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Editorial: Jesus de Nazaré

A questão principal para um cristão não é saber muito acerca de Jesus, mas deixar-se encontrar por Ele, como têm repetido, vezes sem conta, os dois últimos Papas. E, no entanto, esse encontro com Cristo vivo (encontro que tem lugar no seio da comunidade que é a Igreja) não pode deixar de ser comunicado aos outros. Por isso, os cristãos, logo desde o começo, procuraram as palavras que melhor expressassem o sentido total daquele acontecimento em que Deus veio até eles.

Entre estes escritos, encontramos os quatro evangelhos, onde os que partilharam a vida com Jesus – antes e depois de ressuscitado – reconheceram o retrato fiel do Deus feito Homem que se tinha deixado ver, escutar, tocar por eles. Não eram escritos quaisquer: neles os discípulos de Jesus reconheceram a força inspiradora do Espírito Santo. E, assim, a Sagrada Escritura, lida no seio da comunidade eclesial, permanece ao longo dos séculos, o lugar onde vem ao nosso encontro Aquele que é a Palavra de Deus.

Claro que Jesus, vivendo como homem verdadeiro, pode ser estudado a partir de outros pontos de vista, sempre parcelares (senão parciais). Pode ser objecto do estudo de historiadores, filósofos, psicólogos, pedagogos e tantos outros pensadores; pode até ser objecto de romances, mais ou menos mentirosos, fruto de uma imaginação fértil ou da simples vontade de ganhar dinheiro – também isso faz parte da humilhação do Verbo de Deus, que assumiu sobre Si o pecado, a cruz e a morte, e que a Igreja partilha porque “o discípulo não é superior ao Mestre”.

E, no entanto, aqueles que, sem preconceitos, se deixaram encontrar por Jesus sabem que o Senhor Ressuscitado que lhes sai quotidianamente ao encontro não é fruto da sua imaginação: a verdade é-lhes garantida pela comunhão com os biliões de cristãos de hoje e de ontem, do nosso tempo e dos tempos que nos antecedem até aos primeiros anos apostólicos. É garantida pelo testemunho até ao sangue da multidão dos mártires. É garantida por todos aqueles (muitos) que investigaram até ao mais pequeno pormenor os passos e o sentido da Sua vida. É garantida, sobretudo, pela vida dos santos, daqueles em que a existência humana tocou o mais alto do seu ser, porque tocada pelo dedo de Deus. E, como mostra admiravelmente o Santo Padre nestes seus livros sobre Jesus, é uma figura mais razoável, mais sensata e coerente que aqueles outros retratos parciais que dele fizeram e fazem.

Podem dizer que toda esta multidão está enganada, e que eles, os poucos que desconfiam, é que se encontram no caminho certo. A sensatez, no entanto, aconselharia que colocassem a possibilidade de serem eles quem está errado.

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