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Isabel Jonet
20 anos ao serviço do direito à alimentação
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Celebrámos no passado dia 16 de Outubro o Dia Mundial da Alimentação. Isabel Jonet, o rosto do Banco Alimentar Contra a Fome em Portugal, acredita que é preciso aproveitar onde sobra para distribuir onde falta e trabalha incansavelmente para evitar o desperdício de alimentos.

 

Percurso Académico

Isabel Jonet nasceu a 16 de Fevereiro de 1960, em Lisboa. Em 1982 conclui a licenciatura em Economia, na Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Católica Portuguesa. Três anos mais tarde, frequenta o curso de Microcomputadores adaptados à área de Gestão, na Faculdade de Gestão, da Universidade Nova de Lisboa, e o curso de Informática de Gestão, no Management Centre Europe, em Bruxelas. Em 2007, já completamente envolvida na luta pelo direito à alimentação, faz o Programa de Alta Direção de Empresas, na AESE, Escola de Direção e Negócios, em Lisboa.

 

Duas décadas ao serviço do direito à alimentação

Casada e mãe de cinco filhos, Isabel Jonet regressa de Bruxelas em 1993, onde havia trabalhado desde 1987 no Comité Económico e Social das Comunidades Europeias. Já em Portugal, decide fazer uma pausa na carreira profissional, para acompanhar os filhos na integração no sistema de ensino português. Em 1993, com algum tempo livre, Isabel Jonet decide colaborar com o projeto do Banco Alimentar Contra a Fome, fundado por José Vaz Pinto no ano anterior. Foi o início de uma colaboração que dura até hoje! Isabel Jonet trabalha desde 1993, em regime de voluntariado, no Banco Alimentar Contra a Fome, cuja missão é lutar contra o desperdício, recuperando excedentes alimentares, para os levar a quem tem carências alimentares, mobilizando pessoas e empresas, que a título voluntário, se associam a esta causa. Atualmente, Isabel Jonet é presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome e do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa, tendo dado apoio à criação de 19 Bancos Alimentares em Portugal e visita regularmente os bairros apoiados pelo Banco e faz ela própria a distribuição mensal dos alimentos. Reforça que esta proximidade com as pessoas é fundamental para criar relação e para não se distanciar dos problemas reais vividos pelas pessoas e pelas instituições com quem trabalha. Isabel Jonet, católica praticante, é incapaz de assistir passiva às desigualdades e aos desequilíbrios do mundo contemporâneo. Acredita profundamente que a caridade, que é amor e entrega de si mesmo, gera verdadeiros movimentos de mudança, por isso encarna diariamente o seu compromisso, trabalhando de forma incansável para que a justiça e a equidade social sejam devolvidas à vida daqueles que têm feito a experiência das margens.

 

Entre o Banco Alimentar e a ENTRAJUDA

Depois de vários anos ao serviço do Banco Alimentar, que lhe proporcionou um forte contacto com as Instituições de Solidariedade Social (ISS), Isabel Jonet descobriu que estas organizações enfrentam enormes dificuldades ao nível da gestão. O esforço e a dedicação das pessoas que todos os dias estão à frente das ISS, por quem tem uma profunda admiração, muitas vezes não é suficiente para colmatar a falta de conhecimentos e de recursos disponíveis. É então que, em 2004, decide fundar a ENTRAJUDA, instituição à qual preside. A ENTRAJUDA é um projeto inovador na área da solidariedade social, que tem como principal objetivo dotar instituições de solidariedade social com instrumentos e recursos de gestão e de organização suscetíveis de aumentar a eficiência dos seus meios e a eficácia dos seus resultados. No âmbito do trabalho que tem vindo a desenvolver nesta instituição, Isabel Jonet concebeu e lançou diversas iniciativas, entre as quais se destacam a Bolsa do Voluntariado, o Banco de Bens Doados, o Banco de Equipamentos e diversos projetos na área da saúde.

 

O reconhecimento da sua entrega

O notável percurso de Isabel Jonet tem sido reconhecido a nível nacional e a nível internacional, tendo-lhe sido atribuídos diversos prémios e distinções, dos quais se destaca o Prémio Direitos Humanos da Assembleia da República (2005). No entanto, Isabel Jonet reconhece que cada distinção que lhe é feita não resulta apenas do seu trabalho. É, antes, o resultado do esforço e do empenho das suas equipas. Assim, prémio após prémio, Isabel Jonet reúne os funcionários e voluntários das instituições que lidera e com eles partilha o reconhecimento público do trabalho por todos realizado.

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