Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
A novidade de Jesus

Muitos acusam a Igreja de ser antiquada. Acusam-na de não se adaptar aos novos tempos, às novas mentalidades, aos novos usos.

É certo que o mundo contemporâneo, com as suas interrogações, o seu modo de viver, as questões que coloca à fé não pode deixar de ser olhado seriamente por aqueles que receberam de Jesus a missão de anunciar o Evangelho: é ao mundo de hoje que a Boa Nova precisa de ser anunciada. Mas isso não significa adaptar, contornar, deixar de apresentar a radicalidade evangélica. A Igreja não é dona da Boa Nova de Jesus.

De resto, a ver bem, se é certo que a técnica e os conhecimentos científicos evoluíram e continuam, admiravelmente a surpreender-nos em cada dia que passa, o mesmo não acontece com os comportamentos e os valores que lhes dão origem. Com efeito, é verdade que a evolução técnica do ser humano é realizada a partir das descobertas e das conquistas conseguidas por aqueles que foram pioneiros numa determinada área e de todos aqueles que os seguiram. Mas o mesmo não acontece no domínio da ética.

E, na verdade, muitos dos comportamentos que hoje vemos dar forma ao nosso modo de viver ocidental, mais que fruto de uma evolução, são simplesmente o regresso a modos de viver antigos. Quase que os poderíamos comparar com as modas: alguns anos depois, as gravatas, fatos e demais vestuário que foram usados pelos nossos pais podem ser, de novo, retiradas dos armários porque, simplesmente, voltaram a ser usadas, ainda que com alguns “retoques”.

Infelizmente, esse tem sido o caso de muitos dos comportamentos hoje dados como “modernos”: mais não são que o retomar da decadência do império romano, ou mesmo de tempos anteriores (por vezes mesmo pré-históricos), antes que o cristianismo começasse a conferir às sociedades onde chegou o rosto de novidade e de respeito pelo ser humano – basta ler alguns dos relatos que até nós chegaram desses tempos, ou ser confrontado com as imagens que se encontram em muitos restos arqueológicos e que alguns filmes procuram reproduzir fielmente.

O homem novo é Jesus ressuscitado. É certo que nem sempre os cristãos O sabem tornar presente e são capazes de deixar que Ele se torne transparente nas suas atitudes: muitas vezes também os cristãos se deixam levar por esse mundo velho, tão nosso conhecido… Mas isso não impede que Cristo seja, verdadeiramente, o Homem novo, Aquele por que todos nós ansiamos. Afastar-nos d’Ele não é progresso. É, simplesmente, velhice, já conhecida, e a que não queremos regressar.

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