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Boletim médico #10
Prevenir o Acidente Vascular Cerebral
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Por definição, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um problema neurológico que resulta do bloqueio ou rotura de uma artéria intracerebral. O desvio da face, a alteração da linguagem ou a falta de força em metade do corpo são sinais de alerta que devem motivar a procura de ajuda médica.

Esta é atualmente a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal. Os números são preocupantes: a cada hora três portugueses sofrem um AVC, um deles não sobrevive, e metade dos sobreviventes fica com sequelas incapacitantes. Em ambiente de internamento hospitalar, os AVCs constituem cerca de 2/3 dos casos habitualmente presentes nas enfermarias. De acordo com os últimos dados da Direção Geral de Saúde, embora a prevalência e mortalidade associada aos AVCs tenha descido, estes continuam a representar um sério problema de saúde pública.

Em grande parte este decréscimo resulta de uma maior atenção ao controlo de fatores de risco da doença cerebrovascular, entre os quais a hipertensão arterial e a diabetes. Outros fatores também associados ao AVC são a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e o aumento de gorduras em circulação no organismo, como o colesterol ou os triglicéridos.

Prevenir o AVC implica agir antes dele acontecer, através daquilo que se designa por prevenção primária, ou seja, medidas como o controlo da tensão arterial, da glicémia e dos níveis de gordura no sangue, a cessação tabágica, uma dieta saudável e o exercício físico regular.

Após a ocorrência do AVC o doente deverá ser internado com caracter de urgência e, caso tenha indicação, ser submetido a tratamento agudo de desentupimento arterial, com recurso a fármacos trombolíticos. Também podem ser realizados procedimentos de desentupimento mecânico, habitualmente realizados com recurso a técnicas de neurorradiologia.

A gravidade das complicações e o tempo de recuperação após um AVC variam de pessoa para pessoa, por isso, após o diagnóstico e o tratamento na fase aguda, importa não descurar da reabilitação. Quer para melhorar questões funcionais, como para evitar o aparecimento de complicações músculo-esqueléticas, é absolutamente crítico que, sempre que se justifique, o doente inicie tratamento de recuperação que poderá implicar a realização de fisioterapia, de terapia ocupacional e de terapia da fala. A duração do tratamento depende da avaliação que deverá ser feita quer pelo Neurologista que segue o doente, quer pelo médico Fisiatra.

Atenção: as pessoas que tiveram um AVC devem estar particularmente alerta, pois existe o risco de repetição, sobretudo nos primeiros três meses. Mas a todos se aplica a importância de saber reconhecer os sintomas e a necessidade de agir de forma a controlar os fatores de risco.

 

Vasco Salgado
Neurologista nos Hospitais CUF Cascais e CUF Sintra e nas Clínicas CUF Belém e CUF S. Domingos de Rana

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