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Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa apresenta a ‘Novena da Misericórdia e Saúde’
Em oração até à ‘Segunda-feira da Misericórdia’
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A caminho do tempo da Quaresma e da Páscoa, a Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa propõe a ‘Novena da Misericórdia e Saúde’, em três cadernos online (pessoal; grupo; celebração da palavra). Esta proposta decorre durante as nove semanas que medeiam o Dia Mundial do Doente (11 de fevereiro) e a celebração da ‘Segunda-feira da Misericórdia e do Bom Samaritano’ (17 de abril), de onde parte esta inspiração.

 

A Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa “sonhou” e propõe, para esta Quaresma e para o tempo pascal, “vários dinamismos pastorais orantes” para as comunidades cristãs, nomeadamente “para os grupos da pastoral da saúde e outros visitadores de doentes, cuidadores, doentes e familiares que se queiram juntar”.

A primeira proposta é um livro em formato digital [eBook], intitulado ‘Novena da Misericórdia e Saúde’, que está disponível gratuitamente no site do Patriarcado de Lisboa (www.patriarcado-lisboa.pt/saude). Organizado em parceria com a Paulinas Editora, a obra digital convida a uma caminhada de oração, centrada na palavra de Deus, tanto de forma pessoal, como em grupo ou celebração da palavra, durante nove semanas, desde a semana do Dia Mundial do Doente (11 de fevereiro), até à celebração da ‘Segunda-feira da Misericórdia e do Bom Samaritano’ (17 de abril). “Este dinamismo de oração pessoal pode ser proposto aos doentes, seus familiares e cuidadores. É um convite aos grupos para se deixarem tocar por Jesus Misericordioso no contacto íntimo com o Evangelho e pela oração. A leitura, meditação e oração da Palavra de Deus visa saciar o coração da sede de misericórdia e desenvolver atitude de compaixão à semelhança do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37)”, explica a informação, assinada pelo diretor da Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa, padre Fernando Sampaio, que foi esta semana enviada ao clero diocesano. “Devendo ser iniciada na semana a seguir ao dia do doente, tem como propósito congregar uma vez por semana os grupos paroquiais de pastoral da saúde e outros grupos ou membros da comunidade que se lhes queiram juntar para escutarem, meditarem e orarem o Evangelho. Constitui uma ajuda mais para o itinerário quaresmal e pascal e promover na comunidade a oração e a vida de caridade. Também os profissionais e voluntários das capelanias hospitalares, dos centros de dia e dos lares podem realizar este itinerário de Evangelho e oração”, acrescenta a nota.

A ‘Novena da Misericórdia e Saúde’ está dividida em três cadernos: pessoal – já disponibilizado online; grupo e celebração da palavra – ambos a serem publicados brevemente, no site do Patriarcado.

 

‘Segunda-feira da Misericórdia’

Ao rezar a ‘Novena da Misericórdia e da Saúde’, e “no espírito de preparação Pascal”, a equipa diocesana da Pastoral da Saúde convida a “um segundo dinamismo”: a celebração da ‘Segunda-feira da Misericórdia e do Bom Samaritano’, no dia 17 de abril. “Este dia nasce do contemplar a Páscoa de Jesus e do Domingo da Misericórdia. Desafia os grupos da Pastoral da Saúde, visitadores de doentes, voluntários e cuidadores informais e profissionais a saciarem-se de Cristo misericordioso, e renovarem-se espiritualmente para servirem com compaixão os irmãos frágeis e doentes e promoverem a saúde e a vida. Nada se pode fazer sem Jesus. Com Ele, n´Ele e por Ele tudo conseguimos. Celebramos, assim, o chamamento que Jesus nos faz e o mandato que nos dá, através do nosso Pastor, a ser bons samaritanos, em particular neste universo da doença, da enfermidade, da tragédia, quando e onde o sofrimento e a dor questionam a saúde e a vida”, começa por referir a nota explicativa.

No dia 17 de abril, a Pastoral da Saúde do Patriarcado vai celebrar a Missa na Igreja da Divina Misericórdia das Patameiras, em Odivelas, numa organização conjunta com a Vigararia de Loures-Odivelas, e deixa “o convite para todos os quiserem estar connosco”. “Caso opte por celebrar na sua paróquia, pode utilizar os subsídios propostos na ‘Novena da Misericórdia e da Saúde’”, salienta o padre Sampaio, concretizando: “A celebração pode ser continuada com um lanche por todos partilhado, dando a oportunidade a que todos convivam, se conheçam e se alegrem pelo amor misericordioso de Deus que a todos ama e desafia ao amor. A celebração e o convívio podem estar abertos às famílias de cada um, aos doentes que queiram e possam deslocar-se por si próprios, às suas famílias e cuidadores. Também os profissionais da saúde que vivem na paróquia podem ser convidados”.

 

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“As nove semanas são uma proposta de evangelização orante em nove encontros, centrados na escuta e meditação da Boa Notícia da vida e da esperança, que é Jesus, a partir dos temas da misericórdia e da compaixão, focados no universo da vida e da saúde. Tem como propósito congregar, uma vez por semana, os grupos paroquiais de pastoral da saúde e outros grupos ou membros da comunidade que se lhes queiram juntar, para, unidos, escutarem, meditarem e orarem o Evangelho, o saborearem com tempo, durante a semana, e o viverem no encontro com os irmãos frágeis e doentes, como itinerário quaresmal e pascal e, deste modo, promoverem na comunidade a vida de caridade. Também as capelanias e os voluntários que as servem podem constituir-se em grupo e realizar este itinerário de evangelização e oração.”

