Cáritas de Lisboa |
Cáritas Paroquial de Vilar
Um sonho que se tornou realidade fundado sobre a humildade, o rigor e o respeito
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Como se pode tornar mais digna a vida daqueles que, por razões diversas, se mantêm nas franjas da sociedade? Esta foi a pergunta feita por um pequeno grupo de leigos católicos, que se uniu para dar resposta à necessidade destas pessoas.  

Já vai longe, nos anos 90 do século passado, o tempo em que se começaram a dar os primeiros passos. Assim nasceu a Cáritas Paroquial de Vilar, que, entretanto, se serviu, em espaço reduzido e provisório, das instalações do Rancho folclórico do Vilar.

 

Cresceu o projeto, e a 18 de dezembro de 2004 foi lançada a primeira pedra da sua futura sede. A 13 de Maio de 2006 foi inaugurado o 1º edifício, que constituiu o equipamento que permitiria a possibilidade da valência de Lar, para além do Centro de Dia e do Apoio Domiciliário já existentes.

A 13 de Maio de 2007 foi inaugurado um pequeno Oratório, para que a presença de Jesus Cristo, no Santíssimo Sacramento, fosse conforto e alívio para os que dessa presença quisessem usufruir. As datas marianas atestam que Nossa Senhora do Ó é a verdadeira diretora do Lar, que dela recebeu o nome.

Havia com a Segurança Social um acordo para um reduzido número de pessoas em Lar e era urgente alargar o espaço. Com a festa de 17 de maio de 2014, foi inaugurado e benzido pelo Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente o 2º edifício, que permite no total a existência de 46 camas. Este foi um momento de grande júbilo para todos os intervenientes e a comunidade local.

A pandemia truncou bastante toda a atividade e as relações benéficas entre os utentes, familiares e instituições congéneres. Recordamos os jogos, os passeios, os dias de praia, a peregrinação a Fátima, o magusto com os jovens do CNE da paróquia, a procissão de velas de 12 para 13 de maio, em parceria com a Catequese da paróquia, as festas de Natal abertas às famílias, a participação em eventos a nível concelhio, a ida ao teatro.

Como diz o poeta, o “sonho tornou-se realidade”.

 

Para que o progresso fosse possível, têm as Direções da Instituição pautado a sua gestão por três princípios fundamentais: a Humildade, o Rigor e o Respeito.

Humildade: tendo sempre presente que somos apenas instrumentos na construção da obra e que esta pertence a Deus. Fazemos por aplicar os nossos bons talentos, atuamos da melhor forma que sabemos para o bem da casa, nunca ultrapassando as reais capacidades financeiras. Construímos e adquirimos, passo a passo, conforme as disponibilidades e possibilidades que vamos tendo, não comprometendo a estabilidade financeira da casa, evitando tudo o que é desperdício e garantindo a boa qualidade dos serviços que prestamos aos nossos utentes, partindo do princípio que “esta é uma rica casa, mas não uma casa rica”.

Rigor: na gestão diária, no cuidado com os bens e património da Instituição, de forma a não tornar a casa demasiado dispendiosa, tendo sempre em linha de conta a vertente social e caritativa que nos fundamenta, para podermos apoiar os que mais precisam. Procuramos manter em boas condições o edificado, as viaturas e todo o equipamento, honrando os compromissos para com os nossos colaboradores, o Estado e os nossos fornecedores, tendo plena consciência de que todos eles fazem parte ativa da Instituição que servimos.

Respeito: pelos dinheiros públicos, que são postos à nossa disposição por parte do Estado, igualmente pelas contribuições dos nossos utentes, que num contexto rural, onde as reformas são de baixo valor e as capacidades financeiras não abundam, onde grande parte das famílias também manifestam a sua dificuldade em comparticipar nos custos mensais dos seus familiares. Temos consciência de que a má gestão, implica o agravamento nos valores das mensalidades, prejudicando o acesso a este tipo de respostas sociais tão necessárias.

A atual Direção deseja continuar firme nas suas convicções, de forma a podermos enfrentar o futuro com paz e serenidade, estando conscientes de que a tarefa não é fácil e de que novos desafios nos são colocados diariamente, pelo que nos entregamos à proteção de Nossa Senhora do Ó, nossa padroeira, para que com a sua continuada ajuda, consigamos levar por diante esta obra, que também é sua.

texto e fotos por Cáritas Paroquial de Vilar
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