Na celebração do V centenário da morte de D. Manuel I (1521-2021), no Mosteiro dos Jerónimos, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou a importância do antigo Rei de Portugal, que tinha o cognome de ‘O Venturoso’.

“Cinco séculos após o passamento de D. Manuel I, reunimo-nos hoje, recordando-o como figura determinante da transição para a Idade Moderna, com o sentido global que ela ganhou, também com o seu contributo. Mas agradecendo muito em especial a obra que aqui levantou, para glória de Deus e sublimação humana”, apontou D. Manuel Clemente, no início da sua homilia. A Missa evocativa dos 500 anos da morte de D. Manuel I, a 13 de dezembro, teve lugar na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir no final do século XV pelo rei D. Manuel I. “Os visitantes que não deixam de afluir e os crentes que aqui rezam, pessoalmente ou em grupo, absorvem a magnitude e a beleza do lugar. E exatamente por ser belo, transporta-nos à verdade e à bondade. O mundo todo simbolizado num templo só, suficientemente largo e elevado para nos encontrarmos e respirarmos em grande fôlego, é realmente um dom a agradecer a quem o mandou fazer. O cognome de Venturoso torna-se ventura para nós. Por isso damos graças a Deus, Fonte inextinguível de todo o bem e beleza”, realçou.

O Cardeal-Patriarca lembrou ainda que “D. Manuel dedicou este templo a Santa Maria de Belém, juntando-se ele próprio aos Reis Magos que acorreram ao presépio”. “Aqui somos hoje transportados ao mais alto sentimento, louvando a Deus que nos impele à fraternidade universal e verdadeira. Neste lugar manuelino por excelência a tal nos votaremos, sempre e mais”, destacou.