Missão |
Padre Paulo Vieira
Ser no meio do povo
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Pe. Paulo Vieira, dehoniano, veio da Madeira para servir os jovens. É o atual responsável pela Pastoral Juvenil Dehoniana em Portugal e na Europa e assumiu, recentemente, a direção da MissãoPress, Associação de Imprensa Missionária.

 

Deixar-se tocar por Deus

Paulo de Freitas Vieira é padre Dehoniano. Nasceu há 47 anos em São Roque do Faial, na Madeira, no seio de uma família católica que, cedo, o levou a participar na vida da comunidade paroquial. Define o seu percurso cristão como sendo comum, marcado, nos primeiros tempos, pela participação na missa dominical e na catequese. Foi cedo, também, que sentiu que Deus o convidada a uma entrega plena e sem reservas, conduzindo-o até ao Seminário. Da história da sua vocação fazem parte as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, com quem teve catequese; o seu pároco, o Pe. Luís Freitas, que era muito amigo da sua família e com quem tinha grande proximidade; e D. Manuel Ferreira Cabral, bispo seu conterrâneo, que, sempre que se deslocava à Madeira, viajava muito com o seu pai, que era taxista. Paulo Vieira, na altura ainda criança, ouvia com atenção e interesse as conversas entre o Bispo e o seu pai, que, de forma discreta, iam moldando a sua opção. Tinha 12 anos e andava no 6º ano de escolaridade quando se sentiu finalmente conquistado pela proposta que Deus lhe fazia. Para tal, foi também decisiva a passagem do padre dehoniano Manuel Chícharo pela escola que frequentava. Desse encontro, resultou um convite para visitar o seminário da congregação. No ambiente sereno do seminário, vivido entre o trabalho, o estudo, a oração e a alegria, Paulo Vieira deixou-se tocar pelo “dedo de Deus” e opta pela vida religiosa. Em Outubro de 1979, então com 13 anos, entra no Seminário Dehoniano, Colégio Missionário do Funchal. Durante os 15 anos seguintes, prepara-se intensamente para o sim definitivo a Deus. Depois do noviciado em Aveiro, na Casa do Sagrado Coração, faz a sua profissão religiosa, a 29 de setembro de 1986. Nesse mesmo ano, dá início ao curso de Teologia, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa; e, seis anos mais tarde, conclui a pós-graduação em Teologia Pastoral, com profissionalização em Educação Moral e Religiosa Católica. A 6 de agosto de 1994, então com 28 anos, é ordenado sacerdote, consumando a sua entrega a Deus.

 

O serviço aos jovens

Após a ordenação, é chamado a exercer o seu ministério junto dos jovens, com quem trabalha até hoje, acompanhando a Pastoral Juvenil e Vocacional e dando aulas de Educação Moral e Religiosa Católica no ensino secundário. Para melhor servir os jovens que Deus lhe confia, o Pe. Paulo parte em 2003 para Roma, para aí frequentar o Mestrado em Ciências da Educação, com especialização em Pastoral Juvenil e Catequética, na Universidade Salesiana. De regresso a Portugal, é enviado para o Porto e é-lhe entregue a Coordenação da Pastoral Juvenil Dehoniana a nível nacional e a direção da revista juvenil dehoniana. O seu trabalho ao serviço dos jovens é reconhecido a nível internacional e, em 2008, assume, em paralelo, a coordenação da Pastoral Juvenil Dehoniana na Europa. O trabalho com os jovens sente-o como fascinante, pois “toca a pessoa numa fase de busca, de entusiasmo e de elaboração do projeto de vida”. Mas, ao mesmo tempo, é um grande desafio. Nem sempre é fácil traçar um itinerário de “longo curso”. A incerteza, a inconstância e as dúvidas de muitos jovens tornam o caminho pouco regular. No entanto, fica sempre “a alegria da semente lançada e dos frutos que brotam na opção radical por Jesus Cristo” de alguns jovens com quem trabalha. O Pe. Paulo é um homem que se realiza no “meio do povo”, no meio dos jovens. Questionado sobre os principais marcos da sua vida, não hesita em realçar a participação nas Jornadas Mundiais da Juventude em Chestokova, na Polónia, em 1991, quando ainda era seminarista, em Roma, no ano 2000 e em Madrid, em 2011. Como Dehoniano, destaca ainda a sua realização na vida fraterna em comunidade e as sólidas amizades que aqui nasceram.

No ano passado, o Pe. Paulo aceitou um novo desafio e assumiu as funções de diretor da MissãoPress, Associação de Imprensa Missionária. E assim, de desafio em desafio, vai procurando ser resposta de Deus no meio do povo.

texto por Ana Patrícia Fonseca, FEC – Fundação Fé e Cooperação
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