Durante duas semanas, uma delegação do COL da JMJ Lisboa 2023 visitou algumas dioceses brasileiras e desafiou os jovens brasileiros a “participarem e viverem uma experiência única no encontro mundial que vai decorrer em Lisboa”. A assessora nacional da juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Valéria Leal, acompanhou a delegação portuguesa e garantiu que os jovens daquele país “estão mobilizados” e contam com um “sinal de acolhimento” em Portugal, no próximo ano.

Em declarações à Agência Ecclesia, esta responsável afirmou que a visita de uma delegação do COL da JMJ Lisboa 2023 a algumas capitais dos estados brasileiros “dá uma certa segurança”. “Às vezes, o jovem brasileiro não faz tão boa experiência de acolhimento visitando países estrangeiros. O facto de virem os portugueses aqui convidá-los é um sinal de acolhimento, dá uma certa segurança e eles sabem que quando saírem daqui vão chegar lá e não estarão sozinhos”, afirmou a responsável pela Pastoral Juvenil na CNBB.

A irmã Valéria Leal assegura que, de norte ao sul do Brasil, os jovens estão empenhados para participar na JMJ e a reunir fundos para os custos, nomeadamente da viagem, tendo presente ainda a experiência da Jornada no Rio de Janeiro, em 2013. “A Jornada de 2013 fez com que grande parte do país já conhecesse a proposta da JMJ. E quem participa uma vez, quer sempre voltar”, afirmou esta assessora, referindo que os “maiores divulgadores são os jovens que já foram e que vão convidando outros jovens a fazer a mesma experiência”.

A irmã Valéria Leal valorizou também a “experiência de Deus” de cada participante numa Jornada como ocasião de transformação que motiva o regresso ao seu país “mais disponível, mais entusiasmado para servir a Deus e aos irmãos”.

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, encabeçou a delegação portuguesa que esteve no Brasil e convidou os jovens brasileiros à participação na JMJ e à divulgação, junto de outros jovens, das formas de participação e de inscrição. Juntamente com outros voluntários do COL da JMJ Lisboa 2023, participou na Assembleia da CNBB, em Aparecida, e depois visitou as capitais de alguns estados, nomeadamente São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belém e Fortaleza. “Viemos ao encontro do Continente da esperança. Queremos que os jovens brasileiros acolham o nosso convite, o convite do Papa Francisco, para estar na JMJ”, afirmou D. Américo Aguiar.

Para o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, a JMJ é como o mundial de futebol: “Sem o Brasil, não é a mesma coisa”. “Para acontecer na totalidade da sua potencialidade, a JMJ tem de ter um grande contingente do Brasil. É isso que nós queremos e é para isso que estamos a trabalhar”, afirmou o Bispo Auxiliar de Lisboa. D. Américo Aguiar lembrou o “esforço muito grande” que os jovens brasileiros têm de fazer para participar na JMJ, em Portugal, tendo encontrado “muita alegria, muita confiança” na possibilidade de estarem em Lisboa, em agosto de 2023. “Encontrámos pessoas, homens e mulheres com sonhos, projetos, vidas. Com dificuldades, mas também com muitas oportunidades”, sublinhou este responsável, que quis, com esta visita, “reforçar o desejo verdadeiramente fraterno de ter o Brasil presente em Portugal”.

Como balanço deste périplo pelas cidades brasileiras, D. Américo Aguiar disse sentir, a partir dos contactos com brasileiros de diferentes geografias, o Brasil como um “verdadeiro país irmão” que, com esta visita, “se sentiu respeitado no projeto JMJ”.

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Pará: cidades homónimas procuram formas de cooperação

O estado brasileiro do Pará é onde existem mais localidades com o mesmo nome de Portugal (por exemplo: Ourém, Alenquer, Óbidos, Bragança, Santarém). O coordenador da Pastoral Juvenil na Arquidiocese de Belém do Pará, D. António Assis, afirmou que “seria muito interessante se resgatássemos esse vínculo afetivo e também de corresponsabilidade para a participação na JMJ”, podendo até passar pelo acolhimento dos jovens daquela diocese nas cidades homónimas em Portugal.

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Amazónia: Jovens propõem um musical sobre a abolição da escravatura

Um grupo de jovens de Benevides, no estado do Pará, está a preparar um musical sobre a abolição da escravatura para apresentar na JMJ Lisboa 2023. “A nossa região foi a primeira a libertar os escravos. A ideia de um musical vai contar um pouco da nossa história, lembrando que a Igreja teve um papel fundamental na libertação dos escravos nesta cidade”, afirmou Lucas Begot, da paróquia de Benevides, que está a preparar o musical.

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Bahia: Jovens prometem “festa, alegria, animação”

“Da Bahia vão ter festa, alegria, animação e, acima de tudo, um fervor e a felicidade de chegar a Portugal e fazer a diferença”, garantiu o padre Josuel Jesus, que coordena a Pastoral Juvenil naquela região.

O Arcebispo de Salvador, cardeal D. Sérgio da Rocha, disse que “se todo o Brasil está motivado para participar na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, Salvador mais ainda”. “Queremos que a nossa juventude possa continuar a evangelizar outros jovens”, disse o cardeal brasileiro.