O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) exprimiu gratidão “pela coragem sofrida” das vítimas que denunciaram os abusos na Igreja Católica. No colóquio ‘Abuso sexual de crianças: Conhecer o passado, cuidar do futuro’, que decorreu dia 10 de maio na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, D. José Ornelas renovou o pedido de perdão às vítimas de abusos sexuais por parte de membros do clero ou em instituições eclesiais. “Quero reiterar o pedido de perdão, por toda a falta de atenção ao vosso sofrimento ou de prevenção das suas causas”, referiu.
Já o jesuíta Hanz Zollner, que integra a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, garantiu que a Igreja “está altamente comprometida” na prevenção de abusos sexuais. “Por todo o mundo estamos dedicados a treinar pessoas para que abusos não voltem a acontecer”, apontou, lamentando “a negação da realidade e a negligência” que ainda existe. “Não entendo esta racionalidade. Não percebo porque é que tornamos tão difícil tentar enfrentar a verdade. Toda a gente faz erros. Se admitirmos os erros, as pessoas podem perdoar. Se negarmos os nossos erros, as pessoas não confiam mais em nós”, defendeu.
Na abertura do colóquio, promovido pela Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal, o coordenador Pedro Strecht frisou que o problema não é exclusivo da Igreja. “A bom tempo quis a Conferência Episcopal Portuguesa abrir os seus e os nossos olhos para este problema que é da Igreja… tanto quanto, ou ainda muito mais, da sociedade civil. No primeiro semestre de 2021, a PJ registou um número recorde de processos de abusos sexual de crianças – mais de 1300”, revelou, anunciando que em breve vão ser enviados mais casos (além dos 16) para o Ministério Público. A socióloga Ana Nunes de Almeida revelou que a Comissão Independente recebeu “326 testemunhos, até ontem à noite”.
Informações: https://darvozaosilencio.org
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