In ‘Novena da Misericórdia e Saúde’, na Introdução

 

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“Atenção perfeita e permanente a tudo e a todos”

Na celebração do Dia Diocesano do Doente, o Cardeal-Patriarca de Lisboa deixou a pergunta: “Há quanto tempo não visitamos uma pessoa doente, mesmo da nossa comunidade, às vezes até da nossa própria família?” E explicou: “É que não vale aproximarmo-nos do Deus de todos deixando de fora alguém. É esse Deus, que Jesus Cristo nos apresenta, que é Pai e quer chegar a cada um também através dos seus filhos”, salientou D. Manuel Clemente, na Missa a que presidiu na igreja paroquial da Ramada, na manhã do passado Domingo, 12 de fevereiro. “O que Jesus nos traz é uma filiação nova, que significa uma atenção perfeita e permanente a tudo e a todos, que não deixe, realmente, ninguém de fora”, acrescentou.

Nesta celebração, em que os enfermos receberam a Santa Unção, o Cardeal-Patriarca convidou a “um gesto que seja” em relação “ao irmão que sofre”. “Indo lá ou chegando lá de qualquer modo, pela oração, pela palavra, pela visita. Se não passar este dia sem que cada um de nós faça um gesto desses, garanto-vos que Deus fica muito contente”, assegurou D. Manuel Clemente.

No início da Missa no Dia Diocesano do Doente, que foi transmitida em direto na TVI, o diretor da Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa recordou que “a doença faz parte da nossa existência humana”. “Pode tornar-se desumana, como diz o Papa Francisco, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo cuidado e pela compaixão. A condição de doente é um apelo a abrandar o nosso passo apressado, a quebrar a indiferença, a aproximar-se, a cuidar e a levantar o irmão, seguindo o exemplo do Bom Samaritano”, lembrou o padre Fernando Sampaio. O Dia Mundial do Doente convida “à proximidade com os doentes, nos hospitais ou em casas, e a orar por eles, pelas suas famílias e cuidadores”, salientou este responsável, que é capelão do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, desde 1995. “Não deixarmos para trás ninguém, não passarmos ao lado e empurrarmos para as margens os mais frágeis, não abandonarmos ou descartarmos os doentes; mas, com compaixão, sermos capazes de nos tornarmos próximos e de cuidar até ao fim”, desejou.

fotos por João Paulo Dias

 

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“Exercer a caridade cristã na saúde”

Na abertura da Jornada do Voluntariado em Saúde, o Bispo Auxiliar de Lisboa D. Joaquim Mendes destacou a importância desta missão na Igreja. “No voluntariado em Saúde, há a oportunidade de exercer a caridade cristã, de ser sinal e testemunha da solicitude e do amor de Deus, de forma concreta, junto de quem sofre, se sente frágil, só, dependente da ajuda dos outros”, lembrou o prelado, na iniciativa organizada pela Pastoral da Saúde do Patriarcado de Lisboa conjuntamente com a Vigararia de Loures-Odivelas.

No salão da igreja de Santo António dos Cavaleiros, em Loures, na manhã de dia 11 de fevereiro, cerca de uma centena de participantes escutou o Bispo Auxiliar a sublinhar que “a credibilidade da Igreja passa também, de forma convincente”, pelo “serviço com os doentes”, num “testemunho ativo e desinteressado”. “Sois o rosto da Igreja que se faz próxima, que cuida e serve Cristo nos doentes. Realizai esta missão com entusiasmo, com alegria”, convidou D. Joaquim Mendes, na sessão de abertura.

A Jornada do Voluntariado em Saúde foi promovida por ocasião do Dia Mundial do Doente e teve como tema ‘Orar com os doentes’. Membro da equipa da Pastoral da Saúde do Patriarcado, Fernando d’Oliveira fez o resumo, no final do encontro. “Como artesãos da misericórdia, os voluntários assumem um papel muito importante nos tempos de oração junto dos doentes. No desenvolvimento da sua missão, fazem luz sobre a vida, sobre a realidade da fé, da misericórdia e da compaixão de Jesus”, referiu. Segundo este leigo, que é assistente espiritual da Casa de Saúde do Telhal, “a presença e a companhia na oração, dentro de uma atitude empática – que os voluntários têm a possibilidade de oferecer – pode revelar-se um precioso auxílio para a pessoa doente”. “Ela deseja, tantas vezes, que não se cansem dela, que tenham paciência, que a compreendam no seu sofrimento e que orem com ela e por ela”, salientou Fernando d’Oliveira, que trabalha com doentes há 35 anos. Este responsável garantiu ainda que, “na doença e na fragilidade humana”, a “oração pode tornar-se instrumento de fortaleza e de confiança, de presença e de santidade, de compaixão e de amor”. “Pela oração consciente, que nos leva até Deus e nos desperta para a presença de Deus, transformando-a em ação de graças, o medo e a morte – realidades incontornáveis da experiência humana – tornam-se, assim, vencidos para darem lugar a uma vida cheia de sentido… até ao seu ocaso”, terminou.

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