DOMINGO XXIX COMUM Ano C
“Quando voltar o Filho do homem,
encontrará fé sobre a terra?”
Lc 18, 8
Somos seres apressados, Senhor! Quem nos visse de um telescópio noutro planeta perguntaria o porquê da nossa correria e da incansável luta contra o tempo. Tratamo-lo como um inimigo que nos vem roubar vida e que é preciso encher com todas as coisas, boas ou más. O importante é andar ocupado e obter tudo o mais rapidamente possível. Curiosamente, com a evolução humana, parecemos ter aprendido pouco, e são frequentes os esgotamentos e as depressões porque a “batalha” contra o tempo mói e até mata! A paciência tornou-se defeito e a esperança uma virtude pouco eficaz. O que conta são os números, os proveitos, os sucessos, as contabilidades favoráveis.
Constatamos inúmeras vezes a impaciência dos mais novos, até das crianças, diante daquilo que não conseguem fazer ou obter como gostavam. Chegam a ficar vermelhos de raiva e, sem a “polidez” e as “máscaras” dos adultos, explodem em birras e choros. As crianças são um reflexo dos adultos que somos. Quando o vírus da velocidade toma conta de nós é difícil travar. Vejam só as espantosas estradas e os magníficos automóveis, feitos para serem mais velozes que o pensamento e, tantas vezes, provocam caminhos de sangue e morte. Quem é que vai tendo a coragem de abrandar, saboreando a paisagem e até reduzindo o consumo (é verdade, as altas velocidades gastam mais combustível, sabiam?)? E quem aceita o lento crescimento da vida, a força do trabalho insistente que demora a dar fruto?
Com a pressa perdemos a resiliência, essa virtude de “não-desistir” do que é importante. E o convite a “não desistir” repassa as leituras de hoje! Não desistir do que pedimos a Deus e do que pedimos aos homens. Mas é, também, um compromisso e empenho naquilo que pedimos. Pedir vitória e não se colocar em batalha, pedir justiça e agir injustamente, pedir amor e fechar-se na sua “casca” são atitudes contrárias entre si. É a aprendizagem das mãos levantadas de Moisés e da insistência da viúva. Se desistimos nunca saberemos como será o desfecho! Claro que o tempo é importante, mas, para quem vai saboreando um pouco da eternidade, se anda empenhado nas coisas, descobre novidades inesperadas. São a fé e a esperança a trabalhar de mãos dadas!
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