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1. A Liturgia exprime o mistério da Igreja

|Sacrosanctum Concilium, nº 2|

“Com efeito a Liturgia, mediante a qual, sobretudo no divino Sacrifício da Eucaristia, «se realiza a obra da nossa redenção», contribui no mais alto grau para que os fiéis testemunhem no seu viver e manifestem aos outros tanto o Mistério de Cristo como a natureza genuína da verdadeira Igreja, que tem como característica própria o ser, ao mesmo tempo, humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e todavia peregrina, e de tal forma que o que nela é humano seja ordenado e subordinado ao divino, o que é visível ao invisível, a acção à contemplação, a realidade presente à futura cidade para a qual nos encaminhamos (cfr. Heb 13,14). Por isso, a Liturgia, ao mesmo tempo que, dia a dia, edifica os que estão dentro para serem templo santo do Senhor, morada de Deus no Espírito (cfr. Ef 2,21-22), até à medida da plenitude de idade de Cristo (cfr. Ef 4,13), também de modo admirável aumenta as suas forças para anunciarem Cristo e, assim, apresenta a Igreja aos que estão fora dela como sinal erguido diante dos povos (cfr. Is 11,12) à sombra da qual, os filhos de Deus, que andam dispersos, se hão-de juntar em unidade (cfr. Jo 11, 52) até que haja um só rebanho e um só pastor (cfr. Jo 10,16)”.

 

| Comentário de D. Nuno Brás |

Nesta procura de aprofundamento da fé cristã com o Concílio Vaticano II, começamos agora a procurar entender alguns dos aspetos principais da Constituição sobre a Sagrada Liturgia.

O Concílio começa por apesentar a Liturgia como o modo mais excelente de manifestação do mistério de Cristo e da Igreja entre os fiéis.

Ou seja, na celebração litúrgica os fiéis dão-se conta, de um modo sensível – através dos gestos (sobretudo os sacramentais) das palavras (sobretudo da Palavra de Deus), das atitudes, da música, até das cores – da presença de Cristo ressuscitado no seio do tempo e, de um modo particular, no seio da própria Igreja, ali reunida por Ele e em Seu Nome. E, por outro lado, ao participarem na liturgia, os fiéis dão uns aos outros testemunho da fé que os anima.

Assim, a Liturgia Sagrada constitui uma manifestação do rosto da Igreja, mostra quem é a Igreja. Como a Igreja, também a Liturgia é constituída por realidades que percebemos pelos nossos sentidos; mas nada disso teria significado – seria uma mera representação teatral – se a dar-lhe substância não fosse o mistério de Cristo. Na liturgia, celebramos o mistério de Cristo: é o Senhor ressuscitado que se encontra vivo no meio dos seus, e nos vem ao encontro.

Deixando-nos encontrar pelo Senhor, que desse modo vem até nós, particularmente através da Palavra da Escritura e no Seu Corpo e Sangue, mas também naquele preside e na própria reunião dos crentes, vemos crescer a nossa fé; a nossa vida é transformada, cada vez mais, em morada de Deus. Tudo isto não pode deixar de nos aumentar as forças e o entusiasmo, para darmos testemunho de Jesus e mostrarmos àqueles que ainda não creem que apenas em Jesus se encontra a verdadeira salvação do homem e do mundo.

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