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“Rezemos pelas novas vocações para a vida consagrada”
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O Papa Francisco deseja que a vida consagrada seja o rosto de uma “Igreja fraterna”. Na semana em que pediu que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno em Pequim sejam exemplo de “fraternidade”, o Papa revelou a intenção de oração para este mês de fevereiro, lembrou o Dia Mundial dos Doentes de Lepra e considerou que a pandemia não justifica a insegurança no emprego.

 

1. O Papa Francisco assinalou o Dia Mundial da Vida Consagrada, pedindo que esta possa ser o rosto de uma “Igreja fraterna”. “Neste dia da festa da Apresentação do Senhor, rezemos especialmente pelos consagrados e consagrados espalhados pelo mundo e confirmados no seu carisma. Que Cristo, Palavra de Deus, lhes dê ainda mais força para estar ao serviço dos valores do Reino e de uma Igreja fraterna, próxima de todos”, referiu, no final da audiência-geral de quarta-feira, 2 de fevereiro. Na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa convidou a agradecer por todos os que “dedicaram as suas vidas a Cristo e à Igreja, empenhando-se na evangelização, educação, caridade e muitos outros campos do serviço pastoral”. “Rezemos também pelas novas vocações para a vida consagrada”, acrescentou.

No encontro público semanal, Francisco renovou o seu apelo à paz em Myanmar, antiga Birmânia, pedindo à comunidade internacional para que trabalhe na procura da reconciliação entre as partes envolvidas no violento conflito. O Papa recordou ainda o primeiro aniversário do golpe militar no país. “Há um ano que assistimos com dor à violência sangrenta em Myanmar. Faço meu o apelo dos bispos da Birmânia para que a comunidade internacional trabalhe na procura da reconciliação entre as partes. Não podemos desviar o olhar do sofrimento de tantos irmãos e irmãos. Peçamos a Deus na oração a consolação para aquela população martirizada. A Ele confiamos os nossos esforços de paz”, salientou.

 

2. O Papa deseja que os Jogos de Inverno em Pequim sejam um exemplo de “fraternidade”, e saudou os atletas, com particular atenção aos refugiados e aos paralímpicos. “O desporto, com a sua linguagem universal, pode construir pontes de amizade e solidariedade entre pessoas e povos de todas as culturas e religiões”, lembrou, no final da audiência-geral de quarta-feira, 2 de fevereiro. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno, em Pequim, iam ter início, respetivamente, a 4 de fevereiro e 4 de março, com o Papa a deixar votos de que façam “crescer um mundo mais fraterno”. “Venceremos a medalha mais importante, juntos, se o exemplo dos atletas com deficiência ajudar todos a superar preconceitos e medos, tornando as nossas comunidades mais acolhedoras e inclusivas: esta é a verdadeira medalha de ouro”, garantiu, confessando que segue com “atenção e emoção” a história pessoal de atletas refugiadas, presentes nestes Jogos de Inverno. “Que os seus testemunhos ajudem a encorajar as sociedades civis a abrir-se com cada vez mais confiança a todos, sem deixar ninguém para trás”, apelou, desejando à “grande família olímpica e paralímpica uma experiência única de fraternidade humana e de paz”.

 

3. O Papa Francisco agradeceu às religiosas e consagradas, e reza para que continuem a encontrar novas respostas aos desafios do tempo presente. “O que seria da Igreja sem as religiosas e as leigas consagradas? Não se pode compreender a Igreja sem elas”, garante o Santo Padre, na edição de fevereiro de ‘O Vídeo do Papa’, onde apresenta a intenção de oração para este mês. Nesta edição, que contou com o apoio e colaboração da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), que reúne as superioras gerais das congregações canonicamente aprovadas, Francisco valoriza o papel das mulheres que se dedicam à vida consagrada, que, segundo estatísticas publicadas pela agência Fides em 2021, são mais de 630 mil no mundo. O Papa pede às religiosas e consagradas que concentrem o seu trabalho apostólico “trabalhando juntos dos pobres, dos marginalizados, e de todos os que estão escravizados pelos traficantes”.

Em ‘O Vídeo do Papa’, Francisco reconhece que as religiosas, por vezes, são “tratadas injustamente, mesmo dentro da Igreja”, e pede-lhes que continuem a demonstrar “a beleza do amor e da compaixão de Deus como catequistas, teólogas, diretoras espirituais” e “através das obras apostólicas que realizam”.


 

4. O Papa associou-se ao Dia Mundial dos Doentes de Lepra, alertando para a discriminação destas pessoas. “Manifesto a minha proximidade a quantos sofrem desta doença e desejo que não lhes faltem o apoio espiritual e a assistência sanitária”, desejou, no passado Domingo, 30 de janeiro, no Vaticano, após a recitação do Angelus. “É necessário trabalharmos juntos para a plena integração destas pessoas e superar toda a discriminação associada a uma doença que, infelizmente, ainda atinge tanta gente, especialmente em contextos sociais mais desfavorecidos”, acrescentou. O tema do Dia Mundial dos Doentes de Lepra deste ano é ‘Unidos na Dignidade’, propondo que “todos os que sofrem de hanseníase [doença crónica infecciosa que se manifesta por insensibilidade e manchas na pele] tenham direito a uma vida digna, livre de estigma e discriminação relacionados com a doença”.

Na janela do apartamento pontifício, Francisco deixou ainda votos de paz e saúde às famílias do Extremo Oriente, pelo Ano Novo Lunar, celebrado a 1 de fevereiro. “Que todos possam gozar a paz e uma vida serena e segura”, pediu.

 

5. O Papa considera que a pandemia não deve se usada como desculpa para negligenciar a justiça no trabalho. Francisco mostrou a sua proximidade com as pessoas que vivem situações difíceis, durante uma audiência no Vaticano, a 29 de janeiro, com membros da Associação Italiana de Químicos do Couro. “Muitos trabalhadores e muitas famílias estão a passar por situações difíceis, agravadas pela pandemia. Mas esta não pode e não deve tornar-se uma desculpa para justificar omissões na justiça ou na segurança”, frisou, defendendo que a crise pode ser enfrentada “como uma oportunidade para crescer juntos em solidariedade e qualidade do trabalho”.

Na sua intervenção, o Papa pediu consciência a este setor de atividade. “Há outro aspeto que eu gostaria de abordar… o impacto ambiental de atividades que, como a vossa, usam produtos químicos para tratar materiais, no seu caso couro destinado a transformar-se em bolsas, sapatos e tantas coisas que usamos todos os dias. Vocês também são chamados a dar uma contribuição específica para o cuidado da nossa casa comum”, concluiu.

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