João Sílvio da Silva Barros nasceu a 15 de Abril de 1974 em Câmara de Lobos, na Madeira. Aqui viveu os primeiros anos de vida, num “meio familiar muito cristão”, afirma, onde a simplicidade, humildade e compaixão estiveram sempre presentes.

Percurso Académico

Grande parte dos seus estudos foi realizada com os Missionários Dehonianos. Do 7º ao 9º ano no Colégio Missionário, no Funchal; do 10º ao 12º ano no Instituto Missionário, em Coimbra e o ensino superior na Universidade Católica de Lisboa, onde se licenciou em Teologia. Dois anos após ter terminado a licenciatura, em 2004, completou o Curso de Habilitação Pedagógica Complementar em Ciências da Educação.

Vida em Missão

Grande parte da sua vida pessoal esteve ligada aos Missionários Dehonianos, congregação religiosa da qual guarda grandes recordações e um profundo sentido de gratidão. Durante a fase de seminário, aprendeu e aprofundou os seus princípios de fé que hoje vive e procura transmitir aos outros, de modo especial, aos seus alunos.

Entre 1997 e 1999 partiu como missionário para Moçambique, para “dois anos ricos em aprendizagens e partilha de fé”, despido de tantas coisas que na Europa são tidas como essenciais, para se revestir das coisas simples da vida, preenchidas pelo olhar e sorriso de uma criança, ou adulto, que “nos procura com esperança”. Moçambique ficou-lhe gravado no coração. Foi em Moçambique, que viveu a partilha, a solidariedade, o amor ao próximo, coisas que havia anteriormente aprendido na formação, mas na altura viveu e colocou em acção.

Em 2002 iniciou uma nova etapa de vida. Apesar de ter deixado a congregação Dehoniana, levou para a sua vida todas as aprendizagens, princípios e fé que recebeu neste longo caminho de descoberta da sua vocação pessoal. Actualmente é professor de Educação Moral Religiosa e Católica e sente que a sua profissão é verdadeiramente uma Missão.

Vida Profissional

Em 2003/2004 fez um estágio como professor de EMRC na escola Secundária de Pedro Alexandrino, situada no Concelho de Odivelas. Desde então, trabalha na respectiva escola com alunos do 7º ano até ao 12º ano.

Vive o ensino de EMRC como uma vocação. Uma vocação que lhe permite aprender para ensinar, compreender para transmitir, permitindo-lhe estar constantemente atento aos sinais dos tempos. “Na descoberta dos sinais, ensinamos a viver, educamos os alunos para vida, para a solidariedade, para o desenvolvimento”.

Na escola, procura estar sempre atento aos projetos que possam abrir horizontes para uma maior educação à cidadania, desenvolvimento pessoal e social. “Vários foram os projetos que já desenvolvemos com os nossos alunos, dos quais destaco o projeto ‘M-igual?’ da responsabilidade da Fundação Gonçalo da Silveira”.

O ‘projeto M-igual? Igualdade não é Indiferença é Oportunidade’, é uma campanha educativa pela inclusão e pela equidade que trabalha com a comunidade educativa processos de consciencialização do global, não perdendo de vista o sentido de pertença à comunidade local. Os temas de base aprofundados são os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e o “pensar global, agir local” o conceito que pretende pôr em prática os ODM como forma de participar na construção de um mundo mais justo onde todos tenham um lugar.

Aceitou recentemente fazer parte de uma equipa de professores de EMRC que trabalha o projeto “Move-te pela Mudança”, com alunos de EMRC do ensino secundário. Um projeto ligado à FEC e que propõe um processo de aprendizagem de reflexão-acção procurando interligar a Fé, o Desenvolvimento Humano Integral e a Cidadania Global.

Aprecia desenvolver projectos que ajudem os alunos a crescer e, acima de tudo, que os façam sair das paredes da sala de aula e ir ao encontro do espaço exterior que os rodeia e que muitas vezes é adverso ao crescimento e à sua intervenção social.

A sua missão é então a de levar os seus alunos a abrir horizontes, a estarem sempre atentos aos apelos da fé e da solidariedade, em suma, levá-los a pensar para agir.