Editorial |
Diogo Paiva Brandão
Calem-se as armas!
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A invasão da Ucrânia pela Rússia causa espanto e pavor. Todos ficámos incrédulos com as primeiras notícias daquele dia 24 de fevereiro. A Europa, o Velho Continente, vive novamente uma guerra. Aqui perto. Aqui ao lado. As televisões mostram pessoas aflitas. A fugir. Desesperadas. A deixar tudo para trás. Rostos que choram. Também nós choramos com eles. E dizemos bem alto que abominamos a guerra e a destruição. Nada pode justificar a guerra. Nada! A guerra é sempre, sempre, um mal, que nos deve envergonhar a todos enquanto pessoas, enquanto humanidade.

No dia em que escrevo estas linhas, os cristãos rezam e jejuam pela Paz, para pedir o fim da guerra na Ucrânia. Foi um convite do Papa Francisco, para o primeiro dia da Quaresma. Perante o horror da guerra, o Santo Padre invocou a ‘arma’ mais poderosa: a oração. “Muitas vezes, rezamos para que não fosse empreendido este caminho da guerra. E não deixamos de rezar, aliás, suplicamos a Deus com mais intensidade”, pedia o Papa. Mas pode a oração realmente mudar o coração dos líderes e fazer parar o som das armas? Aqueles que rezam, que confiam em Deus, acreditam no poder desarmante da oração. Foi o que fizeram cerca de 800 pessoas em Lisboa, na Igreja de São Domingos, na Baixa, numa vigília de oração pela Paz. E são muitos os motivos para rezar: rezar por todos os cidadãos da Ucrânia, os que estão lá e os que (sobre)vivem por esse mundo fora; rezar por aqueles que fogem do país; rezar pelos que ficam; rezar pelos que estão na linha da frente a ajudar; rezar pelos que procuram defender a sua pátria; rezar pelos líderes políticos, para que respondam com sabedoria e discernimento ao conflito; e sobretudo rezar para que o coração de Vladimir Putin seja transformado. “Que as armas se calem!”, pedia o Papa Francisco, no Angelus. Pedimos nós, hoje. Todos. De coração apertado, mas com a esperança de que a arma da oração vai vencer.


Diogo Paiva Brandão

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