
O cardeal D. Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, pediu, em Fátima, “prioridade ao diálogo e à negociação”, numa clara alusão à guerra na Ucrânia. A propósito do silêncio que se escuta na Cova da Iria, o prelado venezuelano considerou urgente a capacidade de escuta, mesmo a nível internacional. “Pensemos como seria importante escutar as razões do outro e dar prioridade ao diálogo e à negociação, os únicos caminhos para uma paz estável e duradoura, em vez de empreender ações inspiradas pela busca gananciosa e apressada dos próprios interesses. A escuta, feita de silêncio que abre o coração, ajuda a acalmar ressentimentos e rancores e reencontrar o caminho da paz”, garantiu, na homilia da Missa. “Estar aqui em Fátima, a 13 de maio, significa sobretudo responder a um chamamento à oração, a depositar no Imaculado Coração o nosso mundo ferido e dilacerado pela falta de paz”, acrescentou. No final da homilia, o arcebispo venezuelano recordou a presença, há 40 anos, em Fátima, de São João Paulo II e pediu-lhe uma bênção especial para todos. E propôs a todos, na proximidade da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que “não tenhamos medo de testemunhar, com proximidade a ternura e a beleza do rosto de Deus”, para se “construir uma Igreja com rosto jovem e belo”.
Na procissão das velas, na noite de 12 de maio, o responsável da Santa Sé lembrou que “a guerra destrói tudo”. O que fica são “apenas lágrimas como as da Mãe de Deus”.
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No final da celebração do 13 de maio, foi benzida uma imagem de Nossa Senhora de Fátima para oferecer à Diocese de Lviv, na Ucrânia.
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