Estava longe de imaginar que seria chamado a este lugar de diretor da Voz da Verdade, jornal icónico do Patriarcado de Lisboa, não só pelos seus anos de existência – completa 90 anos neste mês de janeiro, mais precisamente no dia 10 – mas também por todos aqueles que por aqui passaram, quer em funções de direção e coordenação, quer como colaboradores regulares. Também por esta razão, permitam-me que as minhas primeiras palavras sejam de gratidão para com o Rev. Padre Nuno Rosário Fernandes que serviu com uma enorme generosidade este jornal, assim como os seus mais diretos colaboradores, o Diogo Paiva Brandão e o Filipe Teixeira.
As funções a que tenho sido chamado implicam uma reflexão que preciso de partilhar convosco. Como muitos de nós sabemos, os órgãos de comunicação social vão sobrevivendo a uma crise que vem já de longe e a pandemia apenas tornou mais visíveis as suas fragilidades. Os canais de televisão ditos generalistas vão perdendo o interesse dos seus potenciais telespetadores, em favor dos canais de TV pagos e temáticos, e as ofertas digitais de rádio em diversas plataformas tendem a substituir as tradicionais rádios igualmente generalistas. E a imprensa papel… E nós? O mercado de publicidade tem assistido a quebras muito acentuadas que, para muitos jornais e revistas, significam o fim de linha.
Temos de parar, respirar fundo e olhar em nosso redor. Temos de escutar, avaliar, rezar e decidir. É o que vamos fazer nos próximos meses. As perguntas são as habituais: quem são os nossos leitores? Qual o seu perfil? O que procuram nas nossas páginas? O que podemos e ou devemos mudar para corresponder mais afirmativamente? Qual é a nossa missão, quanto custa e como se paga? As respostas serão muitíssimo relevantes. Não é obrigatório que a Voz da Verdade continue a existir em papel, mas também não é obrigatório que acabe. Juntos vamos decidir, sinodalmente… Apressadamente, mas não ansiosamente! Até lá, iremos manter uma linha editorial coerente com a identidade deste jornal, com destaque para a atualidade da vida do Patriarcado e para a leitura da mesma, através do olhar atento dos nossos colaboradores. Pessoalmente, regressarei a este espaço sempre que se justificar.
Por fim, partilho o que tantos já reconhecem: vivemos um tempo único na história da nossa amada e querida Igreja de Lisboa, com a preparação da próxima Jornada Mundial da Juventude, que se aproxima cada vez mais da data da sua realização, em agosto de 2023. A minha responsabilidade na preparação e concretização deste extraordinário acontecimento passa também por aqui, isto é, a partir de hoje, o jornal Voz da Verdade passa a desempenhar um papel único na divulgação da JMJ Lisboa2023, o que exigirá naturalmente um trabalho de equipa com a Comunicação da JMJ. À Isabel Figueiredo, ao Diogo Paiva Brandão, ao Filipe Teixeira e ao Paulo Rocha a minha gratidão pela disponibilidade para este caminhar. O Papa Francisco espera de nós este movimento de saída, de irmos ao encontro de todos, de abrirmos os braços e o coração a todos e estou firmemente convicto de que a Voz da Verdade nos ajudará a fazer mais e melhor. Assim Deus nos ajude e Nossa Senhora da Visitação nos guie…
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