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Ricardo Perna
Missão pela comunicação
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Ricardo João Caetano dos Santos Perna é alfacinha de gema. Nasceu a 4 de Novembro de 1979 e a sua infância e primeiros anos de escolaridade foram passados em Lisboa. Actualmente vive na Charneca da Caparica e é jornalista da revista Família Cristã e fotojornalista.

 

Percurso Académico

Apesar dos habituais sonhos de infância de um dia ser futebolista e astronauta, Ricardo começou por achar que dava um bom advogado, pois sempre gostou de argumentar. No entanto, não foi este o rumo seguido e a paixão pela comunicação traduziu-se numa licenciatura em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). “O dom de poder tornar públicas histórias que não são do conhecimento de todos” apaixonou-o e foi por aí que decidiu prosseguiu a sua carreira, decisão que até hoje mantém como válida, embora enveredando também pela fotografia, atividades que se complementam.

 

O Escutismo

Ricardo afirma “ser impossível separar o escutismo de tudo o que compõe a sua vida”, pois muito do que é agora, foi por influência do que viveu e aprendeu enquanto escuteiro. Foi com 9 anos que entrou para os escuteiros. Foi lobito, explorador, pioneiro e caminheiro, e enquanto dirigente já trabalhou com os lobitos e os pioneiros. Os amigos que fez, as vivências que teve, os problemas que enfrentou, marcaram-no de forma inequívoca e moldaram-no enquanto pessoa e profissional que hoje é.

 

Vida em Missão

A educação que recebeu em casa foi marcada pelos valores da fé e desde cedo percebeu que neste caminho de Igreja não podia “ficar de parte, ao lado da acção”. Depois de receber o Sacramento da Confirmação, foi catequista e um dos fundadores de um grupo de jovens na sua paróquia. Deu catequese durante nove anos e diz que aprendeu imenso com as crianças, adolescentes e jovens que viu crescer.

Afirma convicto que “Deus se manifesta em momentos diferentes e de várias formas, por vezes não entendíveis, mas que ganham sentido quando se vê o resultado das Suas propostas, colocadas todos os dias”. Foi também assim de forma surpreendente que descobriu o voluntariado missionário em 2006, através dos Leigos para o Desenvolvimento.

Nunca pensou ir em missão para outro país e até era frequente dizer que havia muita necessidade de missionários cá, bem perto da nossa porta, e que ir para longe não era para si. Isto aconteceu até ao dia em que uma grande amiga sua decidiu ir à formação dos Leigos, pois pretendia ir ela em missão. Pediu-lhe ajuda com as direções e perguntou se ele não se importava de ir com ela, para garantir que ela não se perdia. Decidiu ir mas apenas com a intenção de que a amiga não se perdesse no caminho. Mas foi o seu próprio caminho de vida que acabou por conhecer um novo rumo, pois acabou por fazer também a formação, e dez meses mais tarde, partia em direcção a Lichinga, capital da província do Niassa, a mais pobre de Moçambique. Partia para um ano que o “mudou por dentro e por fora”. Nas suas palavras “foi um ano duro, pois a vida em missão era dura, salpicada com acontecimentos difíceis de ultrapassar como a morte da Lina, uma missionária assassinada em Fonte Boa”. Mas foi igualmente um ano de bênção com as inúmeras riquezas que também recebeu.

Recorda amigos, vivências, ensinamentos, testemunhos de vida, imensas lembranças que, ainda hoje, cinco anos depois de regressar, traz bem vivas no seu coração.

 

Percurso profissional

O tempo passado em Moçambique definiu o seu percurso profissional daí em diante.

Em 2007 começou a trabalhar no Departamento de Comunicação da FEC - Fundação Fé e Cooperação. Depois, devido a uma entrevista que concedeu, a propósito do seu tempo de missão, conheceu a revista Família Cristã, onde começou a colaborar e para quem passou a trabalhar em Maio de 2008.

Foi também em Moçambique que despertou o gosto pela fotografia. A sua primeira distinção nesta área foi alcançada com duas fotografias tiradas nesse país, quando participou no concurso de fotografia Olháki, promovido pela FEC.

Em 2009 começou a fazer fotografia de forma profissional e hoje faz fotojornalismo, fotografia de eventos e sessões fotográficas. Tudo isto porque, em Moçambique, despertou esse gosto pela fotografia, através de “cenários magníficos com que se deparava todos os dias”…

texto por Emanuel Oliveira Soeiro, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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