Lisboa |
Encontro dos COP’s e COV’s da Região Pastoral do Oeste
“A JMJ é uma explosão de alegria cristã”
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Cantaram, rezaram, encontraram-se com o Cardeal-Patriarca de Lisboa, fizeram missão de rua, explicaram o que é a JMJ Lisboa 2023 e ouviram testemunhos, partilhas e um concerto. Foi assim o encontro dos COP’s e COV’s do Oeste, que reuniu em Peniche mais de 115 jovens. “Vamos para a frente, porque o caminho está aberto e vai ser muito bonito”, incentivou D. Manuel Clemente.

 

“Vai ser galopante o trabalho a fazer até agosto de 2023”. Na conversa com que teve início o encontro dos COP’s (Comité Organizador Paroquial) e COV’s (Comité Organizador Vicarial) da Região Pastoral do Oeste, o Cardeal-Patriarca de Lisboa lembrou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é “uma coisa gigantesca, a todos os títulos”. “Daqui a um ano, o número de voluntários poderá apontar para 50 mil!”, referiu, na Igreja de São Pedro, em Peniche, na manhã do passado Domingo, 20 de fevereiro. Mas a JMJ será também “uma enorme aventura”. “Estamos a sair de uma pandemia – assim esperamos – que atropelou praticamente tudo o que era atividade conjunta para jovens, durante dois anos. Este ano pastoral, já conseguimos fazer o Dia Diocesano da Juventude, em Queluz, em novembro, e foi muito bonito”, recordou. Perguntando aos jovens quem esteve nessa iniciativa, viu muitos braços no ar. “Ah, já estiveram muitos”, sorriu. Neste sentido, D. Manuel Clemente espera que a JMJ Lisboa 2023 seja “um grande momento de descompressão da juventude de todo mundo”. “Vamos sobretudo aproveitar este caminho, este ano e meio – o que quer dizer, depois de amanhã –, para crescermos todos por dentro, no coração. A JMJ é uma explosão de alegria cristã, de vontade de viver e conviver à volta de Cristo e de tudo aquilo que Cristo nos oferece, com a presença do Papa Francisco, que nessa altura será um jovem de 86 anos”, resumiu o Cardeal-Patriarca, no encontro com jovens de cinco vigararias: Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Caldas da Rainha-Peniche e Alcobaça-Nazaré. “É nesta aventura que estamos todos embarcados, a começar por vocês. Vai ser – e já está a ser – muito importante a vossa presença e a vossa atividade paróquia a paróquia e nas 18 vigararias do Patriarcado. Isto cria uma rede de contactos entre vocês, uns com os outros, e com outros que se associam. A Jornada, em si, depois passará, mas esta rede vai ficar e vai ser muito importante para o rejuvenescimento da sociedade e da nossa Igreja em Portugal. Vamos para a frente, porque o caminho está aberto e vai ser muito bonito. Coragem!”, terminou D. Manuel Clemente.

 

Bondade e alegria

Após a conversa com o Cardeal-Patriarca, os jovens tiveram um momento de oração individual, na igreja e no exterior, a que se seguiu a Missa. “Estes jovens das várias vigararias e paróquias do nosso Oeste são protagonistas muito importantes para que a Jornada Mundial da Juventude seja aquilo que Deus quer que seja, mas conta connosco para que aconteça mesmo”, apresentou D. Manuel Clemente, no início da celebração. Na homilia, o Cardeal-Patriarca sublinhou que estes jovens “estão a dar a vida”. “Que a Jornada seja isso mesmo: seja uma ocasião de vida, e vida partilhada, com jovens que vêm de todo o mundo”, desejou. “Deus conta connosco, conta com todos, conta com cada um de vocês para que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 seja esta explosão de graça, de bondade e de alegria que se alcança apenas nesta atenção aos outros, no cuidado por cada um”, observou.

No final da Missa, antes da bênção, D. Manuel Clemente convidou ainda os jovens e as comunidades cristãs à oração. “Para a JMJ Lisboa 2023 ir em frente, é preciso que vá com Deus. E ir com Deus parte sempre da oração”, lembrou o Cardeal-Patriarca, no encontro com os COP’s e COV’s do Oeste.

