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Joaquim Franco, jornalista da SIC - Do outro lado do ecrã
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Perito em temáticas religiosas, acredita que o Evangelho se anuncia melhor pelo compromisso social. Pertence a uma Equipa de Casais. É membro da Comissão Nacional de Justiça e Paz e da administração da Misericórdia da Amadora. A SIC é o seu espaço de Missão, onde acaba de coordenar a cobertura da Visita de Bento XVI a Portugal.

Por terras da Amadora

Nasceu em Lisboa, cresceu na Amadora, mas as suas raízes familiares estão em Arraiolos. Umas das lições de vida que mais o marcou, ainda miúdo, foi perceber que “a pobreza só é inevitável se prevalecer a indiferença”. Tomou consciência das realidades sociais quando, aos 14 anos, integrou a comunidade juvenil da paróquia da Amadora que trabalhava junto de bairros pobres, crianças órfãs e famílias desfavorecidas. Quase três décadas depois, casado e pai de dois filhos, Joaquim Franco é membro da Comissão Nacional de Justiça e Paz e da administração da Misericórdia da Amadora. Funções exercidas em regime de voluntariado.

 

A paixão do jornalismo

Fez formação em jornalismo no Centro de Formação Profissional de Jornalistas (CENJOR) e em Ciência das Religiões (Universidade Lusófona). É um dos rostos da SIC, televisão em que trabalha desde o ano 2000, integrando a equipa de jornalistas que fundou a SIC Notícias. Recorda-nos o Joaquim: “Estava em Fátima na visita de João Paulo II quando acertei os últimos pormenores para o contrato com a SIC”. Antes, passou pela TSF, Rádio Comercial e Correio da Manhã Rádio. Colaborou no programa 70X7. Agora, a sua imagem de marca é a especialidade em temas religiosos, na qual se tem destacado com reportagens de abordagem transversal e inter-religiosa. “Jornalismo porquê? Foi a sequência normal do fascínio pela comunicação” – confessa-nos o Joaquim.

O seu vasto curriculum de homem de comunicação já deu direito a prémios. Cito dois: recebeu em 1999 o Prémio Comunicação Social – Rádio, pela reportagem ‘A Terceira Idade da Inocência’, na TSF, e teve a Menção Honrosa Impresa, em 2005, pelo documentário ‘João Paulo II, o primeiro Papa global’, emitido na SIC e distribuído pelo jornal Expresso.

O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (hoje Alto Comissariado para a Integração e Diálogo Intercultural) nomeou as reportagens ‘Ritual da Morte no Islão’ e ‘Cigano no Hospital’, colocando-as entre as melhores de 2006, pelo que reconheceu o “contributo profissional para a tolerância e integração dos imigrantes”.

 

Trabalhos mais ‘relevantes’

“Se tivesses que destacar alguns trabalhos jornalísticos, quais consideravas mais relevantes?” – perguntei. Joaquim Franco apostou em três: ‘Missão: Sobreviver ao Futuro’, ‘A Escola da Selva’ e ‘Até ao último Índio’, reportagens SIC/Expresso, sobre as tensões culturais, políticas e económicas da luta pelos direitos dos povos indígenas do Brasil, particularmente os índios Ianomami da Amazónia; Enviado Especial a Timor-Leste, em 1999, para o processo de auto-determinação, num trabalho da TSF que valeu o reconhecimento da Assembleia da República; Enviado Especial ao Vaticano, em 2005, pela morte do Papa João Paulo II e eleição de Bento XVI.

 

Com Bento XVI

Antecipou, em reportagens, a visita do Papa. Apresentou e moderou as emissões especiais em directo na SIC, em Lisboa, Fátima e Porto. Entende que a visita de Bento XVI foi um estímulo para os católicos, mas também uma “oportunidade para relançar o debate imprescindível sobre a religião e a sociedade, Portugal e a Europa, num tempo aberto à pluralidade cultural e à inevitável convivência religiosa”. Dos discursos do Papa, salienta a “lucidez e coragem, embora com alguma ambiguidade em jeito de desafio aos católicos”. Até onde pode ir o povo de Deus, quando Bento XVI “apela à criatividade e humildade, reforçando ao mesmo tempo, como dimensão inquestionável, a fidelidade ao bispo de Roma?”, pergunta o jornalista, acrescentando que o “Papa Ratzinger deixou clara uma evidência evangélica: sem o testemunho da caridade não há Deus, ou seja, a fé sem caritas é um bluff”. Há por aí “muita experiência místico-gasosa atraente, mesmo dentro da Igreja, mas despida do essencial… o outro”, remata Joaquim Franco.

PERFIL

 

1967 – Nascimento em Lisboa

1993 – Matrimónio, na Amadora

1995 – Nascimento do Rui

1999 – Nascimento da Sara

2000 – Contrato com a SIC

2010 – Cobertura da Visita de Bento XVI

 

 

 

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