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Editorial: Manifestação da Trindade
Estamos habituados a olhar para a Igreja sobretudo como instituição. Também o é, e de um modo essencial. Mas se a Igreja fosse apenas uma das instituições humanas mais antigas já teria, certamente, sucumbido. Não foi por acaso que o Concílio Vaticano II, antes de afirmar a Igreja como “Povo”, sublinhou que ela é a presença do próprio “mistério de Deus” no seio da história e do mundo: a Igreja não é obra exclusiva ou principalmente do homem mas, em primeiro lugar, obra do próprio Deus.

Apesar de todos os pecados dos seus membros e de todos os problemas que ao longo dos séculos teve que enfrentar; apesar de todas as questões e discórdias de ontem e de hoje; apesar de tudo isso e em tudo isso, o Deus Santo quer, por meio dela, tornar-se presente no meio do mundo. Fossemos nós a imaginá-la, e os pecadores ficariam de fora, seria exclusivamente constituída por santos e puros – e nenhum de nós poderia fazer parte dela.

Graças a Deus, não é assim. E, por isso, mesmo que indignos, pode cada um de nós receber com abundância todos os dons que nos chegam, apenas pelo facto de fazermos parte do corpo em cujos membros se encontram aqueles que são, verdadeiramente, os “grandes da humanidade” – não por terem tido muito dinheiro ou poder, mas, simplesmente, por terem vivido de um modo mais perfeito aquilo que é ser completamente humano: os santos.

Mais do que olhar para a realidade humana do que somos, o facto de a Igreja de Lisboa ter escolhido a solenidade da Santíssima Trindade para dar graças a Deus por ser a Sua presença no meio das cidades e dos campos onde está implantada, convida-nos a tomar consciência do que somos, e daquilo que devemos, cada vez mais, ser. O Evangelho não nos deixa ficar parados; não nos deixa ficar contentes com qualquer realização ou acontecimento mais vistoso. Pelo contrário: exige-nos uma constante atenção ao Deus que nos ama e ao mundo a que somos enviados para manifestar o Seu amor.

Reunidos à volta do nosso Bispo e dando graças pelos seus 50 anos de sacerdócio, queremos, assim, mostrar a nossa disponibilidade para que a Palavra de Deus, que ressoou há 2 mil anos na Palestina e, pouco depois, por meio dos Apóstolos, nas nossas terras, continue a poder ser escutada por tantos que, verdadeiramente, ainda não encontraram disponibilidade para a acolher.

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