 

Logotipo feito de velas

Após a Missa e a ‘foto de família’ no adro da Igreja de São Pedro, os 115 jovens inscritos foram divididos em grupos, com elementos de todas as zonas, segundo explicou, ao Jornal VOZ DA VERDADE, Tiago Póvoa, responsável do COV de Mafra que esteve na organização. “Procurámos que eles não se conhecessem, para criarmos um grupo o mais diverso possível. Cada grupo almoçou junto, depois reunimos toda a gente no Stella Maris, no centro de Peniche. Os jovens entraram na sala a cantar, com grande alegria, e pensámos que os constrangimentos do início tinham ido todos à vida”, salienta este jovem, de 32 anos. “Ouvimos então um pequeno testemunho em vídeo da banda da paróquia e os jovens foram em missão”, acrescenta Tiago, da paróquia da Venda do Pinheiro, explicando a dinâmica: “Cada grupo tinha nove, dez elementos e eles escolheram um para ir para a igreja rezar. Os restantes iam pelas ruas, com pagelas de oração da Jornada e rebuçados, para explicarem o que são as Jornadas. O objetivo era distribuir as pagelas e trocar os rebuçados por outros objetos, fazendo uma cadeia de troca. Para além disso, recolhiam intenções que enviavam por mensagem a quem estava na igreja a rezar e que ia acendendo uma vela por aquela intenção. No final, isto resultou no logotipo da Jornada feito de velas”. No final da missão, os jovens “voltaram a reunir-se todos na igreja”, onde “partilharam os momentos mais marcantes”. “Para terminar, tivemos um testemunho, com algumas músicas à mistura do Salvador Seixas, que foi fechar com ‘chave de ouro’ um dia em grande”, garante Tiago Póvoa.

O balanço deste primeiro encontro dos COP’s e COV’s do Oeste “não podia ser mais positivo”. “Mesmo não tendo estado todos os cinco COV’s, os dois que não estiveram mandaram-nos feedback muito positivos. Foi muito surpreendente ouvir as partilhas que fizemos ao final do dia, sentir a emoção dos que participaram, dos momentos mais tocantes que viveram, na missão que fizeram pelas ruas. Não há muitas palavras para dizer o quão o Espírito Santo agiu neste encontro e quantas maravilhas fez”, considera o coordenador do COV de Mafra.

 

Marcar a história da JMJ

Este foi “um dia muito importante para Peniche”, na opinião da responsável do COP. “Sabíamos que iam ser mais de 100 jovens, mas vê-los assim, todos, está a ser um peso e uma responsabilidade. Mas está a ser um dia importante para que a paróquia consiga ver a magnitude de uma JMJ e para continuarmos este caminho em grupo, todos juntos”, refere Margarida Hugobaldo, ao Jornal VOZ DA VERDADE. Esta jovem de Peniche, de 20 anos, estuda em Lisboa, mas passa “todos os fins-de-semana” em casa, e foi convidada, há um ano, pelo pároco, padre Diogo Correia, para ser a responsável do COP, por estar “muito envolvida” na vida da paróquia, “tanto na direção dos acólitos, como em outras atividades”. “Estou sempre pronta a ajudar! Inicialmente, este desafio foi uma surpresa, não estava à espera. Aceito de coração cheio, sabendo que vai ser uma tarefa árdua”, assume Margarida, lembrando que “nunca” foi a uma JMJ. “Tenho familiares muito próximos que foram e sei a magnitude do que vai acontecer. Por muito que sejamos um país pequeno, vamos conseguir marcar a história da JMJ! É um desafio muito grande e acho que ainda não temos bem noção… falta um ano e meio, que vai passar muito rápido”, sublinha.

Das várias atividades realizadas até agora, esta jovem lembra o ‘DIA 23’ de outubro, com “uma missão de rua, com vários jovens”, e as noites de oração, “todos os dias 12, na vigília do dia de Maria”, para “envolver os jovens e a comunidade”. “Isto é para todos”, aponta. Margarida Hugobaldo destaca ainda a ação realizada na Escola Secundária de Peniche, para dar cumprimento ao pedido do Papa Francisco, de a JMJ chegar a todos os jovens. “No mês de janeiro, na altura das férias entre semestres, os COP’s do concelho – portanto, Peniche, Atouguia da Baleia e Serra d’El Rei –, foram à Escola Secundária de Peniche, que é o motor dos jovens, para lhes explicarem o que é a JMJ. Muitas vezes, não temos noção de quem sabe e quem não sabe o que é uma JMJ. Temos jovens que estão afastados da Igreja e quisemos mostrar que a JMJ é para toda a gente, para todos os jovens, sejam crentes ou não, porque é isso mesmo que o Papa pede”, salienta esta responsável, desejando que a JMJ Lisboa 2023 seja “motor de conversão e de encontro com Cristo”. “Tivemos boa aceitação e estamos a tentar ter um grupo grande a caminho da JMJ”, garante a COP de Peniche, a terra que recebeu o primeiro encontro dos COP’s e COV’s do Oeste.

texto por Diogo Paiva Brandão; fotos por Diogo Paiva Brandão e D.R.
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