vicarial]. Teresa Nicolau, de 32 anos, é da paróquia de Queijas e é a responsável pelo COV de Oeiras. “Aquilo que sinto como sendo a missão do COV é fazer a ponte, estar atenta a pequenas coisas e melhorá-las. O meu grande objetivo, nestes dois anos, é perceber a realidade das paróquias, porque a Jornada, para quem cá está, é importante para receber quem chega. Acredito que o grande objetivo de quem cá está é conseguir, durante este caminho até à JMJ, criar uma estrutura para depois da Jornada conseguir beber e colher os frutos do caminho até à Jornada”, frisa esta jovem, ao Jornal VOZ DA VERDADE, não se mostrando preocupada com o facto de a Vigararia de Oeiras ter 13 paróquias. “O problema é a maneira como as paróquias se envolvem. Estou a tentar perceber como cada paróquia, e cada COP, funciona, na realidade”, salienta. Teresa assumiu esta missão há cerca de um ano e meio e sublinha como há “realidades completamente diferentes” na vigararia. “Se pensarmos na Vigararia de Oeiras, temos paróquias com muito pouca atividade em termos juvenil, e depois temos outras com uma dinâmica muito grande”, expõe.

Esta jovem, que participou na JMJ de Madrid 2011 e de Cracóvia 2016, refere que procurou “passar a mensagem aos COPs de como é importante eles virem e participarem” nos encontros como o realizado em Penafirme. “É nestas reuniões que as pessoas vão criar relação, vão criar experiência. Vai ser muito rico, para a pessoa responsável estar mais envolvida e perceber que não está sozinha, que há tantas outras pessoas a pensar nas mesmas coisas”, garante Teresa Nicolau.

 

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Missa com os jovens transmitida em direto

As redes sociais (YouTube e Facebook) do Patriarcado de Lisboa e do Jornal VOZ DA VERDADE transmitiram, em direto, a celebração da Eucaristia, presidida pelo Cardeal-Patriarca, D. Manuel Clemente, com os jovens dos COPs [Comité Organizador Paroquial] e dos COVs [Comité Organizador Vicarial] da JMJ Lisboa 2023, que teve lugar na capela do Seminário de Nossa Senhora da Graça, na Póvoa de Penafirme, em A-dos-Cunhados. A transmissão teve cerca de duas mil visualizações.


texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
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