Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
O Natal está aí

Não é nenhuma fatalidade e, muito menos, motivo de preocupação. Mas o facto é que o Natal está aí e, com a crise, corre o risco de ser menos Natal. Quero dizer: corremos o risco de, por causa de uma crise económica real, das dificuldades por que passamos nós e passam tantos dos nossos concidadãos, esquecermos a alegria que nos vem do Deus feito homem.

Estávamos habituados a celebrar o Natal com a abundância de meios económicos, com um futuro sorridente e com um ano novo a acenar-nos de perto e a prometer em cada dia mais sucessos.

Desta vez, um pouco por toda a parte, as iluminações de rua, em cada ano passado sempre mais dispendiosas, deram lugar a tímidas decorações (eventualmente também elas dispendiosas, só que menos vistosas e, em muitos casos de fraco gosto) que as autarquias foram colocando a assinalar a quadra festiva.

Este ano – e talvez nos próximos anos – a abundância de meios económicos que permitia a loucura dos presentes cada vez mais caros e maiores e as festas de fim de ano em que não se olhavam a despesas, tudo isso desapareceu, ou quase. Fomos obrigados a pensar mais no dia de amanhã, e a dar mais atenção a quem precisa do nosso apoio.

Mas nem por isso o Natal deixa de bater à nossa porta. Melhor: nem por isso Deus deixa de bater à nossa porta, pedindo que O acolhamos, sem reservas nem condições. Como outrora em Belém, Ele tem dificuldade em encontrar lugar na hospedaria rica – mas, como outrora, a Ele basta-lhe um lugar pequeno e pobre para nascer: basta-lhe o nosso coração.

É por isso que, com mais ou menos crise, é importante continuarmos a celebrar o Natal com toda a alegria e com o entusiasmo de quem anuncia ao mundo que Deus não esperou que a humanidade lhe fosse toda bater à porta – antes tomou Ele a iniciativa de descer até nós e de, sem problemas de crise económica, se fazer próximo de cada um, propondo o Amor como regra de vida e a eternidade como objectivo a ser alcançado (até porque Ele é o Amor e a eternidade).

É por isso que não podemos, nós cristãos, deixar de celebrar o Natal. Na alegria interior mas também no anúncio alegre e público que transborda do nosso coração. Tudo o resto é, mais ou menos, acessório.

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