
O Cardeal-Patriarca de Lisboa faz uma “homenagem agradecida” a Adriano Moreira, falecido a 23 de outubro, aos 100 anos, sublinhando a sua integridade e o facto de se ter mantido sempre fiel ao seu pensamento. “É uma memória agradecida porque é uma vida sempre muito fiel a si própria, aos seus sentimentos e pensamentos”, afirmou D. Manuel Clemente, em declarações aos jornalistas. O Cardeal-Patriarca concorda que Portugal “deve a pessoas como ele, pessoas íntegras e pessoas que se mantêm fiéis ao seu pensamento quando é um pensamento assim tão verdadeiro e com tanta urgência” como “o pensamento social cristão”.
D. Manuel Clemente refere ter conhecido o antigo líder do CDS nos anos de 1960, quando Adriano Moreira visitava o lar universitário onde residia, lembrando que “fazia as suas considerações sobre o momento político nacional e internacional sempre com uma preocupação fortemente humanista”. “A última conversa que nós tivemos foi há uns 15 dias, na casa dele, e ele queria falar da sua preocupação sobre o futuro da Doutrina Social da Igreja, ou seja, a fidelidade ao seu pensamento humanista cristão que teve sempre, em diversas fases, em vários regimes, mas muito fiel a si próprio”, destacou.
Também o Presidente da República agradeceu a Adriano Moreira. “Os portugueses, pela minha voz, agradecem 100 anos de vida, 100 anos de obra, 100 anos de serviço a Portugal”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa curta declaração no Palácio de Belém. Já o Governo apresentou condolências numa nota de pesar, referindo que Adriano Moreira se destacou “pela sua intervenção política e cívica, com quem a democracia se soube reconciliar”.
Com 100 anos completados em 6 de setembro passado, Adriano Moreira foi condecorado pelo Presidente da República, em junho, com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.